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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

A condenação do Cristo marxista

A condenação do Cristo marxista

A coexistência de um papado ultra-reacionário com governos de extrema-direita, como foi o de Bush, implica uma luta mundial de idéias que, não duvidem, será muito intensa. A crítica a uma religião de mercado, que exige o sacrifício de vidas humanas e o aniquilamento da natureza é a batalha da esquerda de nosso tempo.

Por Gilson Caroni Filho (*)

Que estranhos desígnios inspiraram o "L'Osservatore Romano" a atacar,em editorial, o escritor José Saramago, falecido recentemente na Espanha? Chamá-lo de populista extremista, que se referia “com comodidade a um Deus no qual jamais acreditou por considerar-se todo poderoso e onisciente” não revela apenas uma atitude fria e inflexível com um humanista ateu. Vai além. Reforça apreensões em relação aos objetivos políticos do Vaticano e suas consequências éticas.

Se a eleição do cardeal Ratzinger como supremo pontífice da Igreja Católica constituiu um acontecimento cuja gravidade poucos subestimaram, a superação integrista das contradições do Concílio Vaticano II já se delineava claramente no pontificado de seu antecessor, João Paulo II, quando as bases sociais da Teologia da Libertação foram firmemente atacadas.

Em 1983, ao visitar a América Central, suas homilias mantiveram fina sintonia com o projeto do governo Reagan para a região. Em Manágua, o papa não apenas não correspondeu às expectativas do povo nicaraguense de condenação clara às agressões incentivadas pelo imperialismo estadunidense, como também deu ênfase ao que mais dividia o governo sandinista e a hierarquia eclesiástica, à época: o da fidelidade dos sacerdotes e religiosas à igreja e à exigência de não participarem na responsabilidade da gestão governamental. Uma declaração de guerra aos partidários de um cristianismo progressista. Reafirmação classista de uma instituição multissecular.

Na Guatemala, um dos países em que a repressão dos governos militares fez mais vítimas entre os religiosos, João Paulo II não só visitou o presidente Ríos Montt, conhecido por ordenar massacres contra a oposição, como permitiu que o general lhe pedisse o afastamento de sacerdotes da política. Nos discursos papais não houve qualquer protesto contra fuzilamentos sistemáticos; apenas menções genéricas a Direitos Humanos. O Cristo do Vaticano, ao contrário do de Saramago, não deu ouvido a comunidades indígenas e camponesas tratadas como estrangeiras em seus próprios países.

Embora saiba muito bem que estão implícitas, na violência que se expande, a questão do poder, dos interesses econômicos nacionais e internacionais, além das considerações geopolíticas, o Jesus do "L'Osservatore" ignora que a promessa anunciada só se efetivará provocando uma transformação radical da condição social do homem. No livro de Saramago, Jesus, filho de José e amante de Madalena, vive a Paixão dos novos sujeitos. Seu sacrifício é a labuta das populações negras, o sofrimento das índias e o sangue camponês que jorra nos latifúndios.

A coexistência de um papado ultra-reacionário com governos de extrema-direita, como foi o de Bush, implica uma luta mundial de idéias que, não duvidem, será muito intensa. A crítica a uma religião de mercado, que exige o sacrifício de vidas humanas e o aniquilamento de natureza é a batalha da esquerda de nosso tempo.

Nessa guerra, ao contrário do que afirma o Vaticano, o Cristo de Saramago é aliado fundamental. Nas páginas do “Evangelho segundo Jesus Cristo", a grande heresia não está no fato de o personagem pedir perdão pelos pecados de Deus. O que o Vaticano não pode perdoar é a denúncia corajosa a um cristianismo imperial e colonialista. Um sistema de crenças que, para validar a opressão, necessita de uma metafísica negativa sobre os homens e sua história.

Saramago provocou a ira da cúpula da Igreja Católica ao reafirmar a modernidade e os valores de igualdade e liberdade. Foi isso que seu Cristo Marxista proclamou. Não de maneira idílica, mas de forma dialética, como reafirmação de vidas que devem transcender a si mesmas, eliminando práticas e relações que geram opressão e miséria.

*Gilson Caroni Filho é sociólogo e mestre em ciências políticas. Mora no Rio de Janeiro, onde é professor titular de sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha). É colunista da Carta Maior, colaborador do Jornal do Brasil e do blog "Quem tem medo do Lula?".

A charge é uma cortesia do cartunista Carlos Latuff, também colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".

