O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O escuro de uma noite em 67


O escuro de uma noite em 67

Por Urariano Mota (*)

Dizem que o filme “Uma noite em 67”, de Renato Terra e Ricardo Calil, sobre o III Festival de Música Popular Brasileira, agrada a todos, até mesmo aos nascidos antes e depois de 1967. E mais dizem nos jornais: que o documentário é um passeio pela memória, que é mais que musical, é político, ideológico, uma experiência visceral (!). E assim justificam tal exuberância: a quantidade das imagens reveladas do festival de música de 67, os rostos da platéia, as entrevistas dos bastidores, são e seriam um mel, um triunfo e grande trunfo.

Por isso fui ao cinema. Por isso assisti ao filme com a respiração suspensa e os olhos mais abertos que um personagem na hora do terror, em close de Hitchcock. Mas vi depois que deveria tê-lo visto com os olhos bem fechados, para melhor sentir o mundo que apenas é cantado na memória. Nos limites do espaço da coluna, digo logo.

“Uma noite em 67” é uma noite com expurgos, ou melhor dizendo, é um documentário com um terrível senso de edição, e de tal modo terrível, grosso, desinformado, que a ditadura brasileira passa como uma sombra leve, suave, até engraçada. Há uma dulcificação do período. Mas o que deseja afinal este colunista? Deseja um filme sobre um festival de música ou um manifesto com passeatas “abaixo a ditadura”? O filme é mu-si-cal, entende? E nada mais natural que, se passeata aparecer, que seja uma contra a guitarra elétrica, como está lá.

O diabo é que o público nascido nos últimos 20 ou 30 anos talvez não saiba que nos tempos dos festivais a música era também uma realização política, e, se me perdoam a palavra, uma concreção, o mais próximo de um protesto e uma arma possível. O seu lugar na vida e no imaginário da juventude era um ato inalienável de combate. E de tal modo que, gostar da música de Chico ou de Caetano caracterizava uma opção de guerra – Chico ao lado dos subversivos de política de massa, Caetano ao lado da guerrilha urbana. Mas isso, essa informação fundamental sequer é insinuada nas entrevistas, que fazem a divisão entre o “velho” Chico, porque de smoking, e o “novo” Caetano, porque solto e descabelado.

A edição do filme, ante o mundo riquíssimo de imagens, comete lapsos quase criminosos, ao deixar na boca do produtor Solano Ribeiro, depois de 12 horas de entrevista, a banalidade de que tudo não passava de um programa de televisão. Ah, meus amigos, o amor não passa de duas sementinhas, não é? A tropicália, sem contestação, termina por virar algo como um movimento de muita fantasia e poses e bocas. Mamãe, mamãe, não chore. E agora atinjo o que me parece o mais lamentável erro de edição: o público, o distinto e insuperável público que aparece apenas com as suas caras no momento da execução das músicas e dos compositores.

Aquele público, para quem não sabe, era a melhor juventude brasileira que houve nos últimos 50 anos. Aquele público, daquele público, saíram os militantes assassinados, os melhores mestres de nossas universidades, os jornalistas mais criativos, gip gip Ivan Lessa, João Antonio e sua arte de chutar tampinhas, os ministros de hoje, a futura presidente Dilma Roussef. Ora, por que não entrevistaram aquelas maravilhosas caras hoje? Por que não se procurou saber delas onde estavam, como viam as músicas do festival de 67? Ah, o filme é de música.

O filme, então, é ruim? – Pelamordedeus, apesar de tudo, não é não. O documentário é bom como um arquivo. As imagens valem a ida ao cinema. Mas “Uma noite em 67” não se realiza nem como filme nem como jornalismo. O documentário é bom como uma coleção de vídeos raros do YouTube.

Mas todos nós, à margem das estrelas do palco, que sobrevivemos àqueles malditos anos, que conhecemos o lugar e a dimensão de nossa música popular na ditadura, saímos do cinema com um vazio no peito, com um sentimento de frustração, porque nem vimos sequer Sidney Miller, a estrada e o violeiro, por exemplo. Saímos todos à espera de outro filme, quem sabe, outra obra, outro romance, outra criação onde a música daqueles anos seja uma paisagem humana referente a todo o mundo. Saímos a cantarolar em silêncio “a vida é assim mesmo, eu fui embora”, como ensinava Torquato Neto. Ser público é desdobrar fibra por fibra da paciência.

