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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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sexta-feira, 2 de julho de 2010

A escuridão no fim do túnel - Surge Gilmar Dantas/Serra Mendes - E o Data Mentira Folha

Estava faltando, onde já se viu trapaça de grande porte, bandalheira de assustar criança, habeas corpus para Daniel Dantas, liminar para Heráclito Fortes, esse tipo de “negócio” sem o brilho corrupto e impávido de Gilmar Mendes?

Por Laerte Braga (*)

Ou sem pesquisa montada para José Arruda Serra, tudo acertadinho pela porta dos fundos, dinheiro por baixo do pano e absoluta falta de caráter e integridade, ou coisa que o valha?



Toda vez que dá dor de barriga em Arruda Serra o DATA FOLHA, da FOLHA DE SÃO PAULO (a dos caminhões para desovar as vítimas da tortura) entra em cena com uma pesquisa a favor do tucano. Só que Arruda Serra, quando chega na espontânea perde. É muita ficha suja a um tempo só. Os caras não têm um pingo de vergonha, tudo quatrocentão em matéria de canalhice.



O candidato José Arruda Serra, enquanto tenta desesperadamente nos bastidores rifar Índio da Costa, foi à sede da CNA – Confederação Nacional da Agricultura – (latifundiários), declarar, entre outras diatribes, que a imprensa não deve destacar o passado corrupto do seu companheiro de chapa e que Índio da Costa “é preparado e experiente para o cargo”.



Segundo Arruda Serra o “destaque negativo” é um erro.



Uai, Arruda Serra quando em disputa dentro do seu partido contra Aécio Neves montou um baita dossiê negativo do então governador de Minas e valeu-se do seu empregado Juca Kfoury para mandar um recado ao mineiro, daquele tipo se não sair da parada eu prendo e arrebento.



Em seguida derramou-se em declarações de amor a Aécio, convidando-o a ser seu companheiro de chapa. Quer dizer cínico ao absoluto, achou que enrolava o companheiro (vá ser companheiro assim no raio que os parta!), aquele máxima da máfia, de qualquer máfia, inclusive as tipo PSDB, DEM, PPS, “são só negócios, nada pessoal”.



Sem falar na esnobação do faraó FHC chamando Aécio para “aprender a comer virado paulista, não ficar só no virado a mineira”. Pô os caras ou não têm desconfiômetro, ou não têm vergonha na cara. Não têm nem uma coisa e nem outra.





Índio da Costa, quando secretário de Administração da Prefeitura do Rio de Janeiro, dividiu a cidade em 49 regiões para efeito de licitação de compra de produtos básicos de merenda escolar, não fez licitação coisa alguma e uma única firma, a Milano, ganhou todas as áreas. Mesmo onde não tinha concorrente apresentou preço mais baixo.



No relatório da vereadora Andréa Gouvêa Vieira, do PSDB, em CPI sobre as tais licitações, todas as irregularidades foram apontadas, demonstradas e provadas.



Al Capone contribuía para o natal dos pobres em Chicago. Ia aos abrigos noturnos distribuía beijos, abraços, roupas, cestas natalinas, era considerado um grande benfeitor.



É para deixar para lá então, segundo o raciocínio de Arruda Serra? Juca Kfoury quando mandou o recado para Aécio fez menção a um tapa que o mineiro teria dado em sua namorada num hotel no Rio, em meio a um evento e concitou os brasileiros a refletirem sobre os candidatos para não eleger um novo Collor. Está lá com todas as letras.



Não pode “refletir” sobre Índio da Costa não? Tem que ficar calado?



É como diz o Aécio em sua “vingança salamaligna” – “o Serra consegue desorganizar tudo que está organizado –.



A vereadora em questão, Andréa Gouvêa Vieira, reiterou em entrevista a vários jornais todas as acusações constantes do relatório de 2005 sobre o vice DEM do tucano Arruda Serra. Diz que vota em Arruda Serra, afinal é tucana, mas lamenta e deplora o companheiro de chapa.



Relatou o projeto da ficha limpa? E daí? Muito ficha suja votou a favor do projeto escorado nas emendas que foram feitas para não limpar tanto assim. Tipo sabão que lava mais ou menos, deixa meio amarelado.