No vídeo abaixo, assista a José Saramago (em visita ao Brasil, no final de 2008), explicando, com extremo bom humor, o porquê da criação do pecado: "É um instrumento de controle".

Globo queima Dunga? Boicote à Globo!

Ubiratan Dantas (ou simplesmente Bira) é um cartunista, chargista, quadrinhista e ilustrador paulistano. Colabora com o blog "Quem tem medo do Lula?".

Em oito anos de governo Lula, recursos federais para agricultura quadruplicam e batem recorde

 
 
Que o setor agrícola tem uma importância fundamental para a economia brasileira todo mundo já sabe. O que talvez muita gente ainda não saiba é da significativa expansão dos investimentos do governo federal na agricultura e pecuária nos últimos 8 anos, em sintonia com a nova ótica do governo Lula de impulsionar o setor conjugando crescimento econômico, inclusão social e responsabilidade ambiental. As perspectivas para o setor são as melhores, conforme apontado pelo Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, lançado pelo presidente Lula nesta segunda-feira, 7, em Brasília.

O Plano Agrícola e Pecuário prevê nada menos que R$ 100 bilhões de financiamento para a agricultura empresarial entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2011, o que corresponde a uma significativa expansão de 8% na comparação com os recursos destinados ao setor na safra anterior. Se considerarmos os R$ 16 bilhões que o governo Lula destinará à agricultura familiar neste mesmo período, segundo o Plano, teremos investimentos totais do governo da ordem de R$ 116 bilhões nesta safra. Para se ter uma idéia da dimensão desse número, basta dizer que há oito anos o orçamento do governo federal para a agricultura, pecuária e abastecimento era de R$ 24,7 bilhões.

Ou seja, o volume de recursos federais destinados ao setor agrícola quadruplicou ao longo de todo o governo Lula, evidenciando o destaque da agricultura e pecuária na agenda presidencial. A expansão dos recursos para a agricultura contempla maior volume de financiamentos para programas de investimento e também programas de custeio e comercialização, beneficiando grandes, médios e pequenos produtores. Além disso, deve-se destacar o esforço do governo Lula para incentivar a redução de gases causadores de efeito estufa decorrentes da produção agrícola.

Médio produtor rural recebe maiores incentivos
O grande destaque do Plano Agrícola e Pecuário lançado pelo governo federal nesta segunda-feira fica por conta do aumento de 29% nos recursos destinados a Programas de Investimento, que são aqueles que financiam a compra de maquinários e equipamentos agrícolas, além de tudo que se refira à expansão da produção agrícola propriamente dita. Assim, enquanto na safra passada o governo havia destinado R$ 14 bilhões para esta modalidade de financiamento, nesta safra serão aplicados R$ 18 bilhões. O grande destaque fica por conta da ampliação dos recursos destinados a financiamentos de expansão da infra-estrutura agrícola (Moderinfra) e também a programas voltados para médios produtores.

Neste sentido, o governo Lula criou o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), um programa específico para incentivar os médios produtores, em substituição ao Proger Rural. O Pronamp contará com recursos da ordem de R$ 5,65 bilhões para operações de custeio e investimento, de acordo com os dados do Ministério da Agricultura. O limite de financiamento de custeio foi elevado de R$ 250 mil para R$ 275 mil, ficando mantido o limite de R$ 200 mil para investimento, bem como outros benefícios contemplados pelo Proger na safra anterior. Vale destacar que os financiamentos do programa seguem a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), atualmente em 6,25% ao ano.

Produção agrícola com responsabilidade ambiental
Uma novidade do Plano Agrícola e Pecuário diz respeito à criação do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que financia a produção rural comprometida com a redução dos gases causadores do efeito estufa, contando com um orçamento de R$ 2 bilhões para esta safra. A idéia do ABC é dar ao produtor rural as condições para que ele realize os investimentos necessários e incorpore tecnologias não poluentes ao longo do processo produtivo. Segundo as informações do Ministério da Agricultura, o Programa Agricultura de Baixo Carbono possui três objetivos centrais:

01. Estimular a redução do desmatamento de florestas nos próximos anos, sobretudo no Bioma Amazônia, mediante a ampliação das atividades agropecuária e agroflorestal em áreas degradadas ou em processo de recuperação;

02. Incentivar a implantação de sistemas produtivos sustentáveis, priorizando a recuperação de áreas e pastagens degradadas, o plantio direto na palha e o plantio de florestas, o sistema de integração lavoura-pecuária-florestas e a substituição do uso de fertilizantes nitrogenados pela fixação biológica do nitrogênio no próprio processo de produção de alimentos;

03. Estimular a implantação de sistemas produtivos ambientalmente sustentáveis e medidas que visam ao aproveitamento de resíduos vegetais.