( Veja o vídeo ) com o trailler de "Uma noite em 67".


*Urariano Mota é jornalista e escritor. Autor do livro “Soledad no Recife”, recriação dos últimos dias de Soledad Barret, mulher do Cabo Anselmo, executada pela equipe de Fleury com o auxílio de Anselmo. Urariano é pernambucano, nascido em Água Fria e residente em Recife. É colunista do site “Direto da redação” e colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”

E começa a temporada de debates eleitorais...

Eis os mais marcantes (ou mais ridículos)

Por Celso Lungaretti (*)

Debates eleitorais pela TV costumam ser extremamente tediosos, um mero entrechocar de imagens forjadas por marqueteiros como o Duda Mendonça, cujos cordéis movimentam os fantoches em cena.

São exceções irrisórias as situações pitorescas nesses debates. Eis algumas:

- quando Richard Nixon, ainda sem aquilatar a importância da imagem, foi ao confronto decisivo contra John Kennedy com a barba por fazer. Mais do que os argumentos, o eleitorado dos EUA comparou o garboso Kennedy ao mal-encarado Nixon, com os resultados conhecidos;

- quando um deputado dos mais obesos queria entregar alguns papéis a Jânio Quadros no ar e foi se arrastando grotescamente por baixo do ângulo captado pelas câmeras... sem imaginar que, maldosamente, elas se voltariam na sua direção, expondo a todos os telespectadores seu puxa-saquismo explícito;

- quando Franco Montoro esperou sua tréplica a Jânio Quadros, no encerramento do debate, para acusá-lo de torpeza (havia sido vítima da ditadura e estava mancomunado com os antigos perseguidores), de forma que suas tentativas raivosas de dar resposta foram rechaçadas pelo mediador, fazendo-o parecer destrambelhado e patético;

- quando Boris Casoy perguntou a Fernando Henrique Cardoso se ele acreditava em Deus e FHC se queixou de que haviam combinado não tocar nesse assunto, dando ao adversário Jânio Quadros um trunfo talvez decisivo para vencer uma eleição parelha;

- quando Brizola e Maluf perderam as estribeiras e ficaram se xingando no ar. "Filhote da ditadura!", repetiu várias vezes o gaúcho, enquanto o outro respondia: "Desequilibrado! Desequilibrado! Passou 15 anos no estrangeiro e não aprendeu nada!" (foto acima);

- quando Lula teve um apagão no debate decisivo com Collor e reagiu com apatia aos ataques do inimigo, não contestando sequer a afirmação de que seu aparelho de som era melhor que o do ricaço das Alagoas;

- quando o mesmo Collor, tentando voltar à tona depois de botinado do poder, foi escalado para formular uma questão ao folclórico Enéas Carneiro e, depois de pensar um pouco, desistiu: "Manda ele falar o que quiser". Enéas gastou seu tempo criticando o próprio Collor, que esnobou de novo o adversário ao ter a chance da réplica: "Manda ele continuar falando".

Lembrei-me de sete momentos interessantes num sem-número de debates a que assisti ou dos quais tomei conhecimento. Posso ter esquecido um ou outro mais. O certo é que a mesmice e a chatice predominam de forma avassaladora.

Eis um que marcou época

Debates eleitorais são recentes no Brasil, começaram em 1982.

E os que reúnem apenas dois candidatos vêm desde 1989, quando foi introduzido o segundo turno nos pleitos para presidente da República, governador e prefeito.


Infelizmente, já deu tempo para as assessorias especializadas capacitarem-se a preparar qualquer indivíduo que não seja um completo idiota para ter desempenho razoável nos debates, dando respostas decoradas para os questionamentos óbvios, driblando as questões inoportunas, lançando provocações para desestabilizar o(a) adversário(a), abusando das falsas emoções, etc.

Daí a previsibilidade que ora caracteriza os debates.

Mas, como a eleição 2010 está polarizada entre um homem e uma mulher, a chamada caçapa cantada para o 2º turno, vale darmos uma relembrada no primeiro grande debate televisivo entre os dois sexos, em São Paulo.

Não foi exatamente eleitoral: teve como contendores o diretor de trânsito Américo Fontenelle (foto acima) e a deputada Conceição Costa Neves, em 1967.