Heráclito Fortes, DEM do Piauí, é aquele senador que na armação da revista VEJA para salvar a pele do ministro Gilmar Mendes e do banqueiro Daniel Dantas, a tal gravação que nunca aconteceu, tudo para desmoralizar o delegado Protógenes Queiroz. É ficha suja. Quando foi prefeito de Teresina aprontou e foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado.



Aí, lógico quem? Quem? Gilmar Mendes, ministro do STF (o dele é SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DANTAS INCORPORATION LTD), concedeu efeito suspensivo ao senador para que ele possa ser candidato. Em liminar suspendeu a lei da ficha limpa.



Gilmar Mendes foi um dos principais colaboradores (putz que esculhambação!) do governo de FHC, foi ministro inclusive (Advogado Geral da União) daquele presidente e indicado pelo vendedor/presidente (vendeu quase todo o patrimônio público e até bueiro da Light explode no Rio, no milagre da privatização) para a Corte Suprema.



Está suspensa a lei da ficha limpa pelo tucano Gilmar Mendes, dono de Diamantino no Mato Grosso e parceiro do dinheiro público em vários contratos irregulares com um centro de estudos que mantém em Brasília, onde emprega/compra o silêncio de jornalistas da GLOBO.



É amigo do peito de Arruda Serra.



Agora, cá para nós é estranho, muito estranho, que todos esses recursos digamos assim meio complicados, no caso do senador um recurso extraordinário, sejam sempre distribuídos ao ministro (ministro? Pelo amor de Deus meus sais!) Gilmar Mendes. Tem um trem errado aí, no duro que tem.



Os caras diante do naufrágio da candidatura Arruda Serra estão tentando desmoralizar o processo democrático, transformar as eleições em esculacho geral, criar uma baita confusão, só pode.



E o Arruda Serra disse na CNA que vai criar o “transgênico verde e amarelo”. Será que não sabe que todos aqueles latifundiários, sustentados a trabalho escravo, inclusive a senadora DEM Kátia de Abreu (que responde a processo por desvio de verba pública) estão nas mãos da MONSANTO?



Que a MONSANTO é forte “contribuidora” das campanhas eleitorais do DEM e do tucanato?



Juca Kfoury errou no diagnóstico dele. Quem está pirado é Arruda Serra. Está que nem trem desembestado descendo montanha abaixo e ninguém acha o freio.



Protagonista de um acintoso e aviltante desrespeito ao povo brasileiro, ao Brasil, seja no que fala, seja na escolha de um vice corrupto e atolado até a alma em bandidagem na Prefeitura do ex-quase sogro César Maia. Cacciola é mais negócio.



E não quer comentários negativos?



Quer então que sejam realçadas as virtudes do seu vice? Quais? A Milano, empresa que ganhou a concorrência para fornecer produtos do cardápio da merenda escolar deve saber quais as “virtudes” dele.



Os caras perderam de vez a vergonha e assim vai ficar difícil para a GLOBO sustentar a candidatura tucana. Para VEJA inventar milagres e atribuí-los a Serra, ou demonizar Dilma. Para a FOLHA DE SÃO PAULO ficar publicando currículos falsos.



Pior, vai ser difícil, quase impossível, montar pesquisas ao feitio tucano. Aquelas que o resultado é sempre a favor deles mesmo quando estão perdendo.



É como diz o ex-governador de Minas, perplexo quando soube dos esquemas, “o Serra desorganiza tudo que está organizado”.



Se fosse só isso tudo bem, questão de reorganizar, o diabo é que o dinheiro some. Vai para o bolso deles.



E para variar, nas trapaças de agora, o indispensável Gilmar Mendes. É peça obrigatória nessas tranças e destranças, arroz de festa em matéria de corrupção.



E tome liminar. E haja habeas corpus.



Falta alguém para fechar o caixão de Arruda Serra.



Tem um detalhe, foram vários os relatores do projeto ficha limpa, uma espécie de mistão partidário. Um deles o deputado José Eduardo Cardoso do PT de São Paulo (que, aliás, nem vai disputar a reeleição).



Integrante da mesa da convenção do DEM o deputado Alberto Fraga, de Brasília, ex-secretário do governo do Arruda original. O José Roberto (“vote num careca e leve dois”, frase de José Arruda Serra com a mão sobre os ombros de José Roberto Arruda).



Tem certeza que os caras são “aliados?” Sei lá, tenho minhas dúvidas..



