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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Estudo conclui: faxineiros de hospitais são úteis; executivos de bancos, não

Estudo dimensiona perniciosidade dos executivos de bancos


Por Celso Lungaretti


Deu na BBC que, segundo estudo do instituto de pesquisas britânico New Economics Foundation, faxineiros de hospitais são muito úteis para a sociedade, ao contrário dos funcionários de alto escalão dos bancos, altamente nocivos.

Os primeiros, trabalhadores produtivos e necessários, geram R$ 30 de valor para cada R$ 3 que lhes são pagos.

Os parasitários executivos das casas de agiotagem modernas, com vencimentos mensais superiores a R$ 1 milhão, destróem R$ 21 para cada R$ 3 que ganham -- levando-se em conta os danos que a categoria causou para a economia global na recente crise capitalista.

Sem tantos e tão requintados modelos estatísticos, o grande Bertold Brecht chegou à mesma conclusão oito décadas atrás, quando indagou o que importava o roubo de um banco diante do crime inominável de fundar-se um banco.

Outras conclusões do estudo, segundo a notícia da BBC:

altos executivos de agências de publicidade criam estresse, porque são responsáveis por campanhas que geram insatisfação e infelicidade, além de encorajar consumo excessivo.
contadores prejudicam o país ao criar esquemas para diminuir a quantidade de dinheiro disponível para o governo.
Como diria Nelson Rodrigues, isso tudo não passa do óbvio ululante.

Ingenuamente, a porta-voz da fundação, Eilis Lawlor, conclui:

"Faixas salariais com frequência não refletem o valor real que está sendo gerado. Enquanto sociedades, precisamos de uma estrutura de pagamentos que recompense os trabalhos que geram mais benefícios para a sociedade, não aqueles que geram lucro às custas da sociedade e do meio ambiente".
Quando ela fala em "estrutura de pagamentos", subentende capitalismo. E, sob o capitalismo, o foco jamais será a geração de benefícios para a sociedade, mas sim a geração de lucros para uma minoria, cause os danos que causar à sociedade e o meio ambiente.

Está mais do que na hora de mudarmos tal foco, passando a priorizar o bem comum, não os privilégios individuais/grupais; a cooperação, não a competição; o despreendimento, não a ganância; a solidariedade, não o exclusivismo; a coexistência harmoniosa com o meio ambiente, não os interesses econômicos.

Não dá para se melhorar o capitalismo nos detalhes. Ou acabamos com ele ou ele acaba conosco, via aquecimento global e esgotamento dos recursos naturais dos quais depende a sobrevivência da espécie humana.

É simples assim.

Colaboração enviada por Celso Lungaretti, jornalista, escritor e ex-preso político. Celso mantém o blog "Náufrago da Utopia" e é autor de livro homônimo sobre sua experiência durante a ditadura militar.
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