No governo de Carlos Lacerda (RJ), o coronel Fontenelle conseguira resultados excelentes por abordar o trânsito com metodologia sofisticada de diagnóstico e planejamento de ação.

Ao mesmo tempo, até por sua formação militar, era um atrabiliário ao colocar as medidas em prática, chegando a mandar esvaziarem os quatro pneus de quem estacionasse em locais proibidos ou colarem espessos papéis no vidro da frente, difíceis de remover, especificando a infração cometida pelo motorista.

O governador Abreu Sodré o contratou a peso de ouro para pôr ordem no trânsito caótico e congestionado de São Paulo. Eis como o jornalista e radialista Afanásio Jazadji evocou sua atuação, no Repórter Diário:

“O Coronel Fontenelle montou sua equipe e começou a trabalhar, localizando o engarrafamento em São Paulo em dois pontos: 1 - estacionamento desordenado nas principais ruas; e 2 – carga e descarga o dia todo, durante 24 horas, impedindo os carros de se locomoverem.

“Atacou logo os dois pontos com total sucesso, criando ‘bolsões’ e também ‘rotatórias’. Proibiu carga e descarga em toda a cidade, a não ser de meia-noite às 6 da manhã.

”Suas medidas radicais colocaram o trânsito no seu devido lugar. (...) Suas medidas atingiram os maiores empresários do setor de transportes, que com caminhões congestionavam praticamente o dia inteiro a região do Mercado Central, espalhando a paralisação por todo o centro e bairros adjacentes.

”Fontenelle mandava rebocar até mesmo o carro de vereadores e deputados que atravancavam tudo.”

O menestrel Juca Chaves chegou a compor uma sátira bem-humorada a seu respeito: “O Seu Fon-Fon chegou/ O Seu Fon-Fon chegou/ Mudou, mudou, mudou/ E agora, pra que lado eu vou?”.

Como havia muita grita contra Fontenelle, a deputada Conceição Costa Neves erigiu-se em porta-voz da oposição ao coronel, discursando inflamada e demagogicamente contra ele na Assembléia Legislativa. E a extinta TV Tupi (que fazia parte dos Diários e Emissoras Associados, de Assis Chateaubriand), armou um debate entre ambos, mediado por Aurélio Campos.

Sendo Fontenelle um homem irascível, a deputada populista supôs que sairia bem na foto se mostrasse coragem de confrontá-lo, adotando uma postura extremamente agressiva.

Para sua surpresa, o coronel se apresentou como um autêntico gentleman, recusando-se a acompanhá-la num duelo de agressões. Respondia às piores acusações e insultos com apenas quatro palavras: “Isso na sua opinião”.

As rudimentares pesquisas de opinião da época lhe deram a vitória por goleada. Os telespectadores ficaram chocados ao verem uma deputada se comportando de maneira tão vulgar e, embora estivessem (por influência da mídia) predispostos contra Fontenelle, acabaram por admirar sua postura cavalheiresca. Aos observadores mais atentos, entretanto, não escaparam sua testa franzida, a raiva a duras penas contida...
CRUCIFICADO PELA IMPRENSA


Menos sorte Fontenelle teve, entretanto, quando enfrentou a empresa Folha da Manhã, pertencente a Octávio Frias e Carlos Caldeira.

Ocorre que outro negócio de Caldeira era a Rodoviária de São Paulo, absurdamente localizada bem no centro da cidade (av. Duque de Caxias) e foco dos maiores congestionamentos. O trabalho de Fontenelle não estaria completo se não extirpasse essa chaga. E, como contrapartida à personalidade despótica, ele tinha muito senso do dever e coragem pessoal.

Percebendo que, se anunciasse antecipadamente a desativação da rodoviária, seria tolhido pela politicalha, Fontenelle a executou nos moldes de uma operação militar, pegando o inimigo desprevenido e criando um fato consumado: da noite de domingo para a manhã de segunda-feira, fechou a rodoviária e transferiu todos os ônibus, precariamente, para o Parque D. Pedro.

Foi vítima, como retaliação, de uma das mais repulsivas campanhas já desencadeadas por órgãos de imprensa contra um administrador público. Páginas e páginas eram utilizadas diariamente nos jornais do grupo para detonar o trabalho de Fontenelle e dar voz às suas vítimas, como os viajantes que perdiam o ônibus por desinformação.

Em nenhum momento os jornais tiveram a dignidade de informar aos leitores que estavam longe de ser parte isenta na questão, já que seus interesses haviam sido contrariados.

