O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Venezuela, os EUA e os Lobos sorridentes


Sem nada que se compare a uma convulsão social e gozando de uma Constituição, que Chávez busca cumprir ao tentar descentralizar o poder dos monopólios de mídia, a Venezuela não pode de modo algum ser caracterizada como uma ditadura militar.


Por Ana Helena Tavares

Muito se fala em Hugo Chávez. Mais uma vez, jornalistas do mundo inteiro decretam que é a pior crise de seu governo. Tenho, às vezes, a nítida sensação de que se uma creche lotada explodir nos EUA a grande imprensa mundial nem se lembrará de Bin Laden, arrumará logo um jeito de pôr a culpa no Chávez. E, se os conglomerados midiáticos o acham tão exageradamente ruim, sou tentada a concluir que algo de muito bom – e de democrático – ele tem.


A Venezuela atual é progressista, ainda que uma análise fria nos leve a concluir que não há uma conjuntura de revolução. Na tentativa de desmascarar alguns mitos midiáticos, começo me perguntando: por que tanto taxam Chávez de ditador?


Não há análises precisas sem contextualizações necessárias. O contexto latino-americano sempre possuiu um valor largamente geoestratégico para os EUA. É uma relação de dependência de tal modo que se pode afirmar que sem o controle da América Latina os EUA perderiam seu quintal, veriam sumir os frutos de sua horta e perderiam boa parte de seu poder.


Historicamente, nas décadas de 50, 60 e 70, fervilharam na América Latina processos progressistas e revolucionários que se compuseram de tendências várias, movimentos sindicais fortes, e ainda uma igreja que germinava a futura teologia da libertação. Tais processos levaram a que os EUA elaborassem e apoiassem planos ditatoriais de extrema-direita para os países rebeldes, enforcando (muitas vezes, literalmente) a possibilidade de mudanças sociais. Se pudessem, teriam matado Fidel, tal como se pudessem já teriam dado um sumiço em Chávez para pôr no lugar um Lobo em pele de cordeiro.


Ora vejamos... Nem João Goulart nem Salvador Allende eram comunistas, tão somente conduziram leves alterações nos mecanismos econômicos de maneira a atenuar distorções sociais e a promover ações afirmativas com a população. Mas para os EUA e suas multinacionais essa é a senha para que a banda troque a música... Fuzilamentos, torturas, repressão e o cerceamento das liberdades civis e individuais foi o que se viu...


“Chávez isto, Chávez ditador, Chávez comunista, Chávez militarista” é o que se ouve. Só que nem Hugo Chávez, nem Evo Morales, nem Rafael Correa cometem o tipo de prática que as elites burguesas legitimaram melancolicamente no passado e, em certos casos, como o de Honduras, também no presente.


Sem nada que se compare a uma convulsão social e gozando de uma Constituição, que Chávez busca cumprir ao tentar descentralizar o poder dos monopólios de mídia, a Venezuela não pode de modo algum ser caracterizada como uma ditadura militar.


Se Chávez é ditador, por que, depois de ter sido preso, este quando chegou ao poder, por voto popular, não exerceu nenhum tipo de repressão sobre seus algozes? Chávez limitou-se a prendê-los, sem qualquer tipo de violência. E por quê? Para mim, não há outro nome senão coerência. Era por uma Venezuela livre que o tenente-coronel Hugo Chávez lutava na intentona de 1992; é por uma Venezuela livre que o presidente Hugo Chávez luta. Numa luta como esta, tanto lá como aqui, não cabem revanches. Cabe que se assegure ao povo a liberdade de expressão e a liberdade ir e vir; cabe a punição dos que merecem ser punidos, dentro do cumprimento das leis que devem reger um país democrático. É isso o que Chávez faz e é isso o que apavora o mundo.


A melhoria da qualidade de vida dos pobres e sua conseqüente ascensão social, a erradicação do analfabetismo e os programas de saúde em parceria com médicos cubanos são fatores vitoriosos de seu governo. A isto a mídia faz vista grossa, mas chamá-lo de ditador é capa de jornal. Atitude não muito diferente com relação ao nosso presidente.


É claro que a Venezuela ainda tem muitas lacunas a preencher, mas ditador Chávez não é. Bem como também não é nenhum Bin Laden e nem sorri para qualquer um como o fazem Obama e o Lobo de seu quintal.


Ana Helena Tavares é escritora e poeta eternamente aprendiz. Jornalista por paixão e futura jornalista com diploma, é colunista da “Revista Médio Paraíba” e editora/administradora do blog “Quem tem medo do Lula?”.

Cadê o Aécio que "tava" aqui? Virou um Marco Maciel da vida - Cadê Minas Gerais? Virou recreio de bandeirantes saqueadores!

Foto: Wellington Pedro / Imprensa MG

Por Laerte Braga


Há alguns anos atrás o jogador Júnior, notável lateral esquerdo do Flamengo, estava com sua equipe em excursão ao México e integrava o plantel rubro negro um atacante de nome Feu. Um jogador de qualidades técnicas limitadas, mas dedicado e acima de tudo um simplório, o que é comum no futebol.


