O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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sábado, 31 de julho de 2010

Se tudo fosse igual

Por Emir Sader*

Há uma tese que corre em setores políticos distintos que, pelos equívocos que contém e pelas conseqüências desastrosas que gera, deve ser analisada com precisão. É a tese de que o PT e o PSDB seriam a mesma coisa, assim como os governos do FHC e do Lula.

A tese leva a uma espécie de “terceirismo” entre a direita e a esquerda, buscando definir uma eqüidistância em relação às candidaturas da Dilma e do Serra. Em 2006 essa posição levou a que alguns setores da esquerda propusessem o voto branco ou nulo diante da alternativa de Lula ou Alckmin, como se fosse igual para o Brasil qualquer um deles que fosse eleito.

Se os governos de FHC e Lula fossem iguais, a desigualdade teria diminuído e não aumentado durante o governo de FHC. Se fossem iguais, o extraordinário apoio popular que tem Lula teria sido dado também ao governo FHC que, ao contrário, terminou seu mandato com uma imensa rejeição da população brasileira.

Se fossem iguais, a reação do Brasil diante da mais grave crise econômica internacional desde 1929 teria sido a mesma de FHC em 1999: elevar a taxa de juros a 48%, pedir novo empréstimo ao FMI, assinar a corresponde Carta de Intenções (deles), cortar recursos das políticas sociais, aumentando a recessão e o desemprego, que levou o Brasil à uma profunda e prolongada recessão, de que só saímos no governo Lula.

Enquanto que o Lula reagiu diante da crise incentivando a retomada do crescimento da economia, baixando as taxas de juros, mantendo o poder aquisitivo dos salários, intensificando as políticas sociais, e fazendo assim que superássemos rapidamente a crise.

Se fossem iguais, não teria sentido a luta contra a ALCA – Área de Livre Comércio das Américas -, que FHC propugnava e que o governo Lula inviabilizou, para fortalecer os processos de integração regional. Dizer que são governos iguais ou similares é dizer que tanto faz privilegiar alianças subordinadas com os EUA ou aliar-se prioritariamente com os países do Sul do mundo, com os Brics entre eles.

Se fossem iguais os governos FHC e Lula, o Estado mínimo a que tinha sido reduzido o Estado brasileiro seria o mesmo que o Estado indutor do crescimento e a garantia da extensão dos direitos sociais da maioria pobre da população. O desenvolvimento, suprimido do discurso de FHC, foi resgatado como objetivo estratégico pelo governo Lula, articulado intrinsecamente a políticas sociais e de distribuição de renda.

Se fossem iguais, a maioria dos trabalhadores continuaria a não ter carteira de trabalho assinado, predominando o emprego informal sobre o formal. O poder aquisitivo dos salário teria continuado a cair, ao invés de ser elevado acima da inflação.

É grave que haja setores na esquerda que não consigam distinguir essas diferenças, entre a direita e a esquerda. Perdem a capacidade de identificar onde está a direita – o inimigo fundamental do campo popular -, correndo o grave risco de fazer o jogo dela, em detrimento da força e da unidade da esquerda.

A filosofia do pão francês (ou as generalizações horrorizantes de Índio da Costa)


A filosofia do pão francês

Por José Ribamar Bessa Freire (*)


Nos anos 1980, quando cursava eu a pós-graduação na França, por lá passou, turistando, uma amiga brasileira, cujo nome aqui omito com a devida permissão do leitor, porque a personagem ainda vive e não convém expô-la. Conto o milagre, mas não dou o nome da santa que antes mesmo de completar 48 horas em Paris, em companhia do maridão, já havia fotografado a alma dos franceses e emitido um juízo inapelável, contundente e definitivo sobre eles:

- Grossos! Os franceses são grossos! Grossos e boçais!

De onde tirou tal conclusão? De um laboratório de observação - uma padaria situada na esquina da Rue Falguière com o Boulevard Pasteur - onde, um dia após seu desembarque, tentou comprar – acreditem! – um pão francês. Descobriu, então, perplexa, que “não tem pão francês na França, só no Brasil”. Ou dito de outra forma: “na França, todo pão é francês”. O padeiro – segundo narrou - só faltou cuspir nela e por pouco não lhe chuta a canela. Havia testemunhas: o marido, que confirmou tudo e reforçou a generalização: - Os franceses são todos uns cavalos.

Contemporizei, sugerindo que talvez o casal não tivesse entendido direito as palavras do padeiro. Mas minha amiga Norinês (ih, meu Deus, sem querer revelei seu nome; agora é tarde, Norinês é morta!) reagiu, indignada, exibindo seu diploma da Aliança Francesa no Rio de Janeiro, onde durante oito anos aprendera a pedir informações, fazer compras, comer, conversar sobre família e trabalho, falar abobrinhas. Ofendida, dizia: - “A língua, eu domino. Entendo tudo. Não! Nada de problema lingüístico! Foi grosseria mesmo”.

Os salamaleques
Convém analisar o livro em que nossa heroína estudou francês. Havia dois personagens - Monsieur e Madame Thibault – que visitavam um jardim zoológico, explicando que “le lion est le roi des animaux”, ou um circo cheio de anões e gigantes: - “Le géant est un homme três grand qui a souvent plus de deux mètres de hauteur”. O livro dava até dicas para enfrentar o frio parisiense. Madame Thibault manda sua filha vestir o casaco: - Cathèrine, prends ton manteau! A menina resiste: - Mon manteau? Pourquoi? A mãe justifica: - Parce qu´il fait froid aujourd´hui.

Acontece que naquele forte calor de julho, aquelas frases pré-fabricadas sobre circo, zoológico e meteorologia eram inúteis. O casal não precisava de circo, mas de pão. Parece, no entanto, que Monsieur e Madame Thibault se esqueceram de ensinar a Norinês como devia se comportar numa padaria. “Não precisa – dizia ela - uma padaria é uma padaria em qualquer lugar do mundo. Não tem mistério. Você entra e pede uma bisnaga ou um pão francês, paga e se manda”.

Foi ai, então, que entendi. O problema não era de tradução da língua, mas de tradução da cultura. Monsieur Thibault não dera a Norinês o arsenal de salamaleques necessário para comprar uma simples baguete. O brasileiro é mais informal, entra na padaria e diz sem problemas: - “Seu menino, me dê uma bisnaga”. Já o francês não, é cheio de trique-trique. O cara entra e – primeiro salamaleque – cumprimenta todos os fregueses presentes:

- Bonjour messieurs et dames!

Antes de pedir o pão, investe no segundo salamaleque, saudando, dessa vez, o balconista. Na terceira mesura, pede a ele, por favor – s´il vous plaît - aquilo que quer comprar. O quarto salamaleque, ao receber o pão, é um agradecimento. Um merci beaucoup não faz mal a ninguém. O cidadão já cumprimentou, já comprou, já agradeceu, agora pode sair? Negativo. Ninguém sai impunemente sem se despedir do vendedor e ai vem o quinto rapapé: - Au revoir, monsieur! Ah, agora sim, o consumidor pode se pirulitar? Necas de pitibiribas! É preciso também se despedir dos fregueses ali presentes. Sexto salamaleque.

Norinês ignorou que devia fazer um enorme investimento em salamaleques. Já chegou ordenando. O padeiro viu aquilo e achou que ela é que era muito grossa e indelicada. Por isso, lhe disse: “Madame, nous n´avons pas gardé les cochons ensemble”, que é uma forma de questionar:Ei, minha senhora, que intimidades são essas? Nós nunca trabalhamos juntos num chiqueiro”. Ela fez um escândalo: “Ele me chamou de porca”.

Índio da Costa
É muito comum, mas deplorável, a construção de imagens estereotipadas sobre um povo, a partir de uma observação apressada e unilateral do comportamento de um indivíduo, relacionado a um pequeno conflito cotidiano. Nossos “hermanos” argentinos que o digam! Freqüentemente são vítimas (e ao mesmo tempo algozes) dessa postura etnocêntrica.

Supondo que o padeiro tenha sido efetivamente um cavalo – o que não foi o caso – a única conclusão que ela podia chegar era a de que o padeiro do Boulevard Pasteur era bruto. Seria incorreto concluir que “os padeiros do bairro de Montparnasse são grossos” ou que “os padeiros franceses são estúpidos” e muito mais ainda generalizar para 60 milhões de franceses.
Para desfazer a má impressão, convidei o casal 20 a conhecer uns amigos franceses, que são afáveis e gentis. Se os dois conhecessem Pascal Foucher, Juliette Moulin, Jean-Claude Frébourg e Daniel Patridgeon, que são umas flores de pessoas, se dariam conta do engano. Mas Norinês foi irredutível, recusou, não queria mudar aquela primeira impressão construída a partir de generalizações incorretas e inapropriadas realizadas por caminhos tortuosos.

Eis o que queria dizer... o que é mesmo que eu queria dizer? Meu amigo Thiago de Mello tem razão em avaliar que quando narro, em vez de descer pelo tronco, me perco pelos galhos. Ah, lembrei! Eis o que queria dizer: nessa campanha eleitoral, a filosofia do pão francês está correndo solta.

Juro que até tenho uma simpatia pelo José Serra, que foi um bom ministro da saúde, quero ver minha mãe mortinha no inferno, quero que santa Luzia me cegue se estiver mentindo. Mas ele sujou sua biografia, caindo no colo da direitona cavernária.

Confesso que estou horrorizado com a generalização feita pelo vice do Serra, Índio da Costa (DEM, vixe, vixe!) que em tom de denúncia “descobriu” que o PT mantém relações intimas com o narco-tráfico e as FARC da Colômbia, colocando tudo no mesmo saco. Serra assinou embaixo. É a filosofia do pão francês da Norinês Cabral (ih, me escapou o sobrenome, agora todo mundo sabe que a heroína é neta do velho Oder). Imaginem se Serra ganha e morre – toc, toc! - vamos ser governados por esse paspalhão. Não era com esse Indio da Costa que Serra tinha de se aliar.

*José Ribamar Bessa Freire é antropólogo, natural de Manaus e assina no “Diário do Amazonas” coluna semanal tida como uma das mais lidas da região norte. Reside no Rio de Janeiro há mais de 20 anos e é professor da UERJ, onde coordena o programa “Pró-Índio”. Mantém o blogTaqui pra tie é colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”

Lula e a direita golpista

Foto: Ricardo Stuckert
"A direita tentou dar um golpe a cada 24 horas para não permitir que as forças democráticas pudessem continuar neste país. Foram oito anos de ataques e infâmias. Eu mandei dizer a essa elite: vocês mataram Getúlio, obrigaram Jango a renunciar e o Jânio Quadros durou seis meses. Se quiserem me enfrentar, não vou estar no meu gabinete lendo o jornal de vocês. Estarei nas ruas conversando com o povo brasileiro" (Luís Inácio Lula da Silva)

José Serra tece loas à Globo e esconde suas irregularidades

Agência Assaz Atroz PODE MAIS que o presidente Lula

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“Não posso dizer tudo [que pensa sobre a revista Veja] porque eu sou presidente da República, sabe?”

Mas nós aqui não somos presidentes nem mesmo de escola de samba, portanto podemos mais que Lula.

Assim sendo...

(in)Vejam bem: VÃO SE ROÇAR NAS OSTRAS, BABACAS!

Editor-Assaz-Atroz-Chefe

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Lula manda Veja às favas: "Eu não preciso deles para nada"

Numa de suas mais sinceras entrevistas desde que chegou ao Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não apenas ignora as opiniões da Veja como também dispensa qualquer tipo de relação com a decadente revista da Editora Brasil. O depoimento foi dado na semana passada à repórter Adriana Araújo, do Jornal da Record.

Lula deixou claro que prefere a aprovação popular ao reconhecimento da grande mídia. “Se dependesse de alguns jornais, se dependesse de algumas televisões e se dependesse de algumas rádios — eu estou falando ‘algumas’, para não generalizar —, eu teria zero na pesquisa (sobre seu governo).”

Adriana perguntou, em seguida, qual é a resposta de Lula diante de uma caricatura grosseira que a Veja fez dele — “um rei com a coroa na cabeça e acima de todas as leis, que passa um mau exemplo para o cidadão brasileiro, desrespeitando as leis”. Foi o estopim para o desabafo do presidente — e uma quase promessa de expor, ao sair do governo, o que realmente pensa da Veja.

“Primeiro, eu não vejo essa revista — portanto, para mim não quer dizer nada isso. Como eu não preciso deles para nada — para nada, sabe? —, eles têm a liberdade de dizer o que eles quiserem a meu respeito. E eu quero ter a liberdade de dizer o que eu penso deles, do jeito que eu quiser”, declarou Lula. “Não posso dizer tudo porque eu sou presidente da República, sabe?”, explicou na entrevista.

Segundo ele, é possível que, ao fim de seu segundo mandato presidencial, todas as suas opiniões sobre a Veja venham à tona. “Um dia? Quem sabe?!”

Da Redação,
André Cintra

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http://www.youtube.com/watch?v=g20hobir9R4&feature=player_embedded

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Temendo ser preso, Diogo Mainardi foge

Por Altamiro Borges

Em sua coluna na Veja desta semana, Diogo Mainardi, o pitbul da direita nativa, deu uma notícia que alegrou muita gente. Anunciou que deixará o Brasil. Num texto empolado, ele não explica os motivos da decisão. A única pista surge na frase “tenho medo de ser preso” – será uma confissão de culpa? “Oito anos depois de desembarcar no Rio de Janeiro, de passagem, estou indo embora. Um vagabundo empurrado pela vagabundagem”. Concordo totalmente com a primeira descrição!

O enigmático anúncio levantou muitas suspeitas. Para o blogueiro Paulo Henrique Amorim, uma das vítimas das difamações e grosserias deste pseudojornalista, ele está fugindo para não pagar o que deve. “O Mainardi me deve dinheiro. Ele perdeu no Supremo Tribunal Federal, por decisão do Ministro Toffoli, recurso em uma causa que movo contra ele. Contra ele e o patrão, o Robert (o) Civita... Interessante é que o próprio Mainardi foi quem disse que só escrevia por dinheiro”.

Leia artigo completo no Blog do Miro...


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

Agência Assaz Atroz

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