O governador Sodré, que não tinha a simpatia do Grupo Folhas, de repente acertou os ponteiros com Caldeira e Frias: demitiu Fontenelle e passou a receber rasgados elogios nos jornais da empresa.

Pouco tempo depois, ao dar uma entrevista no programa Roleta Paulista da então TV Paulista (Organização Victor Costa), Fontenelle foi indagado a respeito de sua demissão.. Em resposta, disse que iria falar tudo que até então silenciara sobre o comportamento desleal e indigno do governador.

De repente, parou, como se tivesse perdido o fio da meada. Fitou a câmara, seu olhar ficou esgazeado; cambaleou e, ao desabar no chão, já estava duro como pedra.

O pessoal do estúdio correu para socorrê-lo, a câmara tremeu, a transmissão foi interrompida. Logo depois, um locutor informou que o coronel tivera uma ligeira indisposição, mas passava bem.

Na verdade, estava agonizando. Morreu a caminho do pronto-socorro.

*Celso Lungaretti, jornalista e escritor. É autor do livro "Náufrago da Utopia" (sobre sua experiência durante a ditadura militar) e mantém blog homônimo. É colaborador e co-editor do "Quem tem medo do Lula?".

Debate da Band: É a peleja do diabo com as donas do coração do povo

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Fernando Soares Campos - Editor-Assaz-Atroz-Chefe

O primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República acontecerá amanhã, 5/9, na Band, do bando midiático que conta com figuras do tipo Boris Casoy e Ricardo Boechato de Galocha, e terá este como mediador (o cara que fará média com pequenos gestos e entonações para, se possível, favorecer seu candidato).

A Band informa que o telespectador “pode sugerir a pergunta que abre o debate da Band entre os presidenciáveis”

Se você não tem tempo nem saco para formular perguntas, nós que fazemos esta Agência Assaz Atroz elaboramos algumas para facilitar a sua participação no programa, para tanto basta copiar e enviá-las através do site da emissora.

As perguntas estão acompanhadas de quatro respostas, que serão sorteadas entre os candidatos, que deverão ler sem fazer careta, pois vai tudo mastigado e adocicado, como um dossiê fajuto.

Boa sorte aos candidatos!

1) O que impressiona em determinado candidato da coligação PSDemB?

a) É a capacidade de jogar para um canto seu passado e o passado do governo Du cano de FHC para defender posições e projetos que, àquela época, taxara de atrasados.

b) É o ex-governador de San Pulo Del Gato usar qualquer fato, o que quer que seja, para criticar o governo do presidente Lula, ao mesmo tempo em que afirma que resolve o problema com os pés nas costas de um falso índio.

c) É ele ser mentiroso, mau-caráter, não ter um pingo de respeito por nada e por ninguém que não seja o investimento que faz, financiado por grupos econômicos que sustentam o projeto neolibertinal.

d) É esse mané querer ser presidente da República por si a qualquer custo e para os seus – os que o sustentam – para fechar o grande negócio do século, a venda definitiva do Brasil.

* * *

2) Qual o candidato que criticou Lula alegando que o “caosaéreo” é culpa do governo?

a) Sei lá, mas sei que ele se esqueceu de que a desregulamentação quase total do setor permitiu o surgimento de várias empresas sem porte e qualificação para atuar.

b) No caso da GOL, o problema é de simples incompetência e uso e abuso de trabalho escravo, ou seja, pilotos e tripulantes de um modo geral, trabalhando cargas horárias superiores às determinadas em lei, por medida de economia, de contenção de custos, para aumentar os lucros. Colocando em risco vidas de passageiros.

c) É a pilantragem de certa empresa privada e aproveitadores como esse candidato aí. Como os bueiros da Light no Rio. Explodem e matam. Iniciativa privada que resolve tudo numa nota oficial dizendo que vai tomar providências, normalizar, etc. e tal, e fica tudo do mesmo tamanho.

d) Um porta-voz da mentira, William Bonner, como aconteceu no caso da queda do avião da TAM em Congonhas, vai para a pista quase histérico dizer que a culpa era da falta de ranhuras na pista, até que descobriram que era manutenção indevida feita pela empresa. (Nada a ver nem a haver ou a reaver com a pergunta, mas tudo a ver com a resposta)

