O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

Clique na imagem abaixo e conheça o "Quem tem medo da democracia?" - sucessor deste blog

Clique na imagem abaixo e conheça o "Quem tem medo da democracia?" - sucessor deste blog
Peço que, quem queira continuar acompanhando o meu trabalho, siga o novo blog.

sábado, 12 de junho de 2010

Brasil: O Gigante Desperta

.

Timothy BANCROFT-HINCHEY

Durante os dois primeiros séculos da sua história, o Brasil sempre se comprometeu a ser a promessa de amanhã. Apesar de ter imensos recursos naturais, um mercado interno enorme e um sólido sistema de educação pública, a dimensão do país, juntamente com a má gestão, viu esse colosso da América Latina falhar e afundar-se num mar de incompetência. Depois veio o Lula.

Em 2002, Presidente Luiz Inácio Lula da Silva herdou um empréstimo do FMI de 30 bilhões de dólares, assinado pelo seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. A dívida com o FMI foi paga anos antes do prazo final obrigatório e oito anos depois, o Brasil é uma potência da economia latino-americana, um jogador-chave na cena mundial diplomática e sua crescente influência é sentida em vários mercados mundiais.

Promovendo uma política diplomática que visava levar o Brasil mais próximo da América Latina e à coesão do Continente, Presidente Lula realizou, por exemplo, 17 reuniões com o seu homólogo venezuelano, Hugo Chávez, e, nas palavras de ambos os presidentes, fizeram mais em oito anos do que os seus antecessores nos dois séculos anteriores; Lula também atribuiu muito mais importância para o MERCOSUL e UNASUL, fazendo com que o principal parceiro comercial do Brasil fosse o continente latino-americano em vez da União Europeia.

Em termos de comércio exterior, os déficits foram transformados em excedentes e a micro-economia do Brasil foi assim reforçada. Testemunho disso foi a melhoria nos padrões de vida da grande maioria dos quase 200 milhões de cidadãos do país. Projetos de infra-estrutura no âmbito do Plano de Aceleração do Crescimento, como a ferrovia Transnordestina de 1.100 km. ligando o sertão para os portos do Atlântico, criaram as bases para a estimulação da economia do Brasil não só no presente mas também no futuro.

Habilmente criando as condições para o Brasil evitar os aspectos mais negativos sentidos em outros lugares durante a crise econômica e financeira, Lula conseguiu estimular o investimento estrangeiro, que apesar de um soluço, em 2009, promete voltar rapidamente aos níveis pré-crise já em 2010.

Entendendo que o caminho era através do estímulo do mercado interno, o presidente Lula entendeu que, tirando milhões de pessoas da pobreza através de programas apoiados pelo governo, o motor interno seria o suficiente para afastar a crise. O resultado dos pacotes de incentivo foi traduzido em termos reais, nomeadamente o aumento da classe média do Brasil de 43% da população em 2003 para 50% hoje, enquanto de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, cerca de 30 milhões de brasileiros foram retirados da pobreza, através de programas de benefícios sociais como Bolsa Família, Bolsa Escola e Fome Zero.

Quando temos em conta a crescente influência econômica do Brasil (o Brasil é o maior exportador de carne bovina, café, açúcar e suco de laranja do mundo, um dos principais exportadores de soja, aves e suínos) não surpreende que, no palco diplomático, a Presidência Lula já viu seu país elevado a um estatuto sem precedentes, o que permitiu a Brasília (juntamente com Ancara) resolver a questão do Irã, uma vez por todas.

Na arena internacional, Lula tem contribuído tanto quanto qualquer outra pessoa, ou talvez mais, para a criação de um mundo verdadeiramente multipolar, realçando a importância de grupos como os BRIC e os G20 e estabeleceu as bases para a economia do Brasil superar a da Itália, França e o Reino Unido até 2036.

Tendo testemunhado, e em grande parte provocado, uma grande mudança na balança de poder numa escala planetária, o legado da Presidência Lula é FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016. No Brasil.

Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru

_____________________

Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

.

PressAA

Agência Assaz Atroz

.

Saiba por que a mídia tem tanta raiva dos movimentos sociais

Sandra Starling: Despedida do PT

ADEUS AO PARTIDO DOS TRABALHADORES


"Manda quem pode, obedece quem tem juízo"

Ao tempo em que lutávamos para fundar o PT e apoiar o sindicalismo ainda "autêntico" pelo Brasil afora, aprendi a expressão, que intitula este artigo. Era repetida a boca pequena pela peãozada, nas portas de fábricas ou em reuniões, quase clandestinas, para designar a opressão que pesava sobre eles dentro das empresas.

Tantos anos mais tarde e vejo a mesma frase estampada em um blog jornalístico como conselho aos petistas diante da decisão tomada pela Direção Nacional, sob o patrocínio de Lula e sua candidata, para impor uma chapa comum PMDB/PT nas eleições deste ano em Minas Gerais.

É com o coração partido e lágrimas nos olhos que repudio essa frase e ouso afirmar que, talvez, eu não tenha mesmo juízo, mas não me curvarei à imposição de quem quer que seja dentro daquele que foi meu partido desde sempre. Ajudei a fundá-lo, com muito sacrifício pessoal; tive a honra de ser a sua primeira candidata ao governo de Minas Gerais em 1982. Lá se vão 28 anos! Tudo era alegria, coragem, audácia para aquele amontoado de gente de todo jeito: pobres, remediados, intelectuais, trabalhadores rurais, operários, desempregados, professores, estudantes. Íamos de casa em casa tentando convencer as pessoas a se filiarem a um partido que nascia sem dono, "de baixo para cima", dando "vez e voz" aos trabalhadores. Nossa crença abrigava a coragem de ser inocente e proclamar nossa pureza diante da política tradicional. Vendíamos estrelinhas de plástico para não receber doações empresariais. Pedíamos que todos contribuíssem espontaneamente para um partido que nascia para não devermos nada aos tubarões.

Em Minas, tivemos a ousadia de lançar uma mulher para candidata ao governo e um negro, operário, como candidato ao Senado. E em Minas (antes, como talvez agora) jogava-se a partida decisiva para os rumos do país naquela época. Ali se forjava a transição pactuada, que segue sendo pacto para transição alguma.

Recordo tudo isso apenas para compartilhar as imagens que rondam minha tristeza. Não sou daqueles que pensam que, antes, éramos perfeitos. Reconheço erros e me dispus inúmeras vezes a superá-los. Isso me fez ficar no partido depois de experiências dolorosas que culminaram com a necessidade de me defender de uma absurda insinuação de falsidade ideológica, partida da língua de um aloprado que a usou, sem sucesso, como espada para me caluniar.

Pensei que ficaria no PT até meu último dia de vida. Mas não aceito fazer parte de uma farsa: participei de uma prévia para escolher um candidato petista ao governo, sem que se colocasse a hipótese de aliança com o PMDB. Prevalece, agora, a vontade dos de cima. Trocando em miúdos, vejo que é hora de, mais uma vez, parafrasear Chico Buarque: "Eu bato o portão sem fazer alarde. Eu levo a carteira de identidade. Uma saideira, muita saudade. E a leve impressão de que já vou tarde".

Publicado em: 09/06/2010

SANDRA STARLING, EX-DEPUTADA FEDERAL PT, PROFESSORA UFMG
Creative Commons License
Cite a fonte. Todo o nosso conteúdo próprio está sob a Licença Creative Commons.

Arquivo do blog

Contato

Sugestões podem ser enviadas para: quemtemmedodolula@hotmail.com
diHITT - Notícias Paperblog :Os melhores artigos dos blogs