O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

O enredo do horário eleitoral

Por Ana Helena Tavares e Paulo Pastor Monteiro de Carvalho (*)

No horário eleitoral gratuito, os programas dos grandes partidos são produzidos por alguns dos publicitários mais influentes do país, os mesmos que ajudam a vender as grandes marcas do mercado nacional. São usados recursos técnicos dignos de elogios de diretores de arte e fotografia. O mais desatento pode até confundir as peças com o trailler de algum novo filme.

Não é preciso ser especialista político ou, caso exista, um improvável fã de tal tipo de conteúdo televisivo, para constatar que grande parte das cenas gira em torno de: educação, violência, programas sociais, crescimento econômico e saúde. Nesse ínterim, aparecem artistas e apresentadores, os quais “conversam” com o eleitor sobre o candidato, suas qualidades, trajetórias exemplares de vida e suas lutas corajosas em prol de um país (e quiçá de um mundo) melhor.

Na emissora que ostenta o maior conglomerado midiático em território nacional, o horário político vem um pouco antes da novela. Podemos depreender daí, nos valendo de um raciocínio lógico, as mais diversas interpretações do que essa proximidade pode significar - interfere na audiência, confunde a realidade com o fictício, etc. Não é exagero afirmar que há uma proximidade não só de horário, mas também de linguagem. Vejamos.

Assim como as campanhas se centram nos macrotemas já citados, as novelas, invariavelmente, apresentam um par romântico central, alguém que interfere nesse relacionamento, personagens humorísticos de bom coração, ricos bonzinhos e maus, pobres idem...

A habilidade dos dramaturgos está em, mesmo trabalhando com pontos sempre recorrentes, tornar cada história, cada trama, interessante, atrativa e emocionante a ponto de fazer o telespectador acompanhá-la durante oito, nove meses. A missão dos marqueteiros políticos é bem semelhante a esta: tornar o seu candidato único, carismático e conquistar a simpatia por ele, mantendo-a até o dia da urna.

Mesmo com as novas tecnologias que contribuem para a simplificação do pensamento - televisões com imagens em 3D, twittadas mil a 140 calibradas cada, e qualquer outra ferramenta que potencialize a enxurrada de informações desconexas que se vê hoje - ainda é o milenar boca a boca, a conversa de compadres e comadres, o melhor termômetro para se saber quando algo é verdadeiramente popular, quando agrada ou desagrada o grande público. A sacada ainda é virar assunto de uma conversa de bar. Quem consegue, emplaca!

Em 2002, Duda Mendonça foi extremamente eficiente ao “vender” uma nova imagem de Lula, bem diferente do sindicalista barbudo, radical e irritadiço. O nosso presidente é o caso do personagem mal compreendido, mas que com o passar da trama conquista a admiração de todos: desde aqueles que nem sabem o que é TV aos louros de olhos azuis. Na eleição de 2002, a definição “Lula paz e amor” resumiu todo um enredo político e foi tão eficiente na forma como divulgou o “neo Lula” que pulverizou os sinais de medo, melancolicamente demonstrados em horário nobre por quem já foi “rainha da sucata” .

Dentre os que defendem que a imprensa não deve ser um “armazém de secos e molhados”, mas só o fazem quando a seca pro seu lado é grande, a esquerda é a eterna Geni. Parcela considerável da mídia produz desinformação com a mesma rapidez com que atira pedras em inocentes. O absurdo é ver a facilidade com que, em horário eleitoral e fora dele, artistas, jornalistas e políticos malham aqueles cuja história desconhecem só para garantir... “o leite das crianças”. Será que essas crianças um dia vão ter motivos para votar neles?

*Ana Helena e Paulo Pastor são estudantes de jornalismo. Ela carioca, ele paulista, têm em comum o idealismo aprendido com seus mestres: Gilson Caroni Filho e José Arbex Jr., respectivamente.

Crise na oposição lembra França

Crise na oposição lembra França

Por Cristian Klein,
em sua coluna "Coisas da Política", no Jornal do Brasil de hoje - 28/06/2010

Um dos maiores nós da oposição, desde o ano passado, é a falta de nomes para o posto de vicepresidente na chapa de José Serra (PSDB). O problema foi empurrado com o bico dos tucanos e agora, diante da completa falta de opções, a decisão foi anunciada da pior forma possível. Tanto tempo de espera e o indicado – devido à demora e à imposição dos prazos legais – surge exatamente em meio ao anticlímax da última pesquisa eleitoral, a primeira em que Serra aparece atrás de Dilma Rousseff (PT), descontando-se a margem de erro.

O vice de Serra vem de forma tão atabalhoada, mal-ajambrada, sem a convicção necessária, que sua confirmação, se é que se pode dizer assim, é o retrato de todo o processo de escolha – ou melhor, de indecisão – dos últimos meses. Diante da repercussão negativa, ocorrida entre os aliados, no fim de semana, o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) passou a ser tratado não como uma escolha definitiva, mas uma opção ofertada pelos tucanos ao escrutínio dos partidos do campo oposicionista.

Foi um recuo necessário para não esticar a corda com o DEM, parceiro que se sente no direito de indicar o candidato a vice. Os demistas são os protagonistas do último grande escândalo da política brasileira, o mais memorável para o eleitor, e com eles os tucanos não querem formar par. De posse de pesquisas qualitativas, o PSDB tem a noção do estrago que um vice do DEM poderia causar. Mas não importa.

Os demistas insistem em entrar na chapa. Ou pelo menos ter o tratamento de aliado preferencial, indispensável, do qual parece não mais desfrutar.

No imbróglio, contou mais para a indignação do DEM o sentimento de rejeição e de rebaixamento no arranjo oposicionista, de ter ficado praticamente alijado da decisão, do que de se ver obrigado a aceitar a chapa puro-sangue, com a qual já havia concordado, desde que fosse com Aécio Neves.

O mensalão do DEM é episódio por demais comprometedor para a imagem dos tucanos? OK.

Mas e a companhia de Roberto Jefferson, responsável por soltar a fumaça branca e bradar pelo Twitter o “Habemus vice”? Com essa imagem na cabeça e o espaço ocupado pelo controverso líder do PTB, os demistas saíram enfurecidos e ameaçam até romper com os tucanos, tirando-lhes o já escasso tempo de TV. No desespero, algumas frases fortes demonstram a que ponto está a relação e a confiança da oposição. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), também pelo Twitter, reagiu: “Se na campanha nos tratam assim, imaginem se o PSDB ganhar”. O presidente do partido, Rodrigo Maia, foi além, e teria dito: “A eleição nós já perdemos, não podemos perder o caráter”.

Desmotivação, brigas nos bastidores, a oposição parece até a conturbada e eliminada França de Raymond Domenech na Copa do Mundo.

A indústria naval renasce das cinzas :: Luiz Inácio Lula da Silva

Por Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Federativa do Brasil, no "Correio Brasiliense" (*)

A indústria naval brasileira chegou a ser a segunda maior do mundo, empregando, em 1979, 39 mil trabalhadores.

Na época, apenas o Japão nos superava.

Nas décadas seguintes, quando os navios e plataformas de exploração passaram a ser importados, o setor começou a definhar até quase virar pó, com o número de empregados caindo para 1.900 no ano de 2000. Hoje, no entanto, a indústria naval está renascendo das cinzas. O setor já superou em muito o número de empregados da época áurea, empregando atualmente 46.500 trabalhadores e podendo chegar, segundo cálculos do Sindicato da Indústria Naval, a 50 mil até o fim deste ano.

A reviravolta fantástica está sendo proporcionada sobretudo pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), um dos principais projetos do PAC. As encomendas do Promef somam 49 navios de grande porte, dos quais 46 já foram licitados e 38 já estão com os contratos assinados. As premissas do Promef, que resultaram num grande impulso à nossa indústria, são de que os navios devem ser construídos no Brasil e com índice de nacionalização de 65% na primeira fase e de 70% na segunda, além da exigência de que sejam competitivos internacionalmente.

Houve várias críticas a essa nossa determinação.

Diziam que na era da globalização seria mais barato fazer as encomendas à China ou à Coreia. Nós dizíamos que o Brasil tinha um parque ocioso enorme e que não poderíamos deixar todo o know how adquirido se perder no tempo. O que os críticos não consideravam também é que as compras feitas internamente retiram um peso negativo da balança comercial, mobilizam um sem-número de outras empresas, geram dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos para brasileiros, que se tornam consumidores e passam a demandar todo tipo de produto para a sua vida diária, girando e estimulando toda a economia.

No mês passado, nós participamos do lançamento ao mar do primeiro navio concluído: o João Cândido, construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. As dimensões do navio são gigantescas – o comprimento é de 274 metros, duas vezes e meia a distância de uma trave à outra do campo do Maracanã. Foi o primeiro navio construído no Brasil para o sistema Petrobras desde 1997 e pode ser apontado como marco da recuperação da nossa indústria naval. Na última quinta-feira, foi lançado ao mar o segundo navio, o Celso Furtado, no Estaleiro Mauá, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Há todo um simbolismo nesse empreendimento.