* * *

3) Pilantras lato sensu, empresas e candidato, os parentes das vítimas do voo da TAM continuam em boa parte a ver navios até hoje ou foram submetidos a acordos ultrajantes?

a) No final da história, como aconteceu com o caso da TAM, o PIG concluiu que a culpa foi do piloto.

b) Existe candidato tão inescrupuloso que a cada problema que aparece, como, por exemplo, atraso de ônibus na rodoviária de São Paulo, do Rio ou de Trancoso (BA) dispara que a culpa é do governo Lula.

c) O candidato que diz isso é porque lhe falta programa de governo, falta sentido à sua candidatura, que representa interesses que não são os do Brasil e dos brasileiros.

d) Tonto, esse sujeito não sabe para onde anda e o que faz, quer é ser presidente da República, sabe que o investimento vai lhe proporcionar um ganho extraordinário, é esse o seu propósito.

* * *

4) A essa altura do campeonato está difícil saber quem é mais idiota (se é que existe idiota nesse meio ou apenas espertalhões), ou quem é mais cretino: é ele, o tal candidato, ou se o seu “selvagem” candidato a vice?

a) O camarada aposta na memória curta das pessoas, supõe que pode enganar a todos. Como quando ele assinou frente às câmeras de tevê o compromisso de cumprir seu mandato de prefeito da capital desvairada até o fim e não cumpriu.

b) Esse indivíduo não cumpre nada. Nunca cumpriu. Mente de forma deslavada em sua campanha. É Du cano? Bem, Du cano, geneticamente, sem exceção, é amoral como qualquer pilantra.

c) Os pilotos da GOL estão denunciando gente dessa laia, sem que a grande mídia noticie, porque é venal, comprada. Os aeroviários estão submetidos a uma escala de serviço desumana, muito acima de suas forças. A empresa vem e diz que foi um erro do programa e que vai normalizar tudo. (Nada ver com a pergunta, mas tudo a ver com a resposta*)

d) Se nas próximas semanas um avião cair no Brasil ou na Cochinchina, William Homer Bonner terá outro ataque histérico e vai gritar que o piloto era Lula. (*Idem)

* * *

5) “O preço que se paga hoje em determinados setores da economia é o das políticas de privatização de FHC, das quais tem um candidato aí no debate que é o mais legítimo representante.

“Corrupto, desprovido de princípios que não sejam os quero-o-meu, começa a mais baixa campanha presidencial dos últimos tempos, exatamente por não ter outro objetivo que não seja tomar de assalto e assaltar o Brasil.

“Traz consigo a escória da política brasileira. DEMoDOPPS. Tem atrás de si empresários sonegadores e a mídia venal.

Pergunta-se:

Diogo Mainardi, o bam-bam-bam da VEJA, que acusou todo o governo de tudo, na lógica democrática de ir buscar direito de resposta, reparação na justiça cível e condenação por calúnia na criminal, já foi embora do Brasil quando percebeu que o seu avião-mundo estava caindo?

a) Mais ou menos, mais pra lá do que pra cá, pois a Justiça começa a corrigir as distorções.

b) Caiu fora para não ser preso. O principal, ou um dos principais mentirosos de plantão em VEJA.

c) Esse candidato aqui ao lado é (Nota Assaz Atroz: se o sorteado para ler esta resposta for o próprio salafrário, ele deverá dizer “Este candidato aqui sentado, eu sou”) um escárnio, e infeliz de um país que possa ter a desventura de um pilantra desses (ou “como eu”) na Presidência da República. O desespero dessa impossibilidade é que o (nos) leva a esses desvarios sobre o caso dos atrasos de voos.

d) Até outubro todo cuidado é pouco, estamos diante de uma quadrilha sem escrúpulo algum.

Façam as suas apostas!

Antes de enviar suas perguntas, leia MEMÓRIA CURTA = OPORTUNISMO, por Laerte Braga, na redecastorphoto

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Para comemorar o aniversário do debate Lula-Alckmim na Band em 2006, a nossa Agência Assaz Atroz reedita os mais emocionantes momentos daquela peleja.

VALE A PENA RIR DE NOVO



Texto publicado no diário espanhol La Insígnia e na revista digital NovaE em outubro de 2006.

A torturante sede do Geraldo

Geraldo engolia em seco, a sede o atormentava, ondas peristálticas desciam goela abaixo, nem mesmo o seu sorriso forçado disfarçava o constrangimento. Ele apertava a bancada, a fim de disfarçar o tremor das mãos. Mas as câmeras indiscretas da Band revelavam o nervosismo do candidato debatedor.

