O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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sábado, 5 de março de 2011

Morre Lucilia Rosa - A "comunista convicta"

Lucilia em seu aniversário de 98 anos, em agosto de 2010. Esta bandeira e a do PT ficaram sobre o caixão. Ela votou em petistas e em Lula desde 1988. O prefeito de Uberaba, Anderson Adauto (PMDB) decretou luto oficial por três dias.
Por Luiz Alberto Molinar (*), jornalista

A "comunista convicta" - como sempre fazia questão de reafirmar - Lucilia Soares Rosa, 98 anos, morreu de causa natural, anteontem (3/3), às 18h30. Depois de jantar, deu um de seus gritos costumeiros. Foi sua despedida. O hino “A Internacional”, o qual cantava com frequência, foi tocado na flauta e levou à emoção amigos e companheiros presentes ao velório. Ela será homenageada pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, no final deste mês, juntamente com nove mulheres, entre elas Clara Charf, ex-mulher do deputado baiano constituinte de 1946 e guerrilheiro, Carlos Marighela.

Lucilia Rosa, aos 35 anos, foi uma das 17 primeiras vereadoras eleitas em Minas. Ela era de Uberaba, mas morava em Campo Florido, a 70km, onde conquistou, em 1947, uma cadeira da Câmara Municipal. Foi escolhida pelo PSD, porém era militante do PCB (Partido Comunista do Brasil) desde os 18 anos, quando se filiou e foi batizada como "Lucrécia", seu "nome de guerra".

Ousou e enfrentou preconceitos ao ligar as trompas, em 1939, depois de ter dois filhos. Essa operação somente realizava-se na Europa. Foi presa duas vezes. Em 1949, ao cuspir no rosto do delegado, em Campo Florido. Ficou detida por 13 dias por participar de manifestação contra o envio de jovens brasileiros para a Guerra na Coreia. Foi em 1951, em Uberlândia. Morou, em São Paulo, durante 15 anos, de 1958 a 1972, quando trabalhou como doméstica, entre outras patroas, para a deputada federal Ivete Vargas (PTB), sobrinha do presidente Getúlio Vargas, que conseguiu-lhe emprego na Caixa Econômica e nos Correios. Rejeitou e manteve-se na profissão que possibilitou-lhe as formaturas, em odontologia, dos dois filhos.


Nem ruim da cabeça, nem doente do pé

Foto: Amaro Junior e Janaina Souza - Bloco "Tá pirado..."
Os blocos dos excluídos são vitais numa sociedade onde Jaqueline Roriz – filha de peixe – junto com Maluf, Newton Cardoso, Almeida Lima e tantos pilantras integram a comissão de frente da reforma política. São imprescindíveis, num país onde Sarney preside o Senado, onde todos eles passam a mão e, ainda por cima, metem o dedo.
Num contexto desses, o carnaval parece ser o espaço mais sério, democrático e solidário do país. Simboliza o que existe de melhor e de mais sadio na sociedade brasileira. Constitui uma esperança saber que os excluídos estão se organizando e reivindicando um lugar na sociedade e que existe muita gente que se solidariza com eles. Com humor, os excluídos estão conquistando a cidadania. Um país em que o doente do pé e o ruim da cabeça sambam com alegria tem que dar certo.


Por José Ribamar Bessa Freire (*)

No momento em que escrevo... Perdão, no carnaval ninguém escreve chongas... No momento em que BATUCO essas mal traçadas linhas, até os postes e as estátuas do Rio de Janeiro estão remexendo o esqueleto. O Cristo Redentor levantou o dedinho, o Pão de Açúcar está rebolando e até a igreja da Penha caiu na gandaia. Foram 14 transatlânticos que ancoraram no Píer Mauá. Os hotéis estão entupidos. A cidade bate o recorde de turistas. Um milhão de visitantes, dos quais 300 mil são estrangeiros, segundo dados oficiais da Riotur. O carnaval, entre outras coisas, é um grande negócio.

Esperando a quarta-feira de cinzas. Vídeo imperdível

PORQUE A GRAXA PRETA

PORQUE A GRAXA PRETA


Laerte Braga


Ao escrever com freqüência que Barack Obama é um branco engraxado com graxa preta não incido em racismo. É simples entender o motivo disso. História, só história. No passado, década de 50 e 60 do século XX, era comum os estúdios cinematográficos nos EUA e em outros países (Brasil inclusive), conferir papéis de negros a atores brancos engraxados, aí sim, numa visível manifestação de racismo, de preconceito.

Do início do século XX e até hoje os Estados Unidos mantém o caráter de país racista a despeito das leis que falam de direitos civis aprovadas no governo democrata de Lyndon Johnson (o presidente que assumiu com a morte de Kennedy e encontrou o projeto pronto, condições objetivas, portanto, para sua aprovação).

Líderes negros nacionais como Martin Luther King, Malcom X, Ângela Davis e outros foram assassinados por grupos brancos de extrema-direita nos EUA e à época Millôr Fernandes, um dos mais notáveis jornalistas da história do jornalismo brasileiro, chegou a dizer que “no Brasil não temos racismo, o negro reconhece o seu lugar”.

Era uma afirmação que desmistificava a hipocrisia do discurso oficial feito entre nós que o racismo não encontrava abrigo no Brasil. Era claro e visível em todos os setores da sociedade.

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