O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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segunda-feira, 15 de março de 2010

Os sórdidos


Os sórdidos


Por Laerte BragaSe o FANTÁSTICO exibir a rainha Elizabeth IIª saindo de uma de suas carruagens e dirigindo-se ao parlamento pulando num pé só, boa parte da classe média brasileira e de países cristãos, ocidentais e democráticos aparecerá, na segunda-feira, pulando num pé só. A moda saci pererê que algum dos grandes veículos da grande mídia atribuirão a extraordinária presença do Brasil no mundo, à capacidade de percepção de sua majestade, a que fomos feitos para andar pulando num pé só. Ou numa perna.


Não demorará muito e Ana Maria Braga vai exibir uma entrevista com uma atriz e um ator globais que irão explicar as vantagens de se andar pulando num pé só, com ênfase na descoberta interior que esse tipo de caminhar provoca.


Et por cause surgirão academias especializadas na matéria, profissionais de gabarito aptos a colocar todos pulando e caminhando num pé só e, não podem faltar, gurus do novo modo de ser, plenamente justificado por psicólogos, psicanalistas e psiquiatras do espetáculo, como sendo uma vocação do homem, do ser humano, andar pulando numa perna ou num pé só.


Um guru dirá e isso irá reforçar a convicção de cada “saci” que pular num pé só será a forma mais direta para se atingir o Nirvana. Edir, o Macedo, vai anunciar a nova “igreja”, a Universal do Reino de Deus de um pé só. O dizimo deverá ser mais alto, não tenha dúvidas, já que a vida eterna cercada de anjos, querubins, etc, será garantida com certificado assinado por Cristo. O bispo, não é trouxa, vai dizer que tem procuração com plenos poderes para que assim o seja.


Bento XVI vai ungir essa “nova espécie” dizendo que a pedofilia e todos os escândalos financeiros do Vaticano se deviam a essa mania de ser bípede que o ser humano carregava em si, obra do demônio. Haverá exorcismo, com exorcistas treinados em Wall Street e no coral da diocese do irmão de “sua santidade”


No curso, na seqüência da sociedade de um pé só, clínicas se habilitarão a retirar o adereço desnecessário, o outro pé, ou a outra perna e logo choverão mandados de segurança para garantir que todos tenham direito a esse benefício via SUS, isso no Brasil.


Vai ser a esquerda, ou vai ser a direita? É o direito de opção.


Canais de tevê especialistas em assuntos desse jaez montarão programas especiais para explicar que Nostradamus havia previsto que assim o seria e que Charles Darwin nas entrelinhas já se referira à sociedade dos de um pé só. Tudo com fundamento genético nos laboratórios do doutor Obama Silvana.


Há uma campanha sórdida contra a ministra Dilma Roussef na grande mídia e na rede mundial de computadores, a internet. Na grande mídia a batalha é travada de uma forma aparentemente limpa, asséptica, com anestesia (mas para anestesiar o leitor, telespectador ou ouvinte), na net, sem a menor preocupação com argumentos, mas recheada de mentiras e comentários típicos de pessoas sórdidas, cujo único objetivo é permitir que o País volte às mãos de gente como José Collor Arruda Serra.


Numa situação dessas vai ser o país dos que andam de quatro. Num sacrifício extremo para estar por dentro do modelo, de três. Curvam-se e saem pulando. A perna/pé adereço fica para o alto. Não vão faltar aqueles que mostrarão os benefícios e vantagens para o corpo.


O jornalista Luís Nassif tem sido vítima de duas quadrilhas. VEJA e FOLHA DE SÃO PAULO. Buscam transformar fatos em versões dentre outras razões, por Nassif ter criticado as políticas de Arruda Serra na SABESP (companhia de saneamento básico do estado de São Paulo). Arruda Serra é a aposta dessa gente para tomar posse da chave do cofre novamente, logo, quem quer que o critique há que ser crucificado Arruda Serra é intocável.


Atira-se um tiro a esmo, o da ministra Dilma ter sido guerrilheira. Omite-se que à hora do aperto, preso no estádio nacional de Santiago, no dia do golpe contra Allende, Arruda Serra foi salvo por FHC que correu à Fundação Ford dizendo que se responsabilizava pelo antigo líder de esquerda. Arruda Serra não só saiu do estádio, onde naquele mesmo dia foram assassinadas centenas de pessoas, como mudou de lado e forrou as tripas, digamos assim.


Guevara preferiu morrer por seus ideais. Não se conhece fato que possa a ele ser imputado que desabone seu caráter, ou sua extraordinária personalidade. É reverenciado mesmo pelos jovens, os que não conheceram o tempo de suas lutas exatamente por isso. Não virou quando vivo um Arruda Serra. Dilma mantêm-se Dilma ao longo de toda a sua vida e essa capacidade de não se metamorfosear nos interesses dos donos, incomoda. São desejáveis os compráveis como Arruda Serra, ou antes FHC. Indesejados os que não se vendem.


Não se faz menção ao fato de Dilma Roussef ter sido uma resistente de um regime de barbárie e boçalidade, onde as pessoas eram presas sem culpa alguma, torturadas, estupradas e assassinadas pelos defensores da “democracia”.


A sordidez dessa gente não inclui esse tipo de concessão.


Cerca de 20% dos alemães sentem saudades do muro de Berlim. O resultado da pesquisa foi publicado no jornal BILD. Um dos mais sérios problemas do governo da Alemanha reunificada é o da depressão em alemães orientais. Não se adaptaram ao modelo capitalista. Como disse o jogador sérvio Petkovic a Ana Maria Braga, no socialismo ele não conheceu fome, nem dificuldades, a fome e a dificuldade surgiram com o fim do socialismo.


O numero de bilionários na Rússia, principal república da extinta União Soviética, dobrou a despeito da crise econômica que afeta o país. Os especialistas afirmam que a política econômica do governo optou por emprestar dinheiro à iniciativa privada – dinheiro público – e assim assegurar condição privilegiada a determinados setores da economia em detrimento da população.


“Essa peculiar política econômica permitiu que muita gente ganhasse dinheiro com a crise, em vez de obter benefícios desenvolvendo a produção”. É o ponto de vista de Roman Bazohk e foi publicado na NEZAVISIMAYA GAZETA. Bazohk é empresário.


Maxim Koshulinski, editor da versão russa da revista FORBES, explicou que “os magnatas russos aproveitaram sua amizade com o poder para conseguir uma vital reestruturação de suas dívidas em plena crise”.


Igor Chubais, economista, disse ao jornal econômico VEDOMOSTI que “esse crescimento do número de bilionários é uma prova monstruosa da personalidade anti social do nosso Estado e não significa que a Rússia esteja saindo da crise”.


Da crise saem os amigos do poder, saem setores da iniciativa privada, a versão russa do esquema FIESP/DASLU (sonegação, mentiras, chantagem, extorsão, etc), montados no dinheiro público. Na exploração do trabalhador.


As elites econômicas, que em qualquer lugar do mundo são apátridas, já estão preparando as classes médias de seus respectivos países para que entendam que a melhor forma de andar é pular num pé só. De preferência nem bípede, nem quadrúpede, mas “trípede”, vale dizer, rastejando com modelos piratas FIESP/DASLU e montada na ilusão cosmética do espetáculo capitalista.


Já a classe trabalhadora, ou acorda e percebe que o dilema é lutar ou lutar, ou acaba classe média sem direito a sequer passar no passeio FIESP/DASLU. No máximo churrasquinho ou cachorro quente num trailer de esquina.


E tome FOLHA DE SÃO PAULO, tome VEJA, tome GLOBO. Assim que atingir o estágio “trípede absoluto”, o que sobrar do cérebro e da capacidade mínima de se olhar no espelho, baixar a cabeça diante da própria sordidez, vai ser extraído por desnecessário.


Duas horas diárias de Ana Maria Braga, uma de FANTÁSTICO por semana, JORNAL NACIONAL todos os dias após o cachorro quente das oito e BBB durante três ou quatro meses do ano para entender que a solução é José Collor Arruda Serra, o tal do “vote num careca e leve dois”.


E é até simples entender isso. À época tucano/DEM essa gente padrão Daniel Dantas, José Collor Arruda Serra, Tasso Jereissati, Demóstenes Torres e a miss desmatamento Kátia Abreu, esse gente andava impune. Agora, alguns estão indo para a cadeia. Inaceitável para a classe média. Ávida de prestar e mostrar serviços e caráter subalterno sem qualquer restrição, princípio ou vestígio de dignidade.


Importante é sair pulando numa perna só. Ou num pé só.


Se você faz parte dessa turma, trate de ir treinando.


Caso contrário resista ao caráter sórdido desses profetas da verdade absoluta.


