O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI
A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”
Clique na imagem abaixo e conheça o "Quem tem medo da democracia?" - sucessor deste blog
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Cobertura das eleições - Oportunismo partidário
Continuaremos aprisionados ao modo de fazer política especulativa e, ultimamente, terrorista? O progresso brasileiro está indubitavelmente vinculado a essas questões e não são os partidos que devem dar essas respostas. Na verdade, essas são preocupações fundamentais dos eleitores brasileiros.
Por Marlos Mello (*)
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FIM DE PESADELO PARA BATTISTI
Celso Lungaretti (*)
Está próximo do desfecho justo o caso do escritor e perseguido político Cesare Battisti, preso há 45 meses no Brasil por causa de crimes ocorridos há mais de três décadas na Itália.
Crimes de que não foi acusado no seu primeiro julgamento, em julho de 1979, quando recebeu a exageradíssima sentença de 12 anos de prisão, por mera subversão contra o Estado italiano.
Crimes que lhe foram jogados nas costas quando o processo, já transitado em julgado, foi reaberto em 1987 por conta das delações premiadas de Pietro Mutti, o líder do grupo de ultraesquerda do qual Battisti havia participado.
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Não ao terceiro turno
Do site "Brasília Confidencial"
Parcela minoritária e barulhenta de derrotados nas urnas reagiu ao resultado da disputa pela Presidência da República como se fosse passível de desmerecimento, contestação e enfrentamento a decisão majoritária de tornar Dilma Rousseff a sucessora do presidente Lula. Essa parcela reagiu, enfim, como quem inaugura ou pretende inaugurar uma espécie de terceiro turno imprevisto pela legislação, indesejado pela população, insultuoso ao eleitorado e improdutivo para o país.
Parcela minoritária e barulhenta de derrotados nas urnas reagiu ao resultado da disputa pela Presidência da República como se fosse passível de desmerecimento, contestação e enfrentamento a decisão majoritária de tornar Dilma Rousseff a sucessora do presidente Lula. Essa parcela reagiu, enfim, como quem inaugura ou pretende inaugurar uma espécie de terceiro turno imprevisto pela legislação, indesejado pela população, insultuoso ao eleitorado e improdutivo para o país.
A ideia de iniciar um terceiro turno se evidencia na edição de ontem dos principais diários impressos do país. Começa na informação de que, antes mesmo de começar, o Governo Dilma já vive sua primeira crise causada pela presença explícita ou pela sombra ameaçadora de Lula, que seria candidato à Presidência em 2014. O terceiro turno se insinua também entre o receio de que Lula interfira no governo, tutelando Dilma, e o medo de que não faça isso e deixe o caminho livre para a hegemonia da esquerda do PT. É deflagrado também, o terceiro turno, no pavor provocado pela maioria de praticamente três quintos no Congresso, que poderia dar a Dilma força suficiente para legislar conforme bem quisesse.
O segmento da mídia que orienta os partidos de oposição participa da tentativa de inaugurar o terceiro turno com o mesmo método jornalístico adotado desde o primeiro semestre do ano passado: textos, comentários, notas e artigos que depreciam Dilma tentando reduzí-la a uma figura influenciável e manipulável. Desmereceram a candidata, agora desmerecem a presidente eleita e, desde já, seu futuro governo.
A doce vitória de Vanda
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Foto: Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil |
Por Gilson Caroni Filho (*)
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O dia da estaca
Por Ayrton Centeno, no site "Brasília Confidencial"
“Foi como um milagre; diante de nossos próprios olhos, em menos de um segundo, todo o corpo se transformou em pó e desapareceu de nossa vista” (Drácula, de Bram Stoker)
Milhões de brasileiros tomaram este domingo de outubro nas mãos com imenso cuidado. Havia um compromisso. Era preciso devolver as trevas às próprias trevas, o atraso ao atraso, o esgoto ao esgoto, a farsa aos farsantes, o medo ao medo, o ódio aqueles que odiosamente o disseminaram e a hipocrisia de uma campanha aos hipócritas que a conceberam e encenaram. Para depositar o século 13, que recentemente nos visitou, no seu sepulcro de 700 anos. Ao final da tarde, o serviço estava feito e a missão cumprida. Bem antes das 12 badaladas que separam o dia que morre do dia que vai nascer soube-se, afinal, que a escuridão fora tragada pela própria escuridão.
