[caption id="attachment_72" align="aligncenter" width="300" caption="Sua batata está assando senador."][/caption]
O líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), entregou nesta sexta-feira ao TRE-RN (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio Grande do Norte a prestação de contas do diretório regional do partido com os gastos das eleições municipais de 2008. O parlamentar é apontado como beneficiário de recursos ilegais da Camargo Corrêa, identificados na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. Agripino, é claro, nega as irregularidades.
Na documentação, o DEM do Rio Grande do Norte afirma que recebeu R$ 3,2 milhões em 2008 --sendo R$ 500 mil do Diretório Nacional do partido e R$ 2,7 milhões de 17 empresas. A doação de R$ 300 mil da Camargo Corrêa, que aparece na operação da Polícia Federal, é a segunda maior, ficando atrás dos R$ 450 mil repassados pela Primo Schincariol.
Agripino afirma que a Polícia Federal errou durante as investigações. "Se a intenção da Polícia Federal era investigar, deveria ter seguido este caminho aqui, examinando essas contas. Com este simples ato, veria que não tem nada irregular", disse o líder.
A Corregedoria do Senado investiga a suposta doação irregular da construtora Camargo Corrêa para Agripino e para o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Ribeiro, que nega qualquer ilegalidade teria recebido R$ 200 mil.
A expectativa é que na segunda-feira o corregedor do Senado Romeu Tuma (PTB-SP) tenha acesso a cópia do relatório da PF para ajudar em sua investigação. "O objetivo da nossa investigação é descobrir se os senadores cometeram ou não alguma irregularidade. Não vamos investigar partidos nem qualquer outra parte envolvida na operação", afirmou.
Vale lembrar que a investigação foi autorizada pelo juiz paulista Fausto de Sanctis, o mesmo juiz que mandou prender Daniel Dantas duas vezes na operação da Satiagraha da Polícia Federal.
Como podemos percerber, a corrupção está sendo combatida no governos LULA. Por isso, muitos estão com medo da Polícia Federal e querem tirar dela o seu poder de investigação. Por que será?