Enquanto isso, Lula pegava a garrafa de água cristalina, gelada, e, lentamente, enchia o copo. A condensação formava aquelas gotículas no cristal. Lula erguia o copo e apreciava cada gole, suavemente.

Geraldo imaginou: "Isso é sacanagem!".

Lula parecia oferecer: "Vai, Geraldo, toma um pouco. Está refrescante!"

Mas Geraldo não podia soltar a bancada e segurar uma taça d’água. Seria um desastre, molharia todo o estúdio, pois ele tremia muito. Assim, suas mãos só poderiam aparecer em cena agitadas, disfarçando o tremor. Ou grudadas, apertando a bancada.

Lula, a cada instante, sacava da garrafa, enchia o copo, erguia-o como se estivesse brindando e oferecendo: "Tintim, Geraldo, à nossa saúde!"

Mas Geraldo queria saber: "Do onde veio o dinheiro, Lula?! De onde veio o dinheiro?!".

E Lula: "Calma, Geraldo, está sendo apurado. A Polícia Federal está investigando. Nós vamos saber de onde veio o dinheiro para a compra do dossiê!".

"Dossiê?!". Não! Essa não é uma palavra apropriada para se falar no caso da armação dos "petistas". Afinal, a parte da população menos esclarecida já está começando a entender o que vem a ser "dossiê". Melhor seria adjetivar o bicho: "O dossiê fajuto". Pronto, todo mundo sabe o que é "fajuto". Fajuto como um candidato qualquer.

Mas Lula preferia falar em "sanguessugas" que começaram no governo FHC do PSDB de Geraldo e caíram sob as investigações da nova Polícia Federal. Lula ainda perguntou: "Cadê Fernando Henrique? Vocês o convidaram?" — olhou para a platéia, a fim de avistar FHC. Em vão. — "Vocês estão com vergonha do Fernando Henrique?"

Geraldo tentou justificar: "FHC foi um erro!".

Lula pegou o copo e o abasteceu, produzindo aquele efeito gotículas cristalinas condensadas no cristal, e, erguendo-o, ofereceu: "Vai, Geraldo, toma um gole, refresca a garganta".

Geraldo olhava para o mediador, parecia implorar um intervalo, quando poderia saciar a torturante sede. Não podia pegar um copo d’água e sair borrifando o mundo. Também corria o risco de molhar o microfone, provocar um curto-circuito e morrer eletrocutado.

Berrou: "De onde veio o dinheiro, Lula?!".

Lula respondeu: "Eu sou o presidente da República, Geraldo, não sou policial. Mas a Polícia Federal está investigando. Garanto que todos nós vamos saber de onde veio o dinheiro para a armação da compra do dossiê. Não só sobre esta parte, Geraldo, mas também queremos saber o que esse dossiê revela, o que ele tem de tão importante!".

Entretanto, sobre essa última parte, Geraldo não queria falar. Isso não lhe interessa, afinal, conforme Geraldo já declarou, FHC do PSDB "foi um erro".

"Ética!", explodiu Geraldo, "Você nunca sabe de nada!".

"Sim, Geraldo, ética! Isso mesmo, a nossa ética não diz respeito a premonições. A gente só pode aplicar princípios éticos quando toma conhecimento de desvios de conduta. E isso, Geraldo, nós fizemos. Mas, Geraldo, o Barjas Negri..."

Quando Lula pronunciou a palavra cabalística, "Barjas Negri", Geraldo, além de sedento, ficou amarelento. Pois Barjas Negri, ex-ministro da Saúde de sua ex-Excelência FHC, foi secretário de Geraldo no governo de São Paulo e está atolado até o pescoço, no caso das ambulâncias superfaturadas, da quadrilha sanguessuga. Barjas Negri também está condenado em 102 processos; no entanto Geraldo não soube aplicar os princípios éticos, afastando um assessor desses. Ou Geraldo também não sabe de nada? Geraldo não sabe das centenas de vestidos de grife que sua mulher ganhou, quando ele era governador. Ela afirmou que havia doado as peças a uma instituição de caridade; a instituição negou que tenha recebido.

Geraldo ainda pensou em tomar água, mas... "Deixa pra lá! Não dá. Fica para o intervalo".

