Ibope e ex-policiais dão más notícias a Serra
O noticiário veiculado neste fim de semana por veículos dos diferentes segmentos da mídia acrescentou pelo menos duas más notícias à campanha do pré-candidato do PSDB e do DEM à Presidência, José Serra. A primeira resultou da pesquisa Ibope encomendada pelos jornais O Globo e Estado de São Paulo. Os resultados indicam, em síntese, que a candidatura da petista Dilma Rousseff continuou em crescimento, de abril para maio, enquanto a candidatura de Serra continuou em declínio. A outra má notícia para a campanha de oposição ao Governo Lula foi a confirmação de que é um factóide – e do tipo gravemente irresponsável, na melhor hipótese – a denúncia tucana de que o PT ou o comando da campanha de Dilma encomendou ou produziu um dossiê contra Serra.
A pesquisa Ibope apontou, de abril para maio, crescimento de 5 pontos percentuais de Dilma e queda de 3 pontos de Serra. Segundo o Ibope, cada um dos dois candidatos obteve 37% das intenções de voto, Marina Silva (PV) permaneceu na faixa de 9% e Dilma e Serra estão empatados também na simulação para um eventual segundo turno.
Ao investigar as expectativas do eleitorado sobre o resultado da disputa, independentemente da preferência de cada entrevistado, o Ibope registrou uma inversão de posições entre Dilma e Serra. O tucano perdeu o favoritismo. Em abril, 43% achavam que Serra seria eleito, enquanto 34% consideravam Dilma a provável vencedora. Agora, uma virada: 40% consideram Dilma favorita e 35% acreditam que Serra vai ganhar.
Além do dramático conjunto de dados resultantes da pesquisa Ibope, Serra terá que enfrentar nos próximos dias uma interpelação que o PT pedirá hoje à Justiça em São Paulo. A interpelação tem o objetivo de fazer que o candidato do PSDB e do DEM confirme a acusação que fez quarta-feira à pré-candidata Dilma Rousseff ao apontá-la como responsável pelo que chamou de “novo dossiê”, supostamente produzido contra ele e sua filha Verônica. Caso Serra confirme a acusação, será processado pelo PT, por danos morais a Dilma.
A inexistência de qualquer dossiê contra o pré-candidato tucano foi reafirmada nos últimos dias, não apenas pelo PT e pelo comando da campanha de Dilma, como também por um ex-delegado (Onésimo de Sousa) e um ex-sargento (Idalberto Matias de Araújo) que, em declarações desencontradas e conflitantes à revista Veja e ao jornal O Estado de S. Paulo, se disseram contactados para suposta negociação para a contratação de serviços. As versões deles contêm, essencialmente, apenas uma informação comum: ninguém os contratou para coisa alguma.
Fonte:
http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=16958