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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Davos: Amorim recebe, por Lula, prêmio de Estadista do Ano e lê discurso do presidente sobre um "outro mundo possível"

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O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, entrega o prêmio de Estadista do Ano para o ministro das relações exteriores, Celso Amorim, que representa o presidente Lula em Davos Foto: AP

Quem luta atualmente pelo ideal marxista de "um reino da liberdade, para além da necessidade"?


Dissecando o primarismo político


Por Celso Lungaretti

Ao expor o primarismo político que grassa na esquerda virtual, escancarado nas diatribes contra a Anistia Internacional, eu não tinha ilusões quanto ao resultado.


Os companheiros com mais informações e melhor formação já nem se dão mais ao trabalho de confrontar o sectarismo dominante.


Sua atitude segue mais ou menos a racionália de um ótimo verso do poeta Capinan: "moda de viola não dá luz a cego".


Ou seja, guardam sua luz para si, dando como irremediável a cegueira dos autoritários de esquerda.


Esses novos bárbaros engendrados pelo refluxo revolucionário das últimas décadas, por sua vez, não têm a mais remota idéia de que a proposta original de Marx era levar a humanidade a um estágio superior de civilização, no qual cada homem pudesse desenvolver plenamente suas potencialidades, liberto dos grilhões da necessidade.


Marx nos apontou como objetivo último a instauração do "reino da liberdade, para além da necessidade". Quem luta atualmente por um objetivo tão formidável e, ao mesmo tempo, tão distante?


Uns se contentam em gerir o estado burguês no lugar dos burgueses, o que lhes dá condição de melhorarem um pouco a situação material dos trabalhadores e aliviarem, também um pouco, as agruras dos excluídos. Há um século seriam qualificados de reformistas.


Outros se fanatizam com projetos autoritários e personalistas de poder que, como bem lembrou o Carlos Lungarzo, têm mais afinidade com o fascismo original de Benito Mussolini do que com as políticas de esquerda.


Estes últimos, no afã de justificarem rudes transgressões dos direitos humanos, não hesitam em promover campanhas virtuais de descrédito da Anistia Internacional, da Human Rights Watch, da ONU e quem mais ainda preze os valores civilizados. Em sua marcha regressiva, implicitamente cancelam até a Grande Revolução Francesa.


É claro que, chegando aos 60 anos, não tenho prazer nenhum em ser alvo da sua irracionalidade em estado bruto.


Houve até quem colocasse em discussão se eu estaria sendo financiado pela CIA, o poder oculto atrás da AI, segundo a interpretação conspiratória da História... Ao atribuir motivos tão pequenos aos outros, esse cidadão projeta uma imagem horrorosa de si próprio.


Mas, alguém tem de empunhar a bandeira da esquerda libertária, mantendo viva a promessa de que os ideais revolucionários e a promoção dos direitos humanos voltarão a ser uma e a mesma coisa, norteando a nossa luta.


E, à falta de um companheiro com mais méritos e saber, eu cumprirei esse papel.


Simplesmente porque não consigo suportar a idéia de que um jovem tentado a fazer algo para melhorar o mundo, ao considerar a opção revolucionária, o faça a partir de modelos tão reducionistas, atrabiliários e pouco inspiradores como os de Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad.


Enquanto eu tiver forças e lucidez, continuarei repisando: isso que hoje passa por atuação de esquerda é quase nada, perto da visão grandiosa que os profetas do marxismo e do anarquismo descortinaram para a humanidade.


Celso Lungaretti é jornalista, escritor e ex-preso político. Mantém o blog "Náufrago da Utopia", é autor de livro homônimo sobre sua experiência durante a ditadura militar e colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?"

Que religião que nada! O sangue será o ópio do povo




TERROR COM CONTEÚDO

Esse é um filme totalmente original que subverte os clichês do gênero e ainda traz uma crítica político-social bastante interessante.

André Lux

“Daybreakers” parece, a princípio, apenas mais um filme sobre vampiros que quer se aproveitar da atual onda de fanatismo que cerca a saga “Crepúsculo”. Mas não se engane. Esse é um filme totalmente original que subverte os clichês do gênero e ainda traz uma crítica político-social bastante interessante.

Estamos na Terra do ano 2019, dez anos após uma epidemia que transformou grande parte da humanidade em vampiros. O problema é que existem cada vez menos humanos e até animais e o precioso sangue está cada vez mais escasso. Assim, o que restou da raça humana é caçada e cultivada por uma mega corporação comandada por um vampiro neoliberal sem escrúpulos que lucra horrores com a alta do preço do sangue. E para piorar tudo, a falta do precioso alimento começa a transformar os vampiros mais pobres em verdadeiros monstros sem controle, os quais são perseguidos e destruídos pela polícia.

Temos aí uma ótima alegoria sobre a crueldade do sistema capitalista, que pode remeter à escassez de água que parece estar chegando, onde só os que podem ter acesso a esses “comodities” (como os defensores desse sistema desumano chamam aquilo que pode gerar lucros) poderão sobreviver, enquanto o resto é tratado como lixo e enviado para a morte. Em tempos onde favelas de São Paulo são sistemática e criminosamente incendiadas, o filme não poderia ser mais atual.

Esse subtexto político permeia toda a obra, que conta com boas atuações de um elenco liderado por Ethan Hawke (como um vampiro cientista que se recusa a beber sangue humano e tenta encontrar desesperadamente um substituto sintético para ele), Willem Dafoe (no papel de caçador de vampiros que funciona como alívio cômico) e Sam Neill.

Assistindo a “Daybreakers” podemos notar também o quanto a música é importante para o cinema. Composta pelo australiano Christopher Gordon (das minisséries para a televisão “A Hora Final” e “Moby Dick”), a partitura é simplesmente espetacular e eleva o filme a patamares maiores do que os sonhados pelos seus realizadores (os irmãos Michael e
Peter Spierig, também australianos).

Tenso, bem dirigido, com diálogos inteligentes, sem finais redentores idiotas ou excesso de cenas nojentas, “Daybreakers” é um dos raros filmes que misturam terror com ficção científica que valem a pena serem assistidos atualmente. Não percam – e não se esqueçam de prestar atenção à música!

Cotação: * * * *



André Lux, jornalista, presta assessoria na área de Comunicação Social, crítico-spam, administra o blog “Tudo em Cima”. http://tudo-em-cima.blogspot.com/


Colabora com a Agência Assaz Atroz e com este “Quem tem medo do Lula?”

Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons
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