Todas as manhãs Feu ligava para sua mãe no Brasil e fazia um relato dos acontecimentos da viagem, uma de suas primeiras ao exterior. Numa dessas manhãs Júnior chamou-o a um canto e “explicou”. “Feu, você está ouvindo é uma gravação com a voz de sua mãe. por causa do fuso horário você tem que confirmar mais tarde se ela recebeu a ligação”.


Dito e feito, passadas as horas ditas por Júnior, para o gáudio da turma, Feu ligou para o Brasil e perguntou à sua mãe se havia recebido e primeira ligação e que a que estava fazendo, confirmando, ia chegar algumas horas depois.


O jornal ESTADO DE SÃO PAULO é para ser lido assim. O fuso horário histórico. A edição que chega hoje às bancas foi impressa em 1887, um ano antes da abolição. Percorre uma espécie de túnel do tempo. Porta voz das oligarquias rurais, escravocrata, tem como patrono D. Pedro II e ainda olha com desconfiança a princesa Izabel, herdeira do trono. É que Sua Alteza Real é casada com o conde D’Eu, francês de nascimento, além de ter inclinações abolicionistas.


No solar da família Mesquita, que edita o chamado ESTADÃO, ainda se olha de soslaio aquele negócio de comer escargot. Seria algo assim como uma perigosa infiltração culinária européia, capaz de contaminar a sociedade brasileira com princípios não liberais, mas à mania que se atribui aos franceses do ménage a trois. No ESTADÃO ainda não conhecem o Big Brother Brasil e o nome do conde é meio esquisito.


No máximo “as pedras pisadas do cais”, dentre as pegadas, as de polacas importadas pela Casa Lili.


O jornal em questão num exercício de futurologia resolveu contratar Júlio Verne para tentar interpretar e prever o Brasil do século XXI. Segundo as conclusões do respeitável escritor, autor de “Vinte Léguas Submarinas”, “Viagem a Lua”, “Viagem ao Centro da Terra” e outros, no ano da graça de 2010 um descendente direto de Drácula vai disputar a presidência da República e quer incorporar um Neves da antiga capital mineira, São João D’el Rey, à sua chapa.


Registre-se que para a publicação da palavra república houve um longo debate na redação do jornal e só depois de ficar acertado que tal palavra não era um palavrão e isso seria explicado para não confundir ou ofender a família FIESP/DASU é que a matéria escrita por Verne saiu.


Nas previsões de Júlio Verne o vampiro José Collor Serra, governador da província de São Paulo vai tentar montar na garupa do governador da província de Minas Geraes, Aécio Neves (mesmo depois de ter chamado Aécio de drogado) para vencer as eleições e impedir que a “malta”, a “súcia” continue no poder. Verne em suas elucubrações futuristas, deixou o pessoal do ESTADO em estado de choque ao dizer que o Brasil é governado por um operário e o povo gosta, confere-lhe elevados índices de popularidade, provocando profundo mal estar em D. Fernando Henrique Cardoso, doutor em todas as coisas, principalmente bandidagem, cinismo, corrupção, etc, o mestre de Serra.


Por isso consultaram o barão Boris Casoy, especialista em “que merda, logo garis, a última categoria da sociedade na escala de serviço!”


Foi autorizada a divulgação da frase patriótica do barão Casoy e dita autorização chegou num édito com selo e assinatura a pena de ganso, tudo com direito a mata borrão para evitar dúvidas e suscitar suspeitas de falsificação. É bom esclarecer que o brasão do barão Casoy tem as letras CCC e o lema “mate um comunista por dia e limpe o país”.


Segundo o jornal a dúvida de Aécio é se Serra tem força suficiente para vencer as eleições (palavras que causam arrepio no ESTADO, ainda mais que o jornal não sabe que o voto secreto já foi adotado e o voto feminino é uma realidade), ou se o vampiro é blefe. Tudo indica, afirma Júlio Verne, que Aécio vai esperar mais um pouco para saber se vale a pena ou não ir morar no Jaburu, no caso de uma difícil vitória eleitoral (há dúvidas sobre se o navio de Serra consegue sair de São Paulo, ou encalha em alguma obra do alcaide Gilberto Kassab).


Verne descobriu em sua bola de cristal que, no futuro, no ano de graça de 2010, até jovens a partir de dezesseis anos podem votar, mas resolveu não contar aos Mesquitas para evitar infartos, crises histéricas, provocando uma corrida às pharmacias da rede Granado em busca de sais.


E acha que só se Aécio for bobo. Tipo caipira, como paulistas costumam chamar os nativos da província de Minas Gerais.


Aécio que segue conselhos de sua irmã Andréa e de seu pai Aécio Cunha, além de cultivar espertezas adquiridas de seu avô Tancredo, está sendo advertido, apareceu tudo na bola de cristal de Júlio Verne, que se aceitar deixar o paulista montar em sua garupa vai virar um Marco Maciel da vida.


Político pernambucano, dono de engenhos e muitos escravos, capaz de engolir qualquer sapo, cobra, perereca, o que for necessário, para ascender a planos superiores, não importa como, mas só isso.


