http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1359876-7823-JOSE+SERRA+E+ATINGIDO+NA+CABECA+DURANTE+ATO+DE+CAMPANHA+NO+RIO,00.html
Imagens do incidente com Serra, no Rio, revelam que candidato não foi agredido. Ao invés de apurar, mídia procura tranformá-lo em vítima
Do site "Outras Palavras"
Transformadas pela candidatura de José Serra na disputa de mais baixo nível desde a redemocratização do país (leia post abaixo), as eleições presidenciais trarão novos sustos, nos próximos dias. O mais recente é a exploração do incidente que envolveu, esta tarde, o candidato e um grupo de ex-agentes de Saúde (os “mata-mosquitos”), no bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro. Um empurra-empurra, no qual aparentemente os agressores foram seguranças da campanha do PSDB, está sendo manipulado por algumas emissoras de TV e portais de modo a tratar Serra como vítima de uma “agressão praticada por petistas”.
O texto abaixo descreve o incidente, na ótica do bloguista Flávio Loureiro, ligado ao PT. É parte de uma história que precisará ser contada a partir de muitos ângulos. Muito antes de apurar os fatos, porém, parte da mídia tradicional está produzindo uma narrativa imagética que os interpreta de modo tendencioso. O filme acima, produzido pela própria TV Globo, está sendo preterido — tanto nessa emissora quanto em outras — por uma imagem estática, em que José Serra leva as mãos à cabeça.
O filme revela que o candidato não sofreu nada que se possa chamar de agressão. No máximo, segundo alguns relatos, um rolo de fita crepe chocou-se com sua cabeça. Serenamente, ele a alisa. Não revela dor nem preocupação. Entra numa van e acena sorridente.
A foto pode produzir comoção, por mostrar alguém que leva as mãos à cabeça, para se proteger. Não está claro, porém, em que circustâncias ou em que momento foi feita.
A apuração jornalística rigorosa — inclusive sobre as agressões sofridas pelos mata-mosquitos — é necessária e urgente. Trocá-la pela vitimização barata do candidato é antijornalismo da pior espécie.
Abaixo, o relato de Flávio Loureiro:
Prezados (as)
Acabei de conversar com companheiros petistas que se envolveram no incidente e soube o seguinte:
1 – Serra marcou uma caminhada no calçadão de Campo Grande com forte aparato de segurança.
2 – O sindicato dos mata-mosquitos, demitidos na época em que Serra era ministro da Saúde de FHC, se localiza nas imediações.
3 – O processo de demissão dos mata-mosquitos foi traumático, a ponto de trabalhadores perderem tudo, e foi registrado cinco sucídios entre os mata-mosquitos demitidos.
4 – Portanto, a categoria tem ódio mortal de Serra e se organizaram para manifestar contra a presença dele no calçadão de Campo Grande.
5 – Os petistas da região, que organizam panfletagens no calçadão, sabendo do quedro, foram para lá evitar confrontos.
6 – Mas os seguranças de Serra, liderados por Júnior, filho da vereadora e deputada estadual eleita Lucinha (PSDB), rasgaram os cartazes dos mata-mosquitos, aí o tumulto começou. Vale lembrar que a comitiva de Serra estava distante do local do conflito, mas Serra foi visto entrando numa Van sem qualquer ferimento.
7 – O miltante petista, Carlos Calixto, lotado no gabinte da dep. Inês Pandeló, foi agredido teve o supercílio rasgado, e ainda sangrando foi para a Delegacia Policial registrar a ocorrência.
8 – Segundo o militante petista Sebastião Moraes, a confusão só não foi maior, porque a tropa de mata-mosquitos que vinha se incorporar à manifestação, chegou atrasada, mas saiu em perseguição à comitiva de Serra. É bom que eles não tenham alcançado a comitiva, caso isso ocorra novos conflitos a vista, para a exploração política de Serra.
9 – O pessoal mata-mosquitos que estava na manifestação não tem vínculo com o PT. Eles têm dois sentimentos básicos, paixão por Lula que os reincorporou e ódio por Serra/FHC que os demitiu.
Abs,
Flávio Loureiro
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