"Vou vender o aerolula!", Geraldo prometeu privatizar o aerolula, mas negou que tenha planos para privatizar a Petrobras. "Transformo o aerolula em hospitais".

(Fiquei pensando cá com o meu zíper: será que foi por isso que Geraldo abandonou, lá no Palácio dos Bandeirantes, o Tito, aquele pitbull que Lú Alckmin levava para passear de helicóptero em Campos do Jordão? Deve ser por isso que Geraldo pretende vender o aerolula, o avião da Presidência, afinal, não tem mais Tito para levar a passeios.)

Finalmente o intervalo!

Geraldo agarrou uma garrafa d’água cristalina e tomou pelo gargalo, saciando aquela sede torturante.

Pensei: Será que, no próximo debate, o da Rede Globo, o Geraldo Alckmin vai conseguir tomar água? Bom, acho que isso vai depender da próxima sessão de acupuntura antes da "peleja". Acupuntura?! Peralá! O acupunturista do Geraldo não é aquele...?! Ah, deixa pra lá!

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

Agência Assaz Atroz

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O candidato caô, por Bezerra da Silva



"Ê, meu irmão! Se liga no que eu vou lhe dizer: hoje ele pede seu voto, amanhã manda a polícia lhe bater!"

Lembraram de alguém?

Memória curta = Oportunismo

Memória curta = Oportunismo

Por Laerte Braga (*)

O que impressiona no candidato José Arruda Serra é a capacidade de jogar para um canto seu passado e o do governo tucano de FHC para defender posições e projetos que, àquela época, taxara de atrasados.



O ex-governador de São Paulo usa qualquer fato, o que quer que seja, para criticar o governo do presidente Lula, ao mesmo tempo em que afirma que resolve o problema com um pé nas costas.



Mentiroso. Mau caráter. Não tem um pingo de respeito por nada e por ninguém que não seja o investimento que faz, financiado por grupos econômicos que sustentam o projeto neoliberal. Quer ser presidente da República por si a qualquer custo e para os seus – os que o sustentam – para fechar o grande negócio do século, a venda definitiva do Brasil.



O candidato criticou Lula alegando que o caos aéreo é culpa do governo. Esquece-se que a desregulamentação quase total do setor permitiu o surgimento de várias empresas sem porte e qualificação para atuar e no caso da GOL, o problema é de simples incompetência e uso e abuso de trabalho escravo, ou seja, pilotos e tripulantes de um modo geral, trabalhando cargas horárias superiores às determinadas em lei, por medida de economia, de contenção de custos, para aumentar os lucros. Colocando em risco vidas de passageiros.



Pilantragem de empresa privada. Como os bueiros da Light no Rio. Explodem e matam. Iniciativa privada que resolve tudo numa nota oficial dizendo que vai tomar providências, normalizar, etc, etc e fica tudo do mesmo tamanho.



Aí, um porta-voz da mentira, William Bonner, como aconteceu no caso da queda do avião da TAM em Congonhas, vai para a pista quase histérico dizer que a culpa era da falta de ranhuras na pista, até que descobriram que era manutenção indevida feita pela empresa.



Pilantras lato senso. Empresas e candidato. Os parentes das vítimas do vôo da TAM continuam em boa parte a ver navios até hoje ou foram submetidos a acordos ultrajantes.



No final da história, como aconteceu com o caso da TAM, vão dizer que a culpa é do piloto.



Arruda Serra é tão sem vergonha que a cada problema que aparece, atraso de ônibus na rodoviária de São Paulo, do Rio, dispara que a culpa é do governo. Falta de programa, falta de sentido à sua candidatura que não representa interesses que não são os do Brasil e dos brasileiros.



Tonto, não sabe para onde anda e o que faz, quer é ser presidente da República, sabe que o investimento vai lhe proporcionar um ganho extraordinário, é esse o seu propósito.



A essa altura do campeonato está difícil saber quem é mais idiota, se é que existe idiota nesse meio, ou quem é mais cretino. Se ele ou se o candidato a vice Índio da Costa.



Arruda Serra aposta na memória curta das pessoas, supõe que pode enganar a todos. Como quando assinou frente às câmeras de tevê o compromisso de cumprir seu mandato de prefeito da capital paulista até o fim e não cumpriu.