Neste 31 de outubro, ensolarado para uns, sombrio para outros, os eleitores partiram de casa portando duas armas: voto e vontade. Juntas, ambas transformaram-se, diante da urna, em um instrumento de redenção. Mas foram além. Simultaneamente exorcizou-se o regressismo que acenava com um passado recente, mas também remoto graças aos adereços obscurantistas com que desfilou na campanha. A tarefa necessária foi realizada tendo a luz solar como cúmplice pois, como adverte a lenda, é quando o mal dorme na sua tumba. Vontade e voto viraram estaca enfiada à força de martelo no coração da miséria moral que nos assolou.
Leonardo Boff:Desafios para o governo Dilma
Por Leonardo Boff, no "Brasil de Fato"
Celebramos alegremente a vitória de Dilma Rousseff. E não deixamos de folgar também pela derrota de José Serra que não mereceu ganhar esta eleição dado o nível indecente de sua campanha, embora os excessos tenham ocorrido nos dois lados. Os bispos conservadores que, à revelia da CNBB, se colocaram fora do jogo democrático e que manipularam a questão da descriminalização do aborto, mobilizando até o Papa em Roma, bem como os pastores evangélicos raivosamente partidizados, saíram desmoralizados.
Post festum, cabe uma reflexão distanciada do que poderá ser o governo de Dilma Rousseff. Esposamos a tese daqueles analistas que viram no governo Lula uma transição de paradigma: de um Estado privatizante, inspirado nos dogmas neoliberais para um Estado republicano que colocou o social em seu centro para atender as demandas da população mais destituída. Toda transição possui um lado de continuidade e outro de ruptura. A continuidade foi a manutenção do projeto macroeconômico para fornecer a base para a estabilidade política e exorcizar os fantasmas do sistema. E a ruptura foi a inauguração de substantivas políticas sociais destinadas à integração de milhões de brasileiros pobres, bem representadas pela Bolsa Família entre outras. Não se pode negar que, em parte, esta transição ocorreu pois, efetivamente, Lula incluiu socialmente uma França inteira dentro de uma situação de decência. Mas desde o começo, analistas apontavam a inadequação entre projeto econômico e o projeto social. Enquanto aquele recebe do Estado alguns bilhões de reais por ano, em forma de juros, este, o social, tem que se contentar com bem menos.
Não obstante esta disparidade, o fosso entre ricos e pobres diminuiu o que granjeou para Lula extraordinária aceitação.
Fecha-se o ciclo em que o vencedor foi Lula
Por Luís Nassif, em seu blog
É das mais instigantes a entrevista de André Singer ao Valor, sobre o novo momento político. Ele identifica uma mudança estrutural, com o realinhamento das bases sociais, a classe média indo maciçamente para o PSDB e as bases populares para o PT, movimento que deverá perdurar por décadas, segundo Singer.
Não sei até que ponto a classe média um dia chegou a ser PT. Talvez Singer tenha se influenciado pelo ambiente em que freqüenta, de classe média mais intelectualizada. Havia, de fato, em São Paulo uma classe média e classe alta intelectualizada com pendores de esquerda. Mas nunca chegou a ser numericamente expressiva.
Mesmo assim, esses setores migraram para um anti-petismo radical. No mapa das eleições, via-se Serra com 70% dos votos de bairros tão díspares como Vila Maria e Higienópolis.
Não se pode dizer que a classe média tenha sido beneficiada por sucessivos governos, desde FHC. Foi penalizada com tributação excessiva, deterioração dos serviços públicos, estagnação do mercado de trabalho até alguns anos atrás.
Direito de Asilo: Tempo de Refletir
Por Carlos Alberto Lungarzo
Anistia Internacional (USA) – 2152711
O triunfo eleitoral da candidata Dilma Rousseff, membro do que fora o mais desenvolvido movimento da esquerda latino-americana nos anos 80, e ex-prisioneira política, deve servir para refletir sobre um fato dramático. Após 25 anos de democracia e de 8 anos de governo popular, o Brasil voltou a ter um preso político, que já permaneceu privado de sua liberdade por mais tempo do que cumpriram vários presos políticos da ditadura.
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VEJA... E GARGALHE!!!
Celso Lungaretti (*)
"Eu assisti de camarote
o teu fracasso,
palhaço, palhaço!"
o teu fracasso,
palhaço, palhaço!"
(Benedito Lacerda)
Na edição que entrou em bancas no dia 16/10/2010, a revista Veja dedicou sua matéria de capa a um bizarro exercício de futurologia e lobbismo, ao proclamar que a eleição presidencial seria decidida em Minas Gerais, graças ao "poder de Aécio".
O ridículo começou pela capa, apresentando Aécio como Super-Homem, e se derramou pelas páginas internas, nas quais se garantia que "Aécio move a montanha" (título da matéria). Eis alguns trechos:
"Ao fazer seu sucessor no governo de Minas Gerais, o senador eleito Aécio Neves demonstrou sua enorme capacidade de transferir votos. Agora, ele quer repetir o feito em favor de José Serra. O resultado desse esforço poderá definir o futuro presidente da República.
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"Pai, será que um dia eu vou votar no Lula?"
Segue mensagem do companheiro Gustavo Castañon, colaborador do QTML?:
Cara Ana,
Parabéns por nossa vitória. Envio a você um texto singelo e emocionante, que um adolescente chamado Marcelo postou no Orkut depois da vitória de Dilma. Neste momento de barulho e festa, uma imagem da gratidão que tem o povo brasileiro por esse homem admirável, que tornou o sonho de um Brasil justo um sonho possível.
Quem sabe se você publicar não apareça o nome e sobrenome dele?
Graaande Abraço!
" Pai, será que um dia eu vou votar no Lula? "
Parabéns por nossa vitória. Envio a você um texto singelo e emocionante, que um adolescente chamado Marcelo postou no Orkut depois da vitória de Dilma. Neste momento de barulho e festa, uma imagem da gratidão que tem o povo brasileiro por esse homem admirável, que tornou o sonho de um Brasil justo um sonho possível.
Quem sabe se você publicar não apareça o nome e sobrenome dele?
Graaande Abraço!
" Pai, será que um dia eu vou votar no Lula? "
OS DESAFIOS DE DILMA - O BRASIL E A ORDEM MUNDIAL
OS DESAFIOS DE DILMA – O BRASIL E A ORDEM MUNDIAL
Laerte Braga
Laerte Braga
As perspectivas de derrota eleitoral do Partido Democrata e por extensão do governo do presidente Barack Obama, há dois anos das eleições presidenciais nos EUA, são uma dificuldade de monta para a presidente eleita do Brasil Dilma Roussef. Não que Obama signifique alguma coisa, mas pelo que Republicanos representam numa escala de gradação do terrorismo político, econômico e militar dos EUA.
Se antes dos oito anos de Lula éramos figurantes no contexto da chamada Nova Ordem Mundial, hoje somos protagonistas dessa ordem. E a América Latina é decisiva em todo esse processo.
Mais que nunca vale a frase do ex-presidente Richard Nixon dita em plena ditadura militar, ao buscar encontrar justificativa para as notícias de sistemáticas violações de direitos humanos pelo regime dos generais. “É uma pena, mas o Médice é um bom aliado e para onde inclinar-se o Brasil, inclina-se a América Latina”.
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Kassab quer recriar PMDB, unindo DEM e quercistas
Autor(es): Diego Zanchetta
O Estado de S. Paulo - 01/11/2010
A partir de hoje, o prefeito paulistano Gilberto Kassab (DEM), de 50 anos, se torna uma das peças-chaves na reorganização dos partidos que apoiaram a candidatura José Serra (PSDB). Será um dos coordenadores de uma oposição moderada ao governo Dilma Rousseff no Congresso. Uma das ideias de Kassab, segundo assessores próximos, é fundir parte do DEM com o espólio quercista do PMDB paulista, dando origem a um novo partido chamado MDB - mesmo nome da sigla que abrigou opositores do regime militar durante os anos 70.
"Muita gente próxima do prefeito vem elogiando essa sacada dele, de resgatar o nome do MDB nessa fusão", disse um secretário municipal ao Estado.
Conciliador. Kassab foi o primeiro político a votar no Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, zona oeste, por volta das 8h30. E logo teve de responder a jornalistas perguntas sobre seu futuro. "A partir de amanhã ninguém mais tem candidato. Estaremos todos torcendo para que o próximo presidente faça um bom governo. Não é saudável de forma alguma você estender as disputas após o período eleitoral", disse o prefeito.
CRÔNICA DA VITÓRIA ANUNCIADA
Celso Lungaretti (*)
Quem acompanha meu trabalho, não precisou esperar até este domingo (31/10) para saber quem venceria a eleição presidencial.
Doze dias antes, em 19 de outubro, eu cantei a bola, no meu artigo O diabo trapaceou Serra: tomou-lhe a alma sem dar nada em troca:
"...Serra não encontrou o mapa da mina.
"...Uma mudança surpreendente do quadro só seria possível se Serra fosse um personagem eletrizante; mas, seu estilo é de quem está sempre explicando o óbvio a estudantes burrinhos.
"O aborto (...) da hipotética virada já começa a se evidenciar nas pesquisas eleitorais.
"Pior que a derrota será a decepção causada por Serra àqueles que ainda acreditavam nele.
AS PRIMEIRAS IMPRESSÕES PÓS ELEITORAIS
AS PRIMEIRAS IMPRESSÕES PÓS ELEITORAIS
Laerte Braga
Um dos comentários de desvairados “observadores” e “analistas” da REDE GLOBO, a principal rede de tevê do Brasil, tangenciou para além da dor de cotovelo, a linha fronteiriça entre a razão e a loucura.
O dito “comentarista” falou em “ditadura nos moldes da China”.
Num clima de velório com a derrota de José FHC Serra o principal veículo da mídia privada no Pais, tanto em seu canal aberto, como no canal fechado GLOBONEWS, mostrou o desconforto de jornalistas e “analistas” preocupados em falsear a verdade, cobrindo com o chantili do espetáculo com o aparato tecnológico para diminuir o impacto das besteiras ditas.
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domingo, 31 de outubro de 2010
Vontade e realidade - Minha homenagem à primeira mulher presidente do Brasil
Vontade e Realidade
Para a primeira mulher presidente do Brasil
Por Ana Helena Tavares*, em 31 de Outubro de 2010
Vontade de mergulhar no oceano
Flutuar como gota
Cristalina e sem pano
Uma sanidade louca
Vontade de abrir o berreiro
Fechar-me em lembranças
De um sonho inteiro
Regado a esperanças
Vontade de voar, voar, voar
Nesta noite de imensidão
Com uma estrela vermelha a brilhar
O meu vôo é o de uma multidão
Vontade contraditória de ficar
Para ver outros brilhos com firmeza
Que iluminam o meu bem-estar
E me dão do progresso a certeza
Realidade de um povo sem engano
Andando de cabeça erguida
Com rumo e sem cano
Com dignidade de vida
Realidade de abrir a carteira
Fechá-la sem dó
Partir para a feira
E fazê-la melhor
Realidade de sonhar, sonhar, sonhar
Porque sonhos já não são só osso
Com comida na mesa ao jantar
No café e no almoço
Realidade eufórica de ter
Noites com mais tranquilidade
Realidade histórica de ser
Dono da própria vontade
*Ana Helena Tavares é jornalista por paixão, escritora e poeta eternamente aprendiz. Editora-chefe do blog "Quem tem medo do Lula?".
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Dos porões do DOPS para a presidência
Dos porões do DOPS para a presidência
Por Rui Martins (*)
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A fúria da mídia contra os Kirchner
A fúria da mídia contra os Kirchner
A mídia hegemônica brasileira também demoniza os Kirchner com mentiras primárias, porque foi deles a iniciativa de sancionar a lei dos meios de comunicação. Por Mario Augusto Jakobskind (*)
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500 anos esta noite - poema para Dilma
500 anos esta noite
Por Pedro Tierra*
De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.
De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.
De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.
Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?
Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.
No continente de esporas de prata
e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.
e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.
As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.
Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.
Brasília, 31 de outubro de 2010.
*Recebido de Vanderley Caixe, da Carta o Berro.
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sábado, 30 de outubro de 2010
Dilma Presidente: em nome da verdade e da democracia
Por Edinho Silva*
Domingo que a verdade vença a mentira. Nós estamos chegando na reta final da nossa campanha. Estamos a poucas horas de fazermos uma opção que é muito mais que eleitoral, mas de vida. Será uma opção daquilo que queremos para o presente e para o futuro dos nossos filhos e daqueles que virão depois de nós.
São dois projetos totalmente distintos colocados em disputa. De um lado, a continuidade e o aprofundamento das mudanças provocadas pelo Governo Lula. Do outro, o retrocesso, tudo aquilo que o Brasil vivenciou de forma sofrida durante o Governo FHC.
Nós sabemos que o projeto Lula e Dilma é o projeto da prosperidade, do crescimento econômico, da credibilidade internacional do Brasil. É o projeto que incluiu 28 milhões de brasileiros, tirando nossos irmãos da miséria e que fez com que mais de 30 milhões de trabalhadores ascendessem à classe media. O projeto que gerou mais de 14 milhões de empregos. O projeto do ProUni, do Minha Casa, Minha Vida e do Pré-sal, que é o passaporte para nosso futuro.
São dois projetos totalmente distintos colocados em disputa. De um lado, a continuidade e o aprofundamento das mudanças provocadas pelo Governo Lula. Do outro, o retrocesso, tudo aquilo que o Brasil vivenciou de forma sofrida durante o Governo FHC.
Nós sabemos que o projeto Lula e Dilma é o projeto da prosperidade, do crescimento econômico, da credibilidade internacional do Brasil. É o projeto que incluiu 28 milhões de brasileiros, tirando nossos irmãos da miséria e que fez com que mais de 30 milhões de trabalhadores ascendessem à classe media. O projeto que gerou mais de 14 milhões de empregos. O projeto do ProUni, do Minha Casa, Minha Vida e do Pré-sal, que é o passaporte para nosso futuro.
Vovó Dilma ou vovô Serra?
- "Gabi, solta um peidinho pro vovô ouvir, solta!"
De quem é essa frase? Quem fez esse pedido despudorado na presença de várias testemunhas? Foi José Serra, avô coruja da Gabi, do Kiko e do Tonho, quando brincava com os netos na sua mansão na Rua Antônio de Gouveia Giudice, no bairro nobre de Alto Pinheiros, em São Paulo? Ou Dilma Rousseff, implorando para que o único neto, Gabriel, recém-nascido, bombardeasse o avô, seu ex-marido Carlos Araújo, na visita que os dois fizeram à maternidade Moinhos de Vento, em Porto Alegre?
Você conhecerá o (a) autor (a) da frase nessa edição. Se você ficar conosco saberá ainda os resultados da pesquisa – única no Brasil - sobre a intenção de votos dos netos feita pelo Data/Taquiprati que, em vez de consultar eleitores, ouviu 2925 crianças. A pergunta foi: se você votasse hoje, qual dos dois avós escolheria para presidir o Brasil? O resultado foi surpreendente, com uma margem de erro muito menor do que a dos institutos tradicionais.
Por José Ribamar Bessa Freire (*)
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Marina Silva diz que não votará nulo e o principal é “manter as conquistas”
Do blog "Relatividade"
Marina Silva deu entrevista para Revista IstoÉ (1ª folha abaixo), afirmou que pretende não votar nulo; que “muita gente no PV vota em Dilma”; e seu voto será consciente e responsável em apontar no sentido de “manter conquistas”. Pra mim fica (já era) claro que Marina Silva vota em Dilma e já desde o fim do 1º turno faz o possível (que não comprometa sua estratégia política) para apoiar a candidatura do PT.
Marina vota em Dilma, mas voto é secreto!
Marina Silva se forjou no Partido dos Trabalhadores, sua história está totalmente ligada a história do PT e de Lula. Internamente sempre articulou-se com setores do PT Lulista. Quando eleito, na montagem dos ministérios, Lula fez questão de que Marina como Ministra do MMA fosse a primeira confirmação pública do Staff que estava sendo formado.
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Sorrateiramente, AI-5 Digital avança no Congresso Nacional
No início de outubro, em um Congresso Nacional esvaziado enquanto o Brasil discute as eleições, o Projeto de Lei (PL) 84/99 do senador Eduardo Azeredo, do PSDB de José Serra, foi aprovado em duas comissões na Câmara. Na calada da noite, avança projeto de deputado do PSDB para censurar internet e quebrar sigilo de internautas.
Por Luiz Carvalho*
Também conhecido como “AI-5 digital”, uma referência ao Ato Institucional nº 5 que o regime militar baixou em 1968 para fechar o parlamento e acabar com a liberdade de expressão, o PL permite violar os direitos civis, transfere para a sociedade a responsabilidade sobre a segurança na internet que deveria ser das empresas e ataca a inclusão digital.
O projeto de Azeredo passa também a tratar como crime sujeito a prisão de até três anos a transferência ou fornecimento não autorizado de dado ou informação. Isso pode incluir desde baixar músicas até a mera citação de trechos de uma matéria em um blog.
Conheça os principais pontos do projeto do Azeredo:
O projeto de Azeredo passa também a tratar como crime sujeito a prisão de até três anos a transferência ou fornecimento não autorizado de dado ou informação. Isso pode incluir desde baixar músicas até a mera citação de trechos de uma matéria em um blog.
Conheça os principais pontos do projeto do Azeredo:
Frei Betto defende Dilma: pauta religiosa não importa à campanha
Depois de se manifestar discretamente no primeiro turno das eleições presidenciais, o escritor e frade dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, se tornou um dos protagonistas na fase final da disputa. Em meio às absurdas polêmicas religiosas impostas pela campanha do tