
Traduzido e adaptado
The Economist.DEUS pode ser brasileiro, como os cidadãos da América do Sul, o maior do país como a dizer, mas ele certamente não projetou seu sistema educativo. O Brasil alcançou a estabilidade política, depois de décadas de estagnação, mas quando se trata da qualidade das escolas, que está muito longe ainda dos outros países em desenvolvimento, apesar pesada despesa pública em educação.
Até a década de 1970, a então emergente Coréia do Sul foi tão próspera como o Brasil, mas, ajudada pelo seu sistema de ensino superior, pulou à frente, e agora tem cerca de quatro vezes o rendimento nacional per capita. O Brasil procura melhorar, mas enfrenta uma estatistica gritante: 45% dos chefes de famílias pobres têm menos de um ano de escolaridade.
O presidente Lula chegou ao poder criticando as ações do seu antecessor e promovendo rápidas melhorias. Com o Fundef, surgiram os financiamentos para os salários e as escolas em bairros pobres. Transferências em dinheiro para as famílias pobres, condicionada à suas crianças freqüentando a escola, marcam o sucesso do programa Bolsa Família. Após duas más nomeações, o presidente escolheu um bom ministro da educação, Fernando Haddad, que goza do apoio dos reformadores do ensino brasileiro.
Graças a estes programas, 97% das crianças com idades compreendidas entre os 7-14 agora têm acesso à escolaridade e o atendimento é bom. A tarefa de melhorar a escolaridade cai para governos estaduais e municipais.
Os alunos sofrem com o absentismo dos docentes. Nas escolas geridas pelos governos estaduais, 13% de todos os dias letivos foram perdidos devido à ausência professores em 2006. Há Estados onde o absentismo pode chegar a 30%. Ocorre que substitutos preenchem a falta dos colegas, mas o ensino não tem continuidade e isso compromete o aprendizado aos alunos.
Apenas 42% possuem o ensino médio completo. Melhorar a qualidade das escolas, para que mais crianças sejam aprovadas levaria a um aumento significativo nos investimentos em educação. Há necessidade de professores qualificados e bem remunerados. Muitos têm duas ou três diferentes jornadas em diferentes escolas e se queixam da baixa remuneração.
Em São Paulo, que realiza muito pouco para um rico estado, as instituições estão deprimidas e caóticas, diz Norman Gall do Instituto Braudel de Economia Mundial. A burocracia estatal tenta administrar suas 5.000 escolas e 230.000 professores, mas nos últimos anos vem transferindo a responsabilidade para os municípios. As greves de professores são ignoradas pelo governador José Serra, candidato a presidente para a eleição de 2010. Se o ensino de SP continuar dessa maneira, o atual governador terá muita dificuldade em sair-se bem ao pleito. Ou poderá tentar sua reeleição, escondendo por mais 4 anos essa enorme mancha em sua administração.
Moisés Zacarias, who is 14, goes to school in Diadema, a poor suburb of São Paulo that sprang up when millions of people migrated from the countryside to the country’s biggest metropolis, starting in the 1960s. Most of the houses are thrown together, clinging to steep hills and set along narrow alleys. At his school, which has 2,000 pupils, there are three separate shifts of students every day to get the most out of the buildings and teachers. Last year some pupils beat up others during a lesson and posted a video of the attack on the internet. Teachers often fail to show up for work. But Moisés’s school is better than it was five years ago.