Sempre a postos, alerta para um passo à frente, mesmo que isso signifique um passo atrás no caráter, na honra, virtudes das quais nunca ouviu falar. Acostumou-se a chicotear os escravos e a deixar-se montar pelos senhores. Por oito anos habitou o palácio Jaburu sem que ninguém percebesse, tamanha a sua insignificância. Não chega a ser um Chalaça, que pelo contrário era percebido em cada movimento da corte, longe disso, mas uma espécie de múmia na qual se encerram a canalhice e a corrupção do seu partido, o DEM. O DEM, que na verdade é DEMocrata, é especialista em propina e em orações de gratidão pelo dinheiro roubado ao povo. O partido do vampiro Serra não, é todo de ateus.


Ao término de seu trabalho para o ESTADO DE SÃO PAULO e antes de retornar a Paris, Júlio Verne foi recebido pelos Mesquitas no amplo salão da residência da família, saudado pelo barão do Tucano Amarelo e teve seu nome proposto para correspondente da Academia Brasileira de Letras junto a Academia Francesa.


Ao deixar a residência dos nobres FIESP/DASLU, Verne foi profético.


“Cadê o Aécio que estava aqui? Virou um Marco Maciel da vida. Cadê Minas Gerais? Virou recreio de bandeirantes saqueadores”


A propósito, convidado a navegar pelas avenidas da capital da província de São Paulo, Julio Verne polidamente recusou. É que soube que a nau de Serra é aquela que naufragou antes de sair do porto nos festejos da independência do Brasil, no período de D. Fernando Henrique Cardoso. Ficou pesada. É que custou o dobro do preço tamanho o número de grumetes e superiores a mamar nas tetas do poder público, regra geral e absoluta no governo daquele respeitável doutor de tudo.


Sem falar no preço cobrado pela GLOBO para qualquer coisa, até espirro de rainha da bateria.


Laerte Braga é jornalista e colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?"

Lula em quadrinhos - Cap. 2 - Cadê o açude? Cadê a comida?

Clique na imagem para ler.
Não leu o primeiro capítulo? Clique aqui.


Esta história em quadrinhos, que hoje integra o nosso especial "A história de um vencedor", terá sempre um novo capítulo publicado aqui aos domingos. A revista foi lançada em 2002, criada pelo cartunista Bira Dantas, atualmente colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".

7 de Fevereiro de 1939: Conferência em Londres visa solucionar o problema palestino, mas até agora...

Dicionário da Sônia*


7 de fevereiro
1939  Conferência em Londres visa solucionar o problema palestino, mas até agora...


1960  Avião norte-americano queima 1,15 milhão de toneladas de cana de açúcar nas usinas Violeta, Florida, Céspedes e Estrella, em Cuba.

1965  Guerra EUA x Vietnã: aviões norte-americanos começam bombardeios regulares no Vietnã do Norte.

1969  Conselho de Segurança Nacional cassa 3 senadores e 18 deputados do MDB, que faziam oposição à ditadura.

1992  Intelectuais e políticos brasileiros promovem vôo da solidariedade a Cuba.

1994  Caso Para-Sar: Itamar Franco autoriza, enfim, a determinação do STF, de promoção do capitão Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho a brigadeiro, patente que ocuparia caso não tivesse sido afastado pela ditadura.

1995  FHC lança campanha de marketing para a educação, comete a “descortesia” de apresentar como proposta de seu governo para a educação, medidas criadas por Murilo Hingel, ministro de Itamar, já aplicadas há pelo menos 2 anos.

1997  Seguranças expulsam 110 famílias que ocupam a fazenda Boa Sorte, em Marilena, PR, e mata um lavrador com um tiro na cabeça.

2003  Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente do BNDES e ministro das Comunicações no governo FHC, afirma em sua coluna no jornal Folha de São Paulo: “A inflação elevada e persistente dos dias de hoje me leva a insistir novamente nesse tema. Os principais indicadores que medem o ritmo de aumentos de preços na economia mostram um quadro muito complexo e difícil para a ação do governo Lula”. “A inflação está de volta porque o Banco Central de Armínio Fraga foi frouxo no controle monetário e covarde para promover um verdadeiro choque de juros na economia. Para retomar seu controle, o governo Lula deveria aumentar agressivamente a taxa Selic”. "Em 1983, o Brasil foi atingido por uma crise de confiança, semelhante à que vivemos hoje, criada pela moratória do México”. Até eles reconhecem que deixaram o país em situação crítica para Lula.

2006  Inocêncio de Oliveira, deputado federal pelo PL-PE (ex-PFL) teve sua condenação confirmada pelo TRT da 16ª Região (MA), por ter 53 trabalhadores mantidas como de escravos em sua fazenda, libertados em 2002.

2008  Ben Bernanke, presidente do FED (EUA) alerta para os efeitos da crise do sistema financeiro na economia real. Os líderes do G7 (grupo dos 7 países mais industrializados do mundo) dizem que as perdas com o mercado subprime podem chegar a US$ 400 bilhões.

*Sônia Montenegro mantém o blog "Farmácia de pensamentos" e é colaboradora do blog "Quem tem medo do Lula?"

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