Ao conceder a liminar a Heráclito Fortes o “ministro” Gilmar Mendes chama o assunto ao STF, abre portas para que todos impedidos pela lei possam ser candidatos subjudice, até decisão final do plenário da Corte e com isso avacalha geral. Tenta isso, essa a manobra, inclusive o ficha suja Índio da Costa, por conta da merenda escolar. Assim tipo roubar pirulito de criança.



Mas cá para nós, tem outra coisa, quem precisa de lei para não eleger bandido é porque o negócio está bravo para todos os lados.


*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no “Estado de Minas” e no “Diário Mercantil”. É colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”.


A charge é uma cortesia do cartunista Bira Dantas, também colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”.

A imagem com a "sugestão de filme" é do "Blog do Onipresente".

O mundo off-line

Senado americano discute projeto que pode tirar do ar a rede internacional de computadores. Autor do texto justifica a ideia alegando necessidade de proteger o país de ataques terroristas cibernéticos. Pesquisadores brasileiros criticam a proposta


Correio Braziliense - 02/07/2010


Quando o americano Tim Barnes-Lee inventou a internet em 1991, ele projetou seu crescimento de forma livre e colaborativa, de maneira que pudesse unir e conectar as pessoas ao redor do planeta. Dezenove anos depois, o mundo mudou e os governos tentam se adaptar à rede mundial de computadores, que cresce sem fronteiras. Um projeto de lei em discussão nos Estados Unidos tenta mudar a maneira com que o Estado americano lida com a grande rede. Pela proposta, o presidente ganharia poderes para inclusive desligar a internet, em caso de perigo nacional. Controversa, a proposta pode mudar a maneira com que nos relacionamos com a web.

Para o professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Lazart, do ponto de vista técnico os reflexos de uma atitude como essa em sites brasileiros seriam pequenos. “Os dados de páginas do Brasil seriam preservados e continuariam funcionando normalmente, mas os de sites americanos ficariam inacessíveis para nós”, explica o professor. “Tecnicamente a situação poderia ser corrigida, mas economicamente seria desastroso, seria o mesmo que desligar uma bolsa de valores. Criaria um verdadeiro caos social”, opina.

Durante a década de 1990, desligar a internet dos EUA poderia causar um verdadeiro apagão na web de todo o mundo. “Até 1996, dos 13 servidores raiz da internet mundial, 11 estavam em território americano. De lá pra cá, foram feitas diversas cópias destes servidores raiz, que foram espalhados pelo mundo. Se um falhar, temos vários outros com capacidade de responder por ele”, completa. Esses equipamentos servem para direcionar a navegação, informar onde está salva uma determinada informação que um internauta tenta acessar; eles não guardam os dados do conteúdo dos sites, que estão espalhados em milhões de máquinas ao redor do mundo. Atualmente existem quatro servidores raiz no Brasil, três estão na cidade de São Paulo e um em Brasília.

Independência
Com essa atual estrutura, o eventual bloqueio da internet pelos Estados Unidos não se repetiria com sites brasileiros. “Os EUA podem controlar a parte da web que se encontra dentro de seu país, mas é possível a qualquer tempo ficarmos independentes dos serviços oferecidos nesta parte da rede”, explica o professor do Departamento de Engenharia de Telecomunicações da Universidade Federal Fluminense (UFF) Luiz Schara. “A jurisdição de um país termina em sua fronteira. É possível que os EUA consigam bloquear tráfego indesejável, e que façam pressão diplomática para que sejam seguidos pelo resto do mundo, mas a decisão do que é aceitável ou não será feita país a país”, completa.

Isso não significa dizer que não haveria perdas em nível mundial. “A internet é um sistema aberto, assim, muitos dados são hospedados em outros países. Numa situação de desligamento total, tudo que ficar em território americano permaneceria inacessível”, explica o advogado especialista em direito na internet Alexandre Atheniense. Ficariam indisponíveis alguns serviços de e-mails, sites de relacionamento, serviços de hospedagem de arquivos, ou qualquer página que esteja salva lá.

Os internautas que desejam saber se os serviços que utilizam estariam sujeitos à futuramente possível lei norte-americana precisam exercitar um hábito incomum para muitos usuários: a leitura dos termos de uso. “Sempre que criamos uma conta em qualquer serviço, simplesmente clicamos em ‘aceito’, sem ler. Mas lá informam a que país aquele serviço está vinculado e caso haja algum problema legal, a que leis as duas partes devem se submeter”, explica Alexandre.

Modelo brasileiro
Apesar dos Estados Unidos tentarem ampliar a possibilidade de controle do conteúdo da web em seu território, a própria arquitetura da rede dificulta isso. Para Vagner Diniz, gerente-geral do recém-aberto escritório brasileiro da W3C (sigla para World Wide Web Consortium), instituição que cuida da evolução da internet. “Órgãos internacionais como a ONU têm cumprido um papel relevante de construir consensos em torno da governança ao estabelecer princípios de participação, abertura, privacidade e segurança na internet”, afirma

Para ele, a maneira como é gerida a internet brasileira é um modelo a ser seguido. “Definido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil é considerado uma referência internacional de sucesso, pois é um modelo baseado no consenso dos quatro setores representados no Comitê — governo, setor privado, ONGs e universidades, sendo que a sociedade civil tem maioria dos assentos e, de uma maneira única no mundo, seus representantes são eleitos”, destaca Vagner.

Serra, seus vices e o DEM

Autor(es): Cláudio Gonçalves Couto
Valor Econômico - 02/07/2010



A brutal celeuma armada pelo PSDB em torno do candidato a vice-presidente na chapa de José Serra foi, sem qualquer sombra de dúvida, o maior erro de condução cometido até agora na campanha ao Planalto, dentre todos os postulantes. Foi uma patacoada de tal magnitude que se mostrou capaz de ofuscar todos os deslizes cometidos pelos demais candidatos ou seus staffs. E o pior é que, mais do que uma mera gafe (como, por exemplo, a foto de Norma Bengell no site de Dilma Rousseff), trata-se de uma grande barbeiragem política. O surpreendente disto é que, no contraste entre a candidata petista e seu rival tucano, este é sempre notado (justificadamente, aliás) como o mais experiente em disputas eleitorais, o mais rodado nos embates políticos e o mais desenvolto na cena pública. Contudo, mesmo com tal currículo de político calejado, Serra foi capaz de meter os pés pelas mãos naquilo que é o mais fundamental numa eleição em presidencialismo de coalizão - a construção da coligação.

As razões desta presepada podem ser buscadas em origens mais longínquas (o antigo desapreço recíproco entre José Serra e o antigo PFL, hoje DEM), ou no processo mais recente - a definição da candidatura tucana na disputa interna entre o atual postulante e Aécio Neves.

Se buscarmos as fontes remotas, poderíamos recordar o quão difícil foi o relacionamento entre PSDB e PFL ao final do governo Fernando Henrique Cardoso, quando a candidatura do ministro da saúde foi gestada no ninho tucano, imediatamente deflagrando sinais de repulsa na seara pefelista - notadamente por parte de Antônio Carlos Magalhães, que manifestava publicamente sua rejeição a Serra. O ápice dessa conflagração foi a operação da Polícia Federal na empresa Lunus, de propriedade da família Sarney. As imagens de uma montanha de dinheiro vivo descoberta dentro de seus cofres devastaram a até então bastante promissora pré-candidatura pefelista de Roseana Sarney (basta lembrar que em março de 2002 o Ibope mostrava Roseana tecnicamente empatada com Serra e Anthony Garotinho, em segundo lugar, com 13% das intenções de voto). À época diversos caciques pefelistas atribuíram a Serra a operação policial que abortou sua chance de chegar ao Planalto com uma candidatura própria, rompendo com o governo e com o PSDB. Por isto mesmo, os tucanos disputaram as eleições daquele ano coligados ao PMDB - uma união sacramentada pela unção de Rita Camata como candidata vice-presidencial. O PFL ficou de fora da disputa nacional.

Com a vitória do PT nas eleições presidenciais, a ida para a oposição de tucanos e pefelistas os reaproximou, permitindo-lhes uma estratégica aliança na cidade de São Paulo com Serra, que bancou o nome de Gilberto Kassab para compor a chapa. Coincidentemente, já nessa eleição a questão do vice de Serra ganhou importância na disputa, pois seus adversários afirmavam que o eleitor paulistano votaria no tucano, mas acabaria sendo governado pelo pefelista, já que Serra provavelmente abandonaria a prefeitura para disputar a Presidência. O tucano jurou que não faria isto, registrando a promessa em cartório, mas acabou por descumpri-la para candidatar-se não a presidente, mas a governador do Estado; e o vaticínio petista se cumpriu: o PFL (ou DEM) passou a governar a capital paulista. Ora, como quase ninguém vota em vice, a maioria dos eleitores paulistanos deu pouca importância à advertência: votou em Serra e topou correr o risco, referendando depois essa escolha ao reeleger Kassab.

A aproximação com o DEM sugeria que Serra optara por estabelecer a ponte com um partido que, apesar de seu desafeto pessoal, era o aliado nacional mais importante de sua própria agremiação. Tal percepção era reforçada pelo empenho serrista na reeleição de Kassab, cristianizando o postulante tucano Geraldo Alckmin - depois reabilitado ao ser nomeado secretário e, conseqüentemente, catapultado a uma aparentemente fácil eleição governatorial. E tudo parecia confirmar a aproximação: o vice naturalmente viria do DEM, exceto se Aécio Neves topasse ir para o sacrifício e compusesse a chapa, pois isto supostamente reforçaria a candidatura em Minas Gerais. Foi justamente esta remota possibilidade em aberto que parece ter propiciado o embaralhamento do jogo.

Em nosso presidencialismo de coalizão a indicação do vice por um partido aliado significa basicamente uma coisa: a sacramentação de uma coligação eleitoral. E isto não é pouco, pois gera tempo de televisão e rádio no horário eleitoral gratuito, estrutura organizacional pelo país todo e articulação com as campanhas estaduais do partido aliado (sobretudo onde não houver disputas locais internas à coligação nacional). Para além disso, contudo, os ganhos são principalmente simbólicos, pois o vice pode representar a abertura da candidatura para um setor da sociedade (os empresários, as mulheres, uma região do país, um estado etc.). Os ganhos eleitorais diretos da indicação de um vice são muito pequenos - afinal, os eleitores olham muito pouco para o candidato a vice, de modo que não vale a pena gastar muita munição com isto. Por esta razão, foi um gravíssimo erro a coligação serrista ter perdido tanto tempo na expectativa de que Aécio levasse consigo um caminhão de votos mineiros, caso compusesse a chapa. Não só o seu aceite teria pouco peso na decisão do eleitor (mesmo o mineiro), como as cicatrizes deixadas pela disputa interna e os ganhos para Aécio na eleição para o Senado tornavam muito pouco provável que o ex-governador das Gerais entrasse nessa empreitada.

Mas se a indicação do vice indica tão somente a formalização duma aliança, é fazer muito estrago por pouca coisa denegar tal possibilidade a um aliado que não só a postula, como é a segunda força no campo da oposição; ainda mais para tentar resolver um problema de acerto político-familiar num dos únicos estados em que a situação eleitoral dos tucanos é boa, o Paraná. Pior do que o vexame público dessa patetice são os ressentimentos internos que ela tende a gerar dentro da coligação. Serra deu tanta importância à questão do vice que corre o risco de ficar com o vice-campeonato.

O VICE INCÔMODO

FALAR SOBRE VICE VIRA INCÔMODO
Autor(es): Ana Paula Siqueira
Jornal do Brasil - 02/07/2010


Desgastado pela repercussão desfavorável da escolha do deputado Índio da Costa (DEM-RJ) para seu vice, o candidato do PSDB, José Serra, esquivou-se ontem de falar sobre o companheiro de chapa. Índio é o quarto deputado mais faltoso entre os 46 do Rio. Ele se ausentou em 175 das 601 sessões da atual legislatura - 29%, para média de 19% dos parlamentares. Na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, foi só a 112 das 332 sessões - as faltas chegam a 66%. Índio é um dos cinco deputados do Rio que mais usaram verba indenizatória: R$ 734 mil - R$ 414 mil só em "divulgação e consultorias".


A escolha do candidato à vice na chapa de José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência parece ter sido traumática para DEM e PSDB. Um dia depois da indicação do deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ) para a vaga, políticos continuavam suavizando as rusgas entre as legendas. Alguns preferiam nem tocar no assunto. Outros colocaram panos quentes e exaltaram o perfil discreto do candidato.

Foi o caso do próprio José Serra. Após participar de debate na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), quinta-feira pela manhã em Brasília, o candidato afirmou que não responderia a perguntas a respeito do seu companheiro de chapa e candidato a vice. E assim o fez.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), vice-presidente da sigla e um dos que mais brigou para que o DEM indicasse um postulante ao cargo, defende que o vice deve ter um perfil mais discreto. O importante, segundo ele, é acabar com constrangimento que foi criado.