Nós estamos resgatando uma tradição, uma vez que esse estaleiro foi fundado em 1846 pelo Barão de Mauá, pioneiro da indústria naval e do desenvolvimento industrial do nosso país.

Quero ressaltar um aspecto muito importante: a qualificação dos trabalhadores. A grande maioria dos operários do Estaleiro Atlântico Sul ganhava a vida como pescador, cortador de cana ou doméstica. Todos eles, cuja atividade anterior não era valorizada, receberam formação em três fases. Na primeira, houve reforço do ensino básico, com a duração de três meses. O segundo estágio foi no Senai, onde os trabalhadores receberam base teórica e treinamento prático. A terceira fase, oferecida pelo próprio estaleiro, foi de qualificação final para as atividades de soldador, caldeireiro, mecânico, montador e pintor. Não há nada que pague ver a expressão de felicidade estampada no rosto dos trabalhadores, pessoas que jamais imaginaram que um dia seriam capazes de construir um verdadeiro monumento, como é o navio João Cândido.

A retomada da indústria naval é irreversível.

Além das encomendas atuais, não é difícil imaginar quantas encomendas serão geradas com o início da exploração do présal.

Além da revitalização dos antigos estaleiros e da construção do Atlântico Sul, o Estaleiro Aliança está expandindo sua unidade de Niterói (RJ) e vai construir nova unidade em São Gonçalo (RJ). O Estaleiro Rio Grande, em Rio Grande (RS), construirá oito cascos de navios plataforma para a Petrobras.

O grupo Wilson Sons anunciou na semana passada a construção de novo estaleiro, também na cidade de Rio Grande.

Outros quatro serão instalados no país para atender à demanda crescente: Paraguaçu, na Bahia, Eisa, em Alagoas, Promar, no Ceará ou Pernambuco, e Corema, em Manaus.

Estou convencido de que o Brasil vai voltar em breve a figurar entre os líderes mundiais na construção de navios. Os reflexos dessa verdadeira explosão da indústria naval estão se espraiando pela economia e beneficiando, direta ou indiretamente, todos os brasileiros.

*Fonte: http://www.senado.gov.br/lidpt/detalha_artigos.asp?data=28/06/2010&codigo=2237

Governos do PSDB multiplicaram praças e preços

O processo de concessões rodoviárias desenvolvido pelos sucessivos governos tucanos de São Paulo quintuplicou o número de praças de pedágio no estado. Em 1997, havia 40 praças – todas sob gestão estatal. Agora são 227 – e todas sob concessão privada. Significa que, em 13 anos, os governos do PSDB autorizaram a operação de 187 novos postos de cobrança. Só o Governo Serra autorizou, em três anos, o funcionamento de mais de 80 novas praças de pedágio.

Em abril, a Central Única dos Trabalhadores iniciou a campanha Movimento Pedágio Justo, contra o alto custo e o aumento de praças de pedágio. E um estudo realizado pela bancada do PT na Assembléia Legislativa mostrou que, para o usuário, o quilômetro das rodovias estaduais é o mais caro do Brasil e do mundo. O valor em São Paulo é, no mínimo, oito vezes maior do que o cobrado em estradas federais.

De acordo com as contas petistas, a proliferação de praças de pedágio “ocasiona alto custo para os usuários, que recebem nas altas tarifas o ônus pago pelas concessionárias ao Estado, o custo financeiro da antecipação de receita e a exigência de lucratividade maior nos contratos. O aumento provocado no valor dos fretes onera toda a economia paulista”.
As empresas de transporte de cargas estimam que os altos valores das tarifas vão comprometer, a partir do ano que vem, a melhoria provocada no trânsito pela abertura do trecho Sul do Rodoanel.

“Com pedágio a R$ 6,00, uma carreta de sete eixos vai gastar R$ 54,00. O motorista vai preferir embolsar o dinheiro e enfrentar o trânsito na Marginal Pinheiros e na Avenida dos Bandeirantes”, aposta o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região, Francisco Peluzio.

Segundo os cálculos dos transportadores, se este motorista fizer viagens diárias entre Ribeirão Preto e o porto do Guarujá vai gastar, em três ano, R$ 450 mil.

“Daria para ele comprar uma nova carreta”, avalia Peluzio.

FONTE: http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=18022
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