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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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sábado, 26 de junho de 2010

Já nas melhores telas: Serra e a novela do vice

Serra assistindo aos vídeos (Fotos: Helvio Romero / Agência Estado)




Um ano do golpe em Honduras



Um ano do golpe em Honduras


Por Laerte Braga (*)



Há um ano militares hondurenhos derrubaram o presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya. Seguiam a risca uma decisão arbitrária da Suprema Corte do país, com respaldo do Congresso e comando militar e político de dentro da base norte-americana em Tegucigalpa. O golpe fora decidido em Washington um mês antes e articulado pelo senador republicano John McCain, adversário de Obama nas eleições presidenciais.


Zelaya contrariava os interesses dos donos e zelava pelos interesses do povo hondurenho.


A receita de sempre, nada diferente do golpe militar de 1964 no Brasil. “Patriotas” comandados pelo general Vernon Walthers e pelo embaixador Lincoln Gordon “salvaram” o Brasil das garras do comunismo. Encheram as prisões de opositores, torturaram, estupraram, assassinaram e contaram com os caminhões da FOLHA DE SÃO PAULO para a desova dos cadáveres. Tudo com financiamento FIESP/DASLU.


No dia internacional contra a tortura, milhares de torturados, desaparecidos e mortos na América Latina ao longo de anos e anos a fio, torturadores continuam impunes e agindo nos porões da “democracia cristã e ocidental”, em nome do “patriotismo canalha”.


A menina Alyssa Thomas, de seis anos, moradora no estado de Ohio, EUA, está na lista de passageiros suspeitos de terrorismo e impedidos de voar. Foi o que revelaram as tevês CNN e FOX. Os pais de Alyssa descobriram que a filha era considerada “terrorista” numa lista secreta do Departamento de Segurança Interna do governo norte-americano quando pretendiam embarcar num vôo de Cleveland para Mineapolis.


Alyssa acabou embarcando, mas o Departamento de Estado não quis explicar as razões que incluíram a menina na lista e tampouco dar explicações sobre o assunto e a tal lista.


O físico José Goldenberg disse em entrevista que o Brasil não abriu mão de construir uma bomba atômica e tampouco desenvolver outras armas nucleares a despeito de ser um dos signatários do tratado de não proliferação de armas nucleares. Goldenberg foi ministro de FHC, o presidente brasileiro que assinou o tratado. É um dos principais agentes de Israel no Brasil.


Um general norte-americano que não dorme mais que duas horas por noite, vive de forma espartana e tem como companheira de vida a guerra, resolveu desafiar o presidente do seu país alegando que era preciso enviar mais tropas ao Afeganistão e permitir o uso de determinado tipo de arma para sufocar a guerrilha talibã. A média de soldados norte-americanos mortos naquela guerra é de oito por dia e a opinião pública dos EUA começa a se perguntar se o país não está atolando num novo Vietnã.


Especialistas dizem que sim. O general foi forçado a retratar-se e demitido.Na cabeça dele armas químicas, biológicas e nucleares de pequeno porte seriam suficientes para ganhar a guerra. A concepção de Madeleine Albright, secretária de Estado de Bil Clinton, sobre a morte de 200 mil crianças iraquianas vítimas de subnutrição por conta do bloqueio econômico e de sanções diversas. “É um preço que a democracia tem que pagar”.


O golpe em Honduras teve todos os ingredientes das farsas democráticas montadas em Washington para manter a América Latina sob controle. Presença do cardeal hondurenho levando as bênçãos suásticas/pedófilas de Bento XVI aos golpistas, chegada ao palácio presidencial com um enorme crucifixo e missa pelo restabelecimento da “democracia”, um sem número de prisões, assassinatos de opositores, tortura e um arremedo de eleição que levou ao governo Pepe Lobo.


As prisões, a tortura e os assassinatos de líderes e resistentes ao golpe continuam no governo de Lobo. Os interesses das empresas norte-americanas foram mantidos intactos e a base militar dos EUA no país funciona como espécie de palácio de governo de fato.


Com toda a certeza outro general que não dorme mais que duas horas, vive de maneira espartana, controla com mão de ferro o governo Lobo.


Grupos empresariais de várias partes do mundo admitiram que gastam perto de 50 milhões de dólares por ano para “ajudar” os partidos de oposição na Venezuela a derrubar o presidente Hugo Chávez. Dentre esses “contribuintes para a democracia” traficantes de droga, de armas, de mulheres, banqueiros, grandes multinacionais com ênfase para laboratórios farmacêuticos (Chávez adotou o modelo cubano de saúde) e empresas petrolíferas.


No Brasil o candidato indicado por Washington para tentar suceder o presidente Lula, o tucano José Arruda Serra acusa o presidente Evo Morales da Bolívia de fazer corpo mole com o tráfico de drogas e detona o MERCOSUL.


Quer submissão total a Washington. Privatizar a PETROBRAS. Transformar o país numa imensa base de operações militares do conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, assegurando o controle dessa parte do mundo.


Todo o roteiro de campanha de Arruda Serra chega pronto de Washington, elaborado por Schecther y Associados – CLSA –, sob a batuta do marqueteiro Peter Schecther, perito em golpes de estado e em repetir mentiras a exaustão até que se tornem “verdades” (deve ter sido o inspirador do JORNAL NACIONAL).


A agência trabalha para o Departamento de Estado, assiste “aliados” na América Latina e no caso de Honduras recebeu um “contrato” de 200 mil dólares do governo golpista de Micheletti para “vender” a imagem de sabão que lava mais branco e tira manchas dos torturadores e assassinos que tomaram conta do país.


Ajudou nas campanhas presidenciais de FHC no Brasil, nos “trabalhos” de compra de deputados e senadores para aprovar a reeleição, está de corpo e alma na campanha de Arruda Serra.


O governo brasileiro não reconhece o governo ilegítimo de Honduras e foi parte decisiva na reação ao golpe.



Uma das leituras que não pode ser deixada de lado no caso do golpe de Honduras é o seu caráter de aviso. Norte-americanos não estão dispostos a perder o controle dessa parte do mundo, a manter a exploração de países como o Brasil e é sabido que detêm o controle das forças armadas ditas brasileiras em sua maioria. Nas escolas militares do Brasil se ensina que a censura a imprensa, por exemplo, foi necessária para preservar a liberdade.



Aqui, os torturadores e assassinos continuam impunes. Hélio Costa, senador do PMDB e intérprete de um dos principais organizadores da Operação Condor, Dan Mitrione, é candidato ao governo de Minas com apoio do PT nas estranhas alianças que vão se formando e que mais à frente podem se transformar em grandes armadilhas.


A resistência em Honduras permanece. Movimentos sociais, sindicatos e cidadãos resistem à barbárie do governo Pepe Lobo controlado pelo comandante militar da base norte-americana e por empresários e latifundiários dos EUA. Militares hondurenhos não diferem de militares do resto da América Latina em sua maioria. Ao menor grito de Washington caem de quatro e assumem o papel de polícia e guardiões dos interesses daquele país.


A resistência em Honduras é mais que um símbolo, ou uma luta isolada. É de todos os latino-americanos debaixo da ameaça da selvageria do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.


O que coloca na lista de suspeitos uma criança de seis anos de idade.


Vão acabar culpando o Irã por isso. E continuar a despejar bombas por todas as partes do mundo, onde entenderem que seus interesses estão ameaçados.


Em nome da liberdade, da democracia e dos direitos humanos.


O modelo é Guantánamo a base do terror que mantêm em território ocupado em Cuba..


E essa violência crescerá tanto mais quanto se percebe que a Europa está falida e naufragando e o grande império tem milhões de desabrigados na crise que varreu o sistema bancário e imobiliário, mas garantiu o futuro dos executivos da indústria automobilística e uma polpuda reforma a um general maluco que deve achar que o comunismo vem pela água.


Honduras é um símbolo para toda a América Latina.

*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no “Estado de Minas” e no “Diário Mercantil”. É colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”.

Charges: Carlos Latuff

Se morder, o bicho pega...

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Sobre o general Stanley McChrystal e a Blackwater

Jeremy Scahill, The Nation

Blackwater, empresa de soldados mercenários, está evidentemente muito mais firmemente plantada no chão que o general Gen. Stanley McChrystal. Enquanto McChrystal beberica Bud Light Lime, assistindo ao filme “À toda velocidade” [1] e avalia as ofertas de emprego, no setor privado, que tem sobre a mesa, os soldados-cruzados privados mercenários de Erik Prince [2] lá estão, correndo pelo Afeganistão e outros teatros de guerras não declaradas em que os EUA andam metidos, guiados pela CIA. E com as bênçãos, sim, do Comandante-em-Chefe.

Com os principais executivos e representantes da Blackwater já indiciados por crimes federais, e a empresa posta à venda, dizem os boatos que Prince prepara-se para voar rumo a um país que não mantém tratado de extradição com os EUA.

Ao mesmo tempo em que o presidente Obama demite McChrystal, depois de comentários atribuídos ao general e a um círculo muito próximo de seus assessores, em artigo já considerado maldito, publicado pela revista Rolling Stone, a empresa Blackwater é premiada com novos contratos. Isso, apesar de longa folha corrida de conduta imprópria (para dizer o mínimo; há denúncias de assassinatos e tortura, de contrabando de armas, de conspiração e obstrução da justiça, dentre outras).

Dado o alegado envolvimento de McChrystal na tortura de prisioneiros no Camp Nama no Iraque, o papel destacado que teve no acobertamento do assassinato de Pat Tillman e outros atos obscuros que envolveram os altos escalões do Joint Special Operations durante o governo Bush-Cheney, McChrystal jamais poderia ter sido nomeado para o comando no Afeganistão. Ao nomeá-lo, Obama mandou recado claro sobre o tipo de política que desejava para o Afeganistão – qualquer política que favorecesse as forças de intervenção direta, transparência-zero, identificação-zero, habituadas a operar na clandestinidade e longe de qualquer fiscalização.

De fato, na matéria publicada por Rolling Stone, McChrystal parece admitir que sua muito comentada promessa de fazer diminuir o número de mortes de civis não passou de cortina de fumaça. Segundo Rolling Stone: “Melhor você sair e dar conta de quatro ou cinco alvos essa noite” – diz McChrystal a um fuzileiro que encontra parado à entrada do quartel-general. E em seguida acrescenta: “Embora amanhã, por causa disso, eu tenha de esfolá-lo.”

O presidente Obama acertou ao demitir McChrystal (tecnicamente, aceitou o pedido de demissão) – e melhor seria se já o tivesse demitido há muito tempo. Mas o fato de que McChrystal tenha sido demitido por causa da matéria em Rolling Stone, não pelo modo como conduzia a guerra no Afeganistão, diz muito sobre o que pensa da guerra e sobre a política da guerra o governo Obama (e, isso, sem falar que Petraeus, recém nomeado para o lugar de McChrystal, é general de Dick Cheney).

Comparem-se, então, os tratamentos que o governo Obama dá a McChrystal e à empresa Blackwater.

Em janeiro, dois ‘operadores’ da empresa Blackwater foram acusados de assassinato em investigações iniciadas depois de um tiroteio no Afeganistão, em maio de 2008. Em março, o senador Carl Levin, presidente da Comissão do Senado para as Forças Armadas, encaminhou pedido ao Departamento de Defesa, para que investigasse o uso, pela Blackwater, de uma empresa-laranja, Paravant, para obter contratos no Afeganistão. Dia 11/6, o procurador federal deu entrada a imensa documentação, como parte da apelação, em processo do ano passado, depois de a empresa ter sido absolvida por juiz federal, em acusação contra ‘operadores’ da Blackwater, identificados como autores dos tiros, no tiroteio da praça Nisour. Morreram 17 iraquianos civis inocentes e outros 20 ficaram feridos. Para resumir, os procuradores pedem a anulação do primeiro processo e o reinício de novo processo contra a Blackwater. Depois, em abril, cinco dos principais assessores de Erik Prince foram acusados, por júri federal, por formação de quadrilha, comércio de armas e obstrução da ação da Justiça. Dentre outros acusados, lá estavam o braço direito e sócio de Prince, co-fundador da empresa e ex-presidente Gary Jackson, os ex-vice-presidentes William Matthews e Ana Bundy, e o advogado-chefe de Prince, Andrew Howell. Ex-empregados da empresa Blackwater testemunharam, sob juramento, e fizeram denúncias gravíssimas que envolveram assassinato, contrabando de armas, prostituição, destruição de provas e documentos e mais uma longa lista de acusações.

Como se sabe, nada disso causou qualquer grave inquietação à Casa Branca.

Nas últimas duas semanas, a empresa Blackwater assinou contratos no valor de mais de 200 milhões de dólares com o governo Obama. Um deles é contrato com o Departamento de Estado dos EUA para prestação de serviços de segurança no Afeganistão; outro, de 100 milhões, para proteção a operações e ‘operadores’ da CIA no Afeganistão e em outras zonas globais quentes. A empresa Blackwater tem gasto milhões em salários de lobbyists – ativos, sobretudo junto ao Partido Democrata. No primeiro trimestre de 2010, a empresa gastou mais de meio milhão só para contratar os serviços de Stuart Eizenstat, lobbyist muito bem relacionado no Partido Democrata, que serviu aos governos Clinton e Carter. Eizenstat é presidente do setor internacional do poderoso escritório Covington & Burling de advocacia e lobbying.

“Blackwater passou por mudanças profundas” – disse um funcionário do Departamento de Estado, não identificado, ao The Washington Post. “Estão obrigados a provar aos governos que são empresa responsável. Atenderam todos os requisitos legais e, claro, têm direito de participar das concorrências, como qualquer empresa. É empresa que presta bons serviços, muitas vezes em locais muito perigosos. Ninguém pode esquecer isso.”

Tampouco se pode esquecer que, como McChrystal, Erik Prince também foi tema de matéria de capa de outra revista de prestígio. Em janeiro, a revista Vanity Fair deu capa e fez longo ‘perfil’ de Prince [3]. Mas no artigo, Prince e seus associados não se puseram a falar como idiotas do comandante-em-chefe, nem do vice-presidente. Mas Prince, sim, fala bastante claramente, com detalhes de operações secretas dos EUA; e fala sobre a existência de uma equipe treinada de assassinos na CIA – organizados e treinados pelo próprio Prince – que obteve vários sucessos em vários países, dentre os quais a Alemanha, aliado-chave dos EUA.

Sabe-se lá se, algum dia, sabe-se lá, caso algum repórter surpreenda Prince e seus asseclas envolvidos em bebedeiras, e proferindo desaforos contra a Casa Branca e o Comandante-em-chefe, então, talvez, alguma coisa, algum dia, mude. Sabe-se lá se, caso algum dos bandidos da Blackwater algum dia disser “ai, ele mordeu meu pau!”, ao falar do vice-presidente, ou enunciasse estupidezes contra o infeliz Richard Holbrooke ou chamasse de “palhaço” o conselheiro de Segurança Nacional, talvez, sabe-se lá, o governo Obama decida “aceitar o pedido de demissão” dos homens da Blackwater.

Não há dúvida de que, nos termos do Código de Conduta dos Militares dos EUA, McChrystal foi demitido por justa causa e liberado de seus muitos deveres. Mas, no frigir dos ovos, foram as palavras de McChrystal – não seus atos – que o fizeram naufragar. A nave dos crimes e assassinatos da Blackwater, pelo visto, continuará a navegar a plena vela, até que alguma frase, não os seus tiros, atinja o homem errado.

Atualizando

Acabo de voltar de entrevista com a Deputada Jan Schakowsky, principal deputada da oposição à Blackwater na House [Câmara de Deputados]. Membro da Comissão de Inteligência da Câmara de Deputados, a deputada Schakowsky não confirmou detalhes dos serviços que a Blackwater presta à CIA, mas, ao saber dos novos contratos, e que a empresa foi outra vez recontratada pela CIA, ela disse: “É escandaloso. O que mais a Blackwater terá de fazer para ser impedida de participar de concorrências? Por mais que alguns façam bom trabalho, há muitos empregados da empresa que comprovadamente não têm condições para trabalhar armados, em zona de combate. Não importa o que façam, em ações de segurança ou em segurança estática, não podemos continuar a usar mercenários da Blackwater. A CIA já não poderia manter contatos com essa empresa, por mais que mudem o nome e o logotipo .”

E Schakowsky acrescentou: “Se a razão para usar os serviços da Blackwater é que o governo não tem capacidade ou não conhece outra empresa de melhor reputação para fazer esses serviços, então, sim, aí está um sério problema a ser enfrentado.”

NOTAS

[1] São referências à matéria publicada em Rolling Stones, apresentada como causa da demissão de McChrystal: em Paris, o general tomava essa bebida e assistiu àquele filme. Ver “The Runaway General”.
[2] Fundador da empresa Blackwater. Em fevereiro de 2009, imediatamente depois de a empresa mudar de nome (passou a chamar-se XE), Prince anunciou que deixava a presidência da empresa, embora sem se desligar completamente. Prince é ex-fuzileiro da Marinha dos EUA e “fundamentalista de direita, várias vezes bilionário, cristão fundamentalista de poderosa família Republicana de Michigan. Dos principais doadores de campanha dos Republicanos, participou dos bastidores da campanha de George H.W. Bush à presidência e, em 1992, fez campanha para Pat Buchanan. E, 1997 fundou a Blackwater-USA, com Gary Jackson, também ex-fuzileiro. (Ver em detalhes.)
[3] Ver “Tycoon, Contractor, Soldier, Spy” [Milionário, empresário, soldado, espião], Adam Ciralsky, Vanity Fair, jan. 2010 (em inglês).

O artigo original. Em inglês, pode ser lido em: Of Gen. Stanley McChrystal and Blackwater (UPDATED)

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Tradução: Coletivo Vila Vudu de Tradutores

Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

Agência Assaz Atroz

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A ficha de Dilma que a Trolha de Sampa sujou não entra na relação do TCU

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Tribunal aponta quase 5 mil nomes para TSE vetar candidatura nas eleições deste ano


Por Redação - de Brasília

O Tribunal de Contas da União (TCU) enumera 4.922 pessoas que poderão ser impedidas de concorrer a um cargo político nas eleições de outubro por terem suas contas rejeitadas pelo tribunal que somam 7.854 condenações. Os nomes, divulgados nesta terça-feira, estão em uma lista elaborada pelo tribunal com as pessoas físicas que apresentaram irregularidades no exercício de cargos ou funções públicas nos últimos oito anos.

O número praticamente dobrou em relação à quantidade de declarados inelegíveis pelo TCU nas últimas eleições majoritárias, em 2006, quando 2,9 mil se encontravam nesta situação. Entre 2006 e 2008 o número aumentou pouco, com 3 mil gestores públicos apresentando problemas em suas contas. O presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, acredita que o número subiu devido a uma maior agilidade do tribunal para julgar.

– Até o dia 31 de dezembro deste ano julgaremos todos os processos até 2009 que não estejam em grau de recurso. Isso pode ter colaborado esse aumento vertiginoso do número de pessoas que podem ser inelegíveis – afirma.

Aguiar planejava levar a lista com os 4.922 nomes ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, nas próximas horas. Os candidatos que não tiveram contas aprovadas pelo TCU têm até o dia 5 de julho para apresentar documentos relativos às contas analisadas pelo tribunal e regularizar suas situações para que possam disputar o pleito.

O TCU não tem competência para declarar candidatos inelegíveis, o que cabe à Justiça Eleitoral com base nos dados apresentados pelo tribunal.

Correio do Brasil

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Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

Agência Assaz Atroz

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Para que serve a ONU?

Por: Anna Malm*

A ONU é uma entidade impotente que só tem servido para defender os interêsses americanos e isso se nota pelas consequências que resultam das ações arrogantes dos Estados Unidos e dos seus protegidos quando não disciplinados por nenhum mecanismo de contenção internacional.

O acôrdo Brasil/Turquia/Irã deixou, pelo que todas as aparências indicam, a representate americana, a Sra. Hillary Clinton, possessa. Ela foi desacreditada perante o mundo, o que pode ter sido desagradável para ela, mas que para muitos traz alguns benefícios. O desenrolar dos acontecimentos demonstrou, acima de todas as expectativas, para o mundo inteiro poder observar, com calma e em technicolor, os verdadeiros motivos americanos em relação ao Irã.

O motivo não é complicado. Trata-se de tirar o petróleo ao Irã e ao mesmo tempo que fazer a felicidade do complexo industrial militar. Digo que o problema é simples porque para isso são especialistas, com muitos e muitos anos, assim como muitas e muitas guerras na sua lista de méritos.

Irã tem a segunda maior reserva de petróleo do mundo, no valor de 300*. A primeira reserva do mundo, a da Saudi Arábia, tendo um valor de 303* Em terceiro lugar vem o valor de 169* do Quatar, seguido do valor 134* do Iraque. Venezuela é a quinta maior reserva de petróleo do mundo com um valor de 128.*

Mesmo que não se goste muito de matemática só se pode admitir que os numeros especificados falam por si mesmos. Podemos acrescentar que além das reservas de petróleo também podemos apreciar o problema de um outro ponto de vista, sendo êsse o das companhias de gás e petróleo que lideram o setor energético mundial. Essas companhias sendo as da Saudi Arábia e do Irã, a que se seguem as de Quatar, Iraque e Venezuela.

Lembrando-se que 65% das reservas de gás e petróleo mundiais se encontram no Oriente médio e que os coitados do Estados Unidos só tem 2% , digo dois procento das reservas mundiais de petróleo e a de-facto situação de terem conseguido se meter através das instituições financeiras da Wall Street numa situação financeira desesperadora especificamos.

A dívida oficial dos EUA no mercado de crédito é de 90% do PIB norte americano. Juntando se a isso as dívidas do setor industrial-corporativo assim como dos indivíduos particulares especifica-se uma dívida de 360% do PIB do país. Sem se correr o risco de difamar ninguem pode se afirmar que isso está falido.

Agora, para que serve a ONU? Para impôr “sanções” ao Irã por não se deitar de barriga para cima enquanto os EUA se apropriam do seu petróleo à mão armada? A ONU também não serviu para nada quando da guerra imoral e ilegal contra o Iraque, guerra essa que também teve como seu objetivo principal o garanitr o petróleo do Iraque para a hegemonia ocidental. Daquela vez era o petróleo do Iraque, agora é do Irã. Com boa memória lembramo-nos que já em 2000 se especificava nos Estados Unidos que por volta de 2010 se precisariam de seis Saudi Arábias para garantir o consumo do cobiçado petróleo pela tal hegemonia.

Se o interêsse não é o petróleo mas território para os seus afilhados, temos a história do veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU. Para um leigo poderia parecer que de 1967 até hoje 90% das resoluções apresentadas pela Assembléia Geral à respeito de Israel não se concretizaram por causa do poder de veto dos Estados Unidos, e isso não estaria muito errado. Concretamente temos:

De 1948 à 2009 foram apresentadas no Conselho de Segurança da ONU 223 resoluções à respeito de Israel, das quais os Estados Unidos puseram seu veto em todas as resoluções realmente importante, ou seja:-

Condenar a política de instalações e colonizações israelenses em territórios ocupados. Condenar a ação de Israel no sul do Líbano. Deplorar as medidas repressivas de Israel contra a população Árabe. Condenar as práticas de Israel contra a população civil no sul do Líbano. Chamar Israel à respeitar os lugares sagrados Islamitas. Insistir para que Israel respeitasse a quarta Convenção de Geneva, anulando a ordem para deportação de Palestinos. Condenar práticas violentando os direitos humanos dos Palestinos. Deplorar a contínua falta de consideração de Israel pelas relevantes decisãoes da ONU. Respeitar as exigências internacionais e parar com as contruções de instalações israelenses no leste de Jerusalém. Aceitar o convite internaciomal para se colocar observadores da ONU nos territórios ocupados. Condenar o assassinato de vários empregados, assim como a destruição do armazém do Programa de Alimentação da ONU. Condenar Israel pelo assassinato de Ahmed Yassin. Chamar Israel a terminar o ataque à Gaza.

Tudo vetado pelos Estados Unidos.

Agora, como bom exemplo apresentamos uma resolução que os Estados Unidos aceitaram:- A Resolução 1701, resolução essa esboçada pela França, Estados Unidos “e Israel”. Infelizmente, para começar essa resolução é em si mesma uma violação da Carta de Diretivas da ONU e do código de Conduta Internacional. O texto dessa resolução – Resolução 1701 passou unanicamente pelo Conselho de Segurança da ONU.

O sistema de trabalho do Conselho de Segurança da ONU me incomoda. Na minha opinião, além de todo o especificado acima ainda temos essa última história com o pedido de sanções contra o Irã. Tendo o acôrdo com o Irã sido assinado pelo Brasil e a Turquia tudo não passa de uma demonstração arrogante. Aqui quem manda somos nós e pronto. Tome lá. Todo mundo vai ver quem somos nós. É, realmente. Realmente. Graças a Deus o mundo inteiro vai ver.

Certo. É uma afronta e um insulto conscientemente elaborados pelos Estados Unidos e dirigidos à Turquia e ao Brasil. Mas, como o mundo todo pôde observar de perto, e como nem todos no mundo são idiotas declarados, as consequências a se esperar dessa última demonstração de incompetência e arrogância vai ser muito simplesmente o caso do feitiço virando contra o feiticeiro. É só esperar para ver. Quanto mais fizerem melhor, porque êles mesmos estão por conta própria preparando o terreno onde vão se atolar de vez. Deus que me perdoe se desejar que êles se engasguem com todo o petróleo iraniano.

Quanto a ONU para que possa cumprir os objetivos que lhe cabem tem que ter sua maneira de trabalho renovada. Uma coisa é certa. O seu Conselho de Segurança tem que ser reestruturado de maneira tal que espelhe a realidade de 2010 e não a de 1945. Quanto ao sistema do veto... Bom, para isso nem consigo achar palavras apropriadas. É uma vergonha que tem que ser excluida e esquecida. Se de alguma maneira fôr continuar é indo para o cabinete dos horrores da historia, para que apesar da vergonha que se possa sentir, a lição aprendida não seja esquecida tão cedo.

Notas:

300*; 303*; 169*; 134*; 128*; referem-se ao valor para reservas totais de petróleo em medidas equivalentes a milhões de barris.

*Anna Malm é correspondente de Pátria Latina em Estocolmo na Suecia.


Fonte: http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e&cod=5811
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