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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O papelão de assessores de imprensa na ditadura

O jornalista Carlos Chagas (à esquerda) acompanhando o marechal Arthur da Costa e Silva. Foto: Acervo pessoal de Carlos Chagas / Retirada do livro "No Planalto, com a Imprensa"
O papelão de assessores de imprensa na ditadura

Por Urariano Mota (*)

 

Recife (PE) - Do livro “No Planalto, com a imprensa”, cujos dois volumes reúnem entrevistas de secretários de imprensa e porta-vozes de JK até Lula, prefiro ressaltar frases de assessores que serviram à ditadura brasileira. Nas passagens que o eufemismo recomendaria chamar de momentos menos honrosos, são indicadas ações vis como se fossem coisas bobas, ossos do ofício de experientes assessores, entre um riso e outro.

É sintomático do nível geral do jornalismo que ninguém mais se espante com informações graves, como estas cândidas palavras de Carlos Chagas, assessor de Costa e Silva, ao lembrar seus tempos de O Globo:

“As informações sobre o que podia ser veiculado vinham dele, Roberto Marinho. Mas era esporádico, vinham de vez em quando, porque o Roberto Marinho era daqueles jornalistas antigos que não admitiam notícia política, vamos dizer, elaborada pelo repórter. Ele tinha uma orientação clara: ‘Tem que escrever: fulano de tal disse a O Globo, disse a O Globo, disse a O Globo. Aí, publique tudo o que você quiser, na boca do outro’. Era esperto, não? Para O Globo não ser acusado de nada”



DEMOCRACIA ANALFABETA


Democracia Analfabeta

Carlos A. Lungarzo
Anistia Internacional

Eu sou de um país onde a palavra dada é sempre negociável em função das ofertas do mercado. [...] Entre nós, a palavra dada serve para elevar o preço da triação. Somos um país mercador que faz comércio com tudo, desde o patrimônio artístico até os presos políticos.
Erri De Luca (escritor italiano): A palavra dada é negociável? in Vargas, F.: La Véritè sur Cesare Battisti (v. Hamy, 2004)

Democracia, na linguagem política moderna, já não significa o mesmo que a palavra que lhe deu origem na antiga Grécia (demos kratia = poder do povo), assim como a química tampouco continua sendo o estudo das substâncias vindas do Egito. O mundo muda, e conceitos tradicionais adquiriram significados mais específicos.
Atualmente, são poucos os países que não se consideram democráticos. Desde o invadido e esfacelado Iraque, atacado por imperialismos e terrorismos de todos os estilos, até Canadá, Estados Unidos, repúblicas africanas, etc. quase tudo é democrático. Afinal, “democracia” em sentido formal, significa eleições pluri-partidárias, periódicas, com voto universal para os adultos. Em algumas democracias, como no Brasil, a Constituição faz questão de salientar que fica “eliminada” a censura, mas isso não é o entendimento de todos os governos democráticos.
Aliás, uma democracia pode existir com poucos livros, poucos escritos, e poucos escritores. É o que descobriram em 15 de novembro umas sumidades intelectuais da que fora, há muito tempo, a iluminada e liberal República de Veneza.

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