Quinta-feira, circulava uma curiosa expressão para definir o rápido crescimento político de Indio. Ele teria dado o golpe do baú do tempo. Isso porque o prazo para escolha do vice foi se esgotando, e os nomes mais fortes da legenda não toparam a empreitada.

Ronaldo Caiado assumiu que a sigla estava sem melhores opções:

Quem nós poderíamos indicar? indagou.

E se...

Um vice-presidente sempre conta com a possibilidade de um dia assumir o posto de chefe da Nação. Mas, apesar disso, muita gente prefere nem ventilar essa possibilidade.

Quando questionado sobre a chance de, caso Serra seja eleito, algum dia, Indio ter de se tornar presidente, o deputado tucano Arnaldo Madeira (SP) afirma que o momento é de pensar na campanha.

Muitos interpretam como falta de responsabilidade a escolha do parlamentar.

O colunista do JB Mauro Santayana trouxe a questão ao debate quinta-feira: O candidato à Vice-Presidência terá que ser uma pessoa preparada para, em caso de vacância, ocupar o cargo com a mesma respeitabilidade e competência do titular.

Além disso, tucanos cariocas já ameaçam retirar o apoio a chapa justamente por conta de Indio. O motivo foi o envolvimento do nome dele na CPI da Merenda, na Câmara Municipal do Rio.

Outros avaliam que grande vencedor foi Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente do DEM. Ao invés de disputar votos com Indio para a Câmara Federal, Maia teria conseguido despachar a concorrência.

O cientista político Davi Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB), acredita que, na verdade, o objetivo seria buscar alguém que não apagasse a imagem de Serra:

Mas, ele (Indio) não tem ficha tão limpa assim.

Folha antecipou anúncio da derrota do Brasil no Mundial da África, enquanto o DataFolha se encarrega de agourar a derrota de Dilma nas eleições

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Quem tenta antecipar a derrota da Seleção Canarinho no Mundial da África, certamente está se esforçando também para derrotar Dilma com a aplicação do mesmo expediente: Fraude.

Tá tudo muito bom. Bom! Tá tudo muito bem. Bem explicado! Mas, realmente, essa coisa revelou que, por detrás de qualquer surto de torcida favorável à Seleção brasileira por parte da Folha de S. Paulo, existe um bando de hipócrita e golpista.

Folha lamenta erro por anúncio publicitário que “eliminou” Brasil da Copa

Comunique-se - da Redação

A Folha de S. Paulo publicou errata e lamentou [Assaz Atroz: lágrimas de crocodilo] a publicação de um anúncio que sugeria a eliminação da seleção brasileira da Copa. A peça publicitária da rede de supermercados Extra, do Grupo Pão de Açúcar, foi publicada por engano[adores] no lugar de um anúncio sobre a vitória brasileira contra o Chile. A peça foi veiculada ontem (29/06).

O jornal admitiu que o erro foi do departamento de publicidade. "A Folha esclarece que, no Caderno Copa 2010, pág. D11, foi publicado equivocadamente anúncio do Hipermercado Extra, devido a problema ocorrido na área de inserção de anúncios. Lamentamos o erro."

O anúncio se “despedia” da seleção. "A I qembu le sizwe [significa seleção, em zulu] sai do Mundial. Não do coração da gente... Valeu, Brasil. Nos vemos [nas eleições...] em 2014".

O presidente do Grupo Pão de Açúcar se manifestou no Twitter, pedindo desculpas aos clientes e jogadores, e disse que os culpados pelo erro serão responsabilizados. “Não compartilhamos com a impunidade e tomaremos as providências, que não eliminarão o erro, mas irá responsabilizar os culpados”. Abílio Diniz também disse estar “indignado” com o caso, que classificou como “inadmissível”.

A ombudsman da Folha, Suzana Singer, afirmou que o erro foi uma “tremenda mancada”, mas enfatizou que o engano foi apenas do comercial da empresa. “Saiu anúncio errado do Extra hj por problema da inserção da Folha, sairá uma errata amanhã. Tremenda mancada”. E completou hoje: “O erro do anúncio do Extra é culpa do comercial da Folha, não tem nada a ver com Redação, que tb comete erros, claro”.

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Ilustração: AIPC - Atrocious Internacional Piracy of Cartoons

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PressAA

Agência Assaz Atroz

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