Não cumpre nada. Nunca cumpriu. Mente de forma deslavada em sua campanha. É tucano e tucano, geneticamente, sem exceção, é amoral.



Os pilotos da GOL estão denunciando, sem que a grande mídia noticie, porque é venal, comprada, que estão submetidos a uma escala de serviço desumana. Acima de suas forças. A empresa vem e diz que foi um erro do programa e que vai normalizar tudo.



Se um avião cair, é um risco voar no Brasil, William Bonner tem outro ataque histérico e vai gritar que o piloto era Lula.



O preço que se paga hoje em determinados setores da economia é o das políticas de privatização de FHC, das quais Arruda Serra é o mais legítimo representante.



Corrupto, desprovido de princípios que não sejam os quero o meu, começa a mais baixa campanha presidencial dos últimos tempos, exatamente por não ter outro objetivo que não tomar de assalto e assaltar o Brasil.



Traz consigo a escória da política brasileira. DEM, PPS. Tem atrás de si empresários sonegadores. A mídia venal como a GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, etc.



Diogo Mainardi, o bam bam bam da VEJA, que acusou todo o governo de tudo, na lógica democrática de ir buscar direito de resposta, reparação na justiça cível e condenação por calúnia na criminal, já foi embora do Brasil quando percebeu que o seu mundo estava caindo.



A justiça começa a corrigir as distorções apesar de Gilmar Mendes.



Caiu fora para não ser preso. O principal, ou um dos principais mentirosos de plantão em VEJA.



Arruda Serra é um escárnio e infeliz de um país que possa ter a desventura de um pilantra desse na presidência da República. O desespero dessa impossibilidade é que o leva a esses desvarios sobre o caso dos atrasos de vôos.



Mas até outubro todo cuidado é pouco, estamos diante de uma quadrilha sem escrúpulo algum.


*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no “Estado de Minas” e no “Diário Mercantil”. É colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?


A charge é de Carlos Latuff. É especial para que, quem tem memória curta, se lembre de como Serra trata os professores.

TSE nega pedido para que candidato do PSTU participe de debate na TV Bandeirantes

Em decisão unânime, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou pedido feito pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), que pretendia que a Rede Bandeirantes de Televisão fosse obrigada a convidar o candidato a presidente da República do partido, José Maria da Almeida, para participar de debate marcado para o dia 5 de agosto, às 22 horas.

Os ministros aplicaram ao caso regra do artigo 46 da Lei das Eleições que determina que, caso realizem debates eleitorais, as emissoras de rádio e televisão estão obrigadas a convidar apenas os candidatos cujos partidos tenham representação na Câmara dos Deputados. O convite é facultativo para os candidatos de partidos sem representação, como é o caso do PSTU.

O presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, chegou a lembrar que há cerca de dois meses a Corte respondeu a consulta sobre regras de debates e reafirmou a regra legal que assegura a participação nos debates dos candidatos dos partidos com representação na Câmara, facultando com relação aos que não a detêm.

No dia 30 de julho, o relator do processo, ministro Joelson Dias, já havia negado o pedido do PSTU. Ele chegou a classificar como “instigante” o tema proposto pelo partido partido, alegando que a matéria mereceria uma “reflexão mais detida”, especialmente na questão do direito fundamental do acesso à informação e do princípio da isonomia.

Disse que as emissoras, ainda que não sejam obrigadas a convidar para participar do debate os candidatos de partido sem representação na Câmara dos Deputados, poderiam garantir a todos os candidatos ao menos algum espaço na mídia.

Nesta noite, o relator reafirmou essas ponderações, mas disse não negar a jurisprudência do TSE segundo a qual não é obrigatório o convite, por parte de emissora de televisão, para participação em debate de candidato cujo partido não detém representação na Câmara dos Deputados.

Os demais ministros rechaçaram os argumentos do PSTU de que haveria, no caso, violação ao princípio constitucional da isonomia.

Segundo o ministro Marco Aurélio, o fator de distinção contido na regra do artigo 46 da Lei das Eleições é aceitável. “Enfrentando um possível conflito da norma com a Carta da República, eu assento a harmonia [do dispositivo legal]”, afirmou ele.

“Essa é matéria devidamente amadurecida e a legislação vem consolidando, agora formalmente, o que já foi devidamente esclarecido [pela Justiça]”, disse a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. “A isonomia constitucional é tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais”, concluiu.


FONTE: http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1320462
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