Um dos maiores nós da oposição, desde o ano passado, é a falta de nomes para o posto de vicepresidente na chapa de José Serra (PSDB). O problema foi empurrado com o bico dos tucanos e agora, diante da completa falta de opções, a decisão foi anunciada da pior forma possível. Tanto tempo de espera e o indicado – devido à demora e à imposição dos prazos legais – surge exatamente em meio ao anticlímax da última pesquisa eleitoral, a primeira em que Serra aparece atrás de Dilma Rousseff (PT), descontando-se a margem de erro.
O vice de Serra vem de forma tão atabalhoada, mal-ajambrada, sem a convicção necessária, que sua confirmação, se é que se pode dizer assim, é o retrato de todo o processo de escolha – ou melhor, de indecisão – dos últimos meses. Diante da repercussão negativa, ocorrida entre os aliados, no fim de semana, o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) passou a ser tratado não como uma escolha definitiva, mas uma opção ofertada pelos tucanos ao escrutínio dos partidos do campo oposicionista.
Foi um recuo necessário para não esticar a corda com o DEM, parceiro que se sente no direito de indicar o candidato a vice. Os demistas são os protagonistas do último grande escândalo da política brasileira, o mais memorável para o eleitor, e com eles os tucanos não querem formar par. De posse de pesquisas qualitativas, o PSDB tem a noção do estrago que um vice do DEM poderia causar. Mas não importa.
Os demistas insistem em entrar na chapa. Ou pelo menos ter o tratamento de aliado preferencial, indispensável, do qual parece não mais desfrutar.
No imbróglio, contou mais para a indignação do DEM o sentimento de rejeição e de rebaixamento no arranjo oposicionista, de ter ficado praticamente alijado da decisão, do que de se ver obrigado a aceitar a chapa puro-sangue, com a qual já havia concordado, desde que fosse com Aécio Neves.
O mensalão do DEM é episódio por demais comprometedor para a imagem dos tucanos? OK.
Mas e a companhia de Roberto Jefferson, responsável por soltar a fumaça branca e bradar pelo Twitter o “Habemus vice”? Com essa imagem na cabeça e o espaço ocupado pelo controverso líder do PTB, os demistas saíram enfurecidos e ameaçam até romper com os tucanos, tirando-lhes o já escasso tempo de TV. No desespero, algumas frases fortes demonstram a que ponto está a relação e a confiança da oposição. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), também pelo Twitter, reagiu: “Se na campanha nos tratam assim, imaginem se o PSDB ganhar”. O presidente do partido, Rodrigo Maia, foi além, e teria dito: “A eleição nós já perdemos, não podemos perder o caráter”.
Desmotivação, brigas nos bastidores, a oposição parece até a conturbada e eliminada França de Raymond Domenech na Copa do Mundo.
O vice de Serra vem de forma tão atabalhoada, mal-ajambrada, sem a convicção necessária, que sua confirmação, se é que se pode dizer assim, é o retrato de todo o processo de escolha – ou melhor, de indecisão – dos últimos meses. Diante da repercussão negativa, ocorrida entre os aliados, no fim de semana, o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) passou a ser tratado não como uma escolha definitiva, mas uma opção ofertada pelos tucanos ao escrutínio dos partidos do campo oposicionista.
Foi um recuo necessário para não esticar a corda com o DEM, parceiro que se sente no direito de indicar o candidato a vice. Os demistas são os protagonistas do último grande escândalo da política brasileira, o mais memorável para o eleitor, e com eles os tucanos não querem formar par. De posse de pesquisas qualitativas, o PSDB tem a noção do estrago que um vice do DEM poderia causar. Mas não importa.
Os demistas insistem em entrar na chapa. Ou pelo menos ter o tratamento de aliado preferencial, indispensável, do qual parece não mais desfrutar.
No imbróglio, contou mais para a indignação do DEM o sentimento de rejeição e de rebaixamento no arranjo oposicionista, de ter ficado praticamente alijado da decisão, do que de se ver obrigado a aceitar a chapa puro-sangue, com a qual já havia concordado, desde que fosse com Aécio Neves.
O mensalão do DEM é episódio por demais comprometedor para a imagem dos tucanos? OK.
Mas e a companhia de Roberto Jefferson, responsável por soltar a fumaça branca e bradar pelo Twitter o “Habemus vice”? Com essa imagem na cabeça e o espaço ocupado pelo controverso líder do PTB, os demistas saíram enfurecidos e ameaçam até romper com os tucanos, tirando-lhes o já escasso tempo de TV. No desespero, algumas frases fortes demonstram a que ponto está a relação e a confiança da oposição. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), também pelo Twitter, reagiu: “Se na campanha nos tratam assim, imaginem se o PSDB ganhar”. O presidente do partido, Rodrigo Maia, foi além, e teria dito: “A eleição nós já perdemos, não podemos perder o caráter”.
Desmotivação, brigas nos bastidores, a oposição parece até a conturbada e eliminada França de Raymond Domenech na Copa do Mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog não está subordinado a nenhum partido. Lula, como todo ser humano, não é infalível. Quem gosta dele (assim como de qualquer pessoa), tem o dever de elogiá-lo sem nunca deixar de criticá-lo. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Todas as opiniões expressas aqui, em conteúdo assinado por mim ou pelos colaboradores, são de inteira responsabilidade de cada um. ----------------------------------------------------------------
Comentários são extremamente bem-vindos, inclusive e principalmente, as críticas construtivas (devidamente assinadas): as de quem sabe que é possível e bem mais eficaz criticar sem baixo calão. ----------------------------------------------------------------------------------------------
Na parte "comentar como", se você não é registrado no google nem em outro sistema, clique na opção "Nome/URL" e digite seu nome (em URL, você pode digitar seu site, se o tiver, para que clicando em seu nome as pessoas sejam direcionadas para lá, mas não é obrigatório, você pode deixar a parte URL em branco e apenas digitar seu nome).-----------------------------------------
PROCURO NÃO CENSURAR NADA, MAS, POR FAVOR, PROCUREM NÃO DEIXAR COMENTÁRIOS ANÔNIMOS. NÃO PODEMOS NOS RESPONSABILIZAR PELO QUE É DITO NESSES COMENTÁRIOS.
Att,
Ana Helena Tavares - editora-chefe