E se as elites entenderem que a rainha Elizabeth IIª estiver meio fora de moda para uma “revolução” desse porte, que tal uma sister e um brother do BBB com Bial gritando que “credibilidade não importa” e saindo desmesuradamente puxa saco na caravana da cidadania heróica, arrecadando fundos para um panteão dos “nossos heróis”?


Pode levar Miriam Leitão para servir de espantalho em lugares eventualmente considerados inóspitos, mas nunca Lúcia Hipólito a usinas de álcool de usineiros/latifundiários do Nordeste.


Aí a “revolução do ser trípede” vira esculhambação. Sordidez explícita, aquela proibida ou desejável que o seja, para menores de dezoito anos.


Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no "Estado de Minas" e no "Diário Mercantil". É colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".

Princípios e valores



Princípios e valores














Por Celso LungarettiQuando comecei a espalhar meus textos na internet, percebi que nela o recurso à falsidade, à demagogia, à calúnia, à injúria, à difamação e à manipulação partiam de todos os lados do espectro político.

Não havia mais escrúpulos, nem equilíbrio, nem mesmo respeito pela verossimilhança. Valia tudo para satanizar os inimigos e endeusar os amigos.

Então, tomei a decisão de preservar sempre meu compromisso com a verdade, minha independência de análise e meus princípios, até porque nunca me vi como integrante de hordas e rolos compressores. Sou psicologicamente incapaz de cometer injustiças e/ou avalizar mentiras convenientes, seja lá contra quem for e em nome de que causa for.

Ademais, percebi claramente que a falácia de um dia é jogada no dia seguinte na cara de quem com ela compactuou, pois as situações são dinâmicas; daí eu repetir sempre que a rua é de duas mãos.

[Em seu "Samba Chorado", Billy Blanco disse tudo: "O que dá pra rir dá pra chorar/ Questão só de peso e medida/ Problema de hora e lugar/ Mas tudo são coisas da vida"...]

Essa postura muito me valeu nos debates públicos sobre o Caso Battisti. O primeiro ataque dos linchadores era sempre alegando minha suposta incoerência, por estar defendendo o Cesare e não haver feito o mesmo pelos pugilistas cubanos, despachados a toque de caixa para a ilha. Davam como favas contadas que eu teria me omitido ou aprovado os trâmites açodados que o governo adotou.

Eu quebrava as pernas dos reacionários ao informar que, antes mesmo do senador Eduardo Suplicy, havia me posicionado publicamente contra o descumprimento do ritual a ser seguido nesses casos, para proteção dos direitos humanos dos envolvidos, pouco importando sua grandeza ou pequenez (aqueles boxeadores estavam muito longe de merecer admiração como seres humanos!).

Aí entrava, também, minha convicção de que certos princípios, institutos e entidades devem ser defendidos em toda e qualquer circunstância pelos revolucionários, pois podem significar a diferença entre a vida e a morte para os militantes das causas justas:

  • asilo político;

  • habeas corpus (mesmo que quem o conceda seja um vil serviçal dos poderosos e que quem o tente contornar com novo mandado de prisão esteja moralmente certo, pois o precedente da avacalhação do HC poderá ser aproveitado pelos gorilas e vitimar nossos companheiros adiante);

  • greves de fome como a do bispo do São Francisco e a de Orlando Zapata, pois não podemos jamais desacreditar uma forma de luta que, na grande maioria dos casos, é adotada por idealistas (trata-se de uma opção de homens, não de garotinhos);

  • organismos e ONGs que defendem os direitos humanos.



Quanto ao último item, no fundo, o que importa mesmo é se a denúncia em questão procede, não o encaminhamento dado a qualquer outro episódio.

A esquerda autoritária, ao defender governos transgressores dos direitos humanos, frequentemente tenta desqualificar os acusadores, alegando que não mostram o mesmo empenho quando as violações provêm do outro lado.


Isto, no fundo, equivale a uma admissão de culpa. E, sendo revolucionários, não podemos usar os pecados alheios como atenuante para nossos atos. O que Hitler fez, p. ex., nós não podemos fazer. Estamos aqui para libertar a humanidade, não para agrilhoá-la de outra maneira.
* * *


Por último: independentemente de quaisquer outras considerações, temos o compromisso moral de nos alinharmos com o cubano Guillermo Fariñas em sua HERÓICA luta pela liberdade de outros dissidentes.

Quem passa o que ele está passando, não o faz por dinheiro ou motivos indignos. Mercenários não são solidários. Só não vê quem não quer.

E temos também a obrigação de tudo fazermos para que não sejam ASSASSINADOS os seis manifestantes condenados neste domingo (14/03) pelo Irã como "inimigos de Deus".

Fanáticos religiosos, obscurantistas e ultraconservadores, os mandatários iranianos consideram que o protesto pacífico desses pobres coitados merece pena capital por haver ocorrido no dia em que os muçulmanos relembram o martírio do neto de Maomé.

Pelo mesmíssimo critério, os futuros Pinochets poderão condenar à morte quem fizer passeata na 6ª Feira Santa ou no Natal.



Celso Lungaretti, é jornalista, escritor e ex-preso político. É paulistano, nascido e residente na capital paulista. Mantém o blog "Náufrago da Utopia", é autor de livro homônimo sobre sua experiência durante a ditadura militar e colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?"










"Eu acho que o vírus da paz está comigo desde que estava no útero da minha mãe", diz Lula em Israel


Lula em Israel (JACK GUEZ/AFP/Getty Images)


Lula diz não se lembrar o dia em que brigou com alguém








Por Guila Flint e Silvia Salek, enviadas especiais da BBC Brasil a Jerusalém








O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em um discurso a empresários em Israel que tem o "vírus da paz" e que não se lembra do dia em que brigou com alguém, apesar de fazer parte de um "partido complicado".

"Eu acho que o vírus da paz está comigo desde que estava no útero da minha mãe. Não me lembro do dia em que briguei com alguém", disse.

"Eu já fiz muita disputa política, pertenço a um partido complicado. (...)Temos divergências políticas de causar inveja a qualquer pessoa do mundo", acrescentou Lula, ao lado do presidente de Israel, Shimon Peres, arrancando risos da plateia.

No discurso de improviso, Lula exibiu suas credenciais como uma espécie de especialista no diálogo. Mencionou, por exemplo, um encontro com o ex-presidente George W. Bush em 2003 em que o presidente brasileiro disse que o Iraque não era um problema do Brasil e que sua prioridade era combater a miséria.

"Pensei que teria animosidade na minha relação com o presidente Bush... Como fui sindicalista a vida inteira, imaginava que ia brigar muito com os Estados Unidos. Eis que o presidente Bush terminou o mandato e eu vou terminar o meu sem que tenhamos tido nenhuma divergência. Quando tivemos, resolvemos por telefone", disse.

Lula mencionou também o primeiro discurso de Evo Morales ao assumir a presidência da Bolívia. "O primeiro discurso foi tomar a Petrobras. Mas entendemos que o gás era um direito da Bolívia, um patrimônio do povo boliviano e fizemos um acordo com a Bolívia", lembrou.

"Tinha gente que queria que o Brasil fosse duro com a Bolívia. Talvez por causa da minha origem, não conseguia perceber como um metalúrgico de São Paulo ia brigar com um índio boliviano. Dialogamos e hoje estamos numa relação excepcional", resumiu.

Justificando a decisão de dialogar com a Bolívia, Lula acrescentou: "A nós brasileiros não nos interessa sermos grandes e ricos, se estivermos cercados de pobres. Não é sensato do ponto de vista da geopolítica estar cercado de gente mais pobre que você de todos os lados", disse Lula, sem fazer uma referência direta ao conflito entre israelenses e palestinos.

Contribuição brasileira

Após o encontro com Peres e Lula, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que na reunião foi discutida a possível contribuição do Brasil ao processo de paz. No entanto, o chanceler não deu detalhes sobre qual papel concreto o país poderia desempenhar nas negociações.

"Ele valorizou muito o papel do Brasil em mais de uma situação, podendo ajudar a promover o diálogo. Ele acha que essa capacidade de fazer amigos com todos pode ser muito útil nessas situações, mas ali não era o momento de se discutirem esses detalhes", disse Amorim.

Antes de iniciar seu discurso de improviso, Lula havia falado a empresários israelenses sobre as oportunidades de investimento no Brasil, citando o PAC, a Copa do Mundo, as Olimpíadas, o trem de alta velocidade entre Campinas, São Paulo e Rio e as oportunidades de exploração de petróleo na Bacia de Campos.

Lula disse ainda que o Brasil vai, "certamente" criar dois milhões de empregos em 2010 e que a economia vai crescer mais de 5% neste ano.





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