Apoio à comercialização
Os recursos do governo federal destinados aos Programas de Custeio e Comercialização foram ampliados em 14%, passando de R$ 66,2 bilhões para R$ 75,6 bilhões nesta safra. Deste total, 80% (ou R$ 60,7 bilhões) correspondem a linhas de crédito com juros controlados, que são fixados em 6,75% ao ano. O governo também promoveu uma ampliação dos limites de financiamento em operações de custeio e comercialização, o que deve beneficiar uma expressiva parcela de produtores rurais.

Diante da relativa estabilidade econômica nesse período, o governo decidiu manter os valores dos preços mínimos, garantindo aos produtores preços ajustados aos custos variáveis das culturas. Vale destacar que o crescimento da produtividade nas principais culturas reduziu o custo médio, permitindo melhor sintonia dos preços mínimos com os recebidos pelos produtores e garantindo, assim, a manutenção da renda dos produtores. O Plano ainda mantém a política de garantia de preços aos produtores extrativistas de açaí, babaçu, borracha natural, castanha-do-Brasil, pequi, piaçava e pó cerífero de carnaúba, viabilizando, com isso, uma melhoria na renda desses produtores e um desenvolvimento sustentável nas regiões envolvidas.

Percebe-se, dessa maneira, que o governo Lula segue tomando as medidas necessárias para estimular a produção agrícola do país, contribuindo assim para um crescimento com inclusão social, que é a grande diretriz desse governo. É importante salientar que o montante de recursos investidos pelo governo no setor agrícola é o maior já registrado na história brasileira, devendo incentivar sobretudo os médios produtores, através da ampliação dos recursos disponíveis para investimentos, custeio e comercialização dos produtos.

É a economia, estúpido!

Por Paulo Moreira Leite*

Lançada por um marqueteiro de Bill Clinton durante a campanha eleitoral que em 1992 interrompeu um longo reinado republicano na Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, a frase que dá o título à esta nota é uma perfeita descrição do ambiente da sucessão presidencial brasileira.
Às vezes é bom lembrar o óbvio.
Qual a origem do crescimento de Dilma Rousseff? A popularidade de Lula. Qual a razão da popularidade de Lula? O crescimento da classe média, a melhoria na distribuição de renda, a melhoria no emprego. Qual a razão para a ampliação da classe média, a melhoria no emprego e na distribuição de renda? O crescimento da economia.
Nem vou entrar aqui num debate cansativo e fútil sobre quem deveria faturar mais pela boa saúde econômica do país. Os fatos estão aí e as pesquisas deixam claro quem a população considera que respondeu melhor por seu bem-estar.
O importante numa eleição é notar que a economia é parte da realidade objetiva e não pode ser modificada nos meses de duração de uma campanha. Se uma recessão é o inferno nas ambições de todo candidato situacionista, as fases de crescimento são seu paraíso. Isso porque nenhum marqueteiro precisa dizer ao cidadão comum o que acontece no seu bolso e na carteira de trabalho, na hora em que pedem um crédito no banco e no momeno em que trocam de automóvel.
Acho até que por essa razão há vários levantamentos Dilma superava José Serra no voto espontâneo, aquele em que o eleitor declara seu candidato sem que lhe seja apresentada uma lisa de concorrentes para escolher.
Essa situação é que trabalha a favor da candidata Dilma Rousseff e transforma José Serra num concorrente com a difícil missão de tirar votos de eleitores que estão felizes com a vida que levam, a ponto de destinar ao presidente Lula um novo recorde de aprovação popular.
Num esforço para evitar tiros no próprio pé, Serra iniciou a campanha com uma estratégia cautelosa, de quem evita críticas diretas e infrutífera a Lula, concentrando seus ataques em Dilma.
A eleição está longe de ter sido resolvida — mas a pesquisa mostra que uma grande parcela dos eleitores que está contente com a vida que leva já identificou a candidata que pode levar seu voto. Esse o principal valor dos 40% de intenções de voto conguidos por Dilma.

*Paulo Moreira Leite é jornalista desde os 17 anos, foi diretor de redação de ÉPOCA e do Diário de S. Paulo. Foi redator chefe da Veja, correspondente em Paris e em Washington.

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