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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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domingo, 28 de novembro de 2010

O Rio que eu amo é de Janeiro

Floresta da Tijuca. Foto: Ana Helena Tavares
As pessoas clamam por sangue sem perceber que estão esquartejando a si próprias. Como um queijo suíço que não assume seus buracos, manda-se que a polícia saia matando e criam-se os Batmans (o mais famoso dos milicianos). E troca-se seis por meia dúzia.

Por Ana Helena Tavares (*)

Há décadas, o Rio, hoje totalmente dominado pela família Marinho, vem perdendo força econômica e cultural. Tem sido muito maltratado não só pelos governantes como também por parte de seu povo que não valoriza esta terra. 

Por isso, vale o alerta: quem ama cuida.

Dizem que amor nem sempre gera amor. Talvez. Mas morrerei tentando - isto é prestar um serviço a si mesmo. 

Nesta mais recente crise na segurança pública carioca, duas das maiores emissoras de TV do país – as concorrentes Globo e Record – “uniram-se” para prestar juntas um desserviço à população carioca: a filmagem, durante horas ininterruptas, das operações policiais. Não estou de modo algum pregando que a polícia censure a imprensa. Nem em nenhum momento tentaram isto. Mas o BOPE (Batalhão de Operações Especiais da PM) expressou sua preocupação com a exposição exagerada que prejudica as operações, no que está certíssimo. 

Além de exagerada e prejudicial, a meu ver, é desnecessária. É justamente este tipo de shownalismo que dá às pessoas a falsa idéia de que é tudo um filme, onde a pipoca é o próprio telespectador. Queimando aos poucos junto com cada faísca na tela. Enquanto a imprensa oportunista tem o único intuito de ganhar audiência e vender jornal - porque a tragédia dá lucro e isto foi sempre assim -, as pessoas clamam por sangue sem perceber que estão esquartejando a si próprias. Como um queijo suíço que não assume seus buracos, manda-se que a polícia saia matando e criam-se os Batmans (o mais famoso dos milicianos). E troca-se seis por meia dúzia. E, mais que isso, cria-se um câncer para o sistema. 

Bandido bom é bandido na cadeia - inclusive, os fardados. Melhor ainda se for bandido engravatado, que é aquele que, prendam-se ou matem-se mil pobres, ele aliciará outros para fazer o serviço pesado do tráfico, enquanto ele toma champanhe com dinheiro sujo.

Pelo que se tem visto, parte da população brasileira, com o luxuoso apoio de um punhado de famílias, ainda tem sede de heróis. Falta ter sede de política para cobrar que cheguem às favelas todos os benefícios sociais que conferem cidadania às coberturas. 

Por isso, vale o alerta: amar uma terra é defender o direito de todos os seus cidadãos. O resto é ódio.

E ódio sempre gera ódio. Disto podem estar certos. Na música, “Nomes de Favela”, Moyses Marques garante: “Ou lá na favela a vida muda ou todos os nomes vão mudar". O Rio que eu amo é de Janeiro, não é de Agosto.

*Ana Helena Tavares é jornalista por paixão, escritora e poeta eternamente aprendiz. Editora-chefe do blog "Quem tem medo do Lula?".

Ataque do Comando Vermelho foi para negociar

Ocupado o QG do Comando Vermelho. Algo vai mudar?

Por Carlos Amorim, em seu blog*

Às oito horas da manhã do domingo 28 de novembro – uma data histórica -, três mil policiais, soldados da Brigada Paraquedista do Exército, além de fuzileiros navais com 15 blindados leves, mais helicópteros de combate, invadiram o quartel-general do Comando Vermelho: o Morro do Alemão, no centro de um complexo de 14 favelas e quase meio milhão de moradores. Até as cinco horas da tarde, quando a ocupação se completava, a força milita ainda se impressionava com a calma aparente no bairro. Esperava enfrentar 600 traficantes fortemente armados, mas esse grande confronto, que resultaria em dezenas de mortos, simplesmente não aconteceu.

Utilizando a velha tática das guerrilhas, os bandidos se dispersaram e sumiram em meio à população. Deixaram para trás toneladas de maconha e cocaína, armas de guerra, dinheiro (60 mil dólares só numa mochila apreendida com um garoto) e as casas luxuosas dos gerentes do tráfico. Quase uma centena de pessoas foram presas, a maioria inocentes. A ocupação do Morro do Alemão encerra uma semana de violência desmedida no Rio de Janeiro. No domingo anterior, bandos armados começaram a queimar ônibus e carros por toda a cidade, num total de quase 100 veículos, semeando o pânico. No enfrentamento entre os criminosos e a polícia, 36 pessoas morreram e não há conta do número de feridos.

A batalha – e este é apenas um episódio numa guerra que levará décadas – produziu três resultados inéditos e surpreendentes: a reação solidária de todos os níveis de governo, com o governador aceitando a intervenção de tropas federais; a resposta indignada da população carioca, que colaborou com a força-tarefa inclusive nas favelas; a unificação das facções criminosas. A pergunta que se coloca é a seguinte: por que os bandidos tomaram a iniciativa do confronto, com a queima dos veículos, provocando abertamente o poder público? A explicação oficial é a de que eles estavam perdendo territórios para as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Difícil de acreditar, porque essas unidades existem apenas em 12 (agora 13) das mais de mil favelas cariocas – uma gota no oceano. Outra explicação: os bandidos estariam reagindo contra a transferência de suas lideranças para presídios de segurança em outros estados. Essa pode ser. Mas, como eles foram transferidos há muito tempo, soa estranho. A minha tese é a de que os ataques visavam criar uma moeda de troca para uma trégua na Copa do Mundo e nas Olimpíadas.

O Brasil derrota o Brasil. Para delírio do Brasil

Por Luiz Carlos Azenha, jornalista, no Vi o Mundo

A população brasileira vibra. “Forças de segurança” garantiram a vitória do Brasil contra… quem mesmo? O Brasil.

Finalmente, nossa gloriosa bandeira está hasteada em Iwo Jima.

A foto foi publicada no site do Sidney Rezende.

O discurso é grandiloquente: o território teria sido “libertado”, o “momento simbólico entra para a história”, é a “atitude emblemática”.

PARA NÃO VIRAR UM IRAQUE

PARA NÃO VIRAR UM IRAQUE


Laerte Braga


É inegável que o atual governador do Rio Sérgio Cabral decidiu enfrentar o crime organizado, o tráfico de drogas especificamente. Mas é preocupante constatar que o aparelho policial é em boa parte corrupto e ao longo de muito tempo vem favorecendo e sendo cúmplice do crime.

É despreparado para ações de grande envergadura (exceto quando trata de professores reivindicando melhorias salariais, movimentos sociais buscando reforma agrária, etc). Esse despreparo não é só conseqüência de baixos salários e falta de estrutura, é de corrupção também.

Não é da natureza das forças armadas intervir em conflitos dessa natureza, mas o apoio emprestado pelas três armas tornou possível que as polícias militar e civil do Rio de Janeiro viabilizassem operações concretas contra os traficantes.

"Alô, moça da favela! Aquele abraço!"

Rocinha. Foto: Ana Helena Tavares
Ontem, sábado, 27/11/2010, saí de casa com uma máquina fotográfica na mão e uma cisma na cabeça: sim, apesar de tudo, o Rio de Janeiro continua lindo. Em busca de provar isto, tirei mais de duas dezenas de fotos. Quem quiser ver as outras, clique aqui.

O Rio de Janeiro continua lindo?

Foto: Ana Helena Tavares
O Globo abriu manchete: “O Dia D da guerra ao tráfico”, onde sem temer o ridículo destacou a “semelhança simbólica com o desembarque das tropas aliadas na Normandia” na segunda guerra mundial (menos, família Marinho, menos!).

Por José Ribamar Bessa Freire (*)

Latuff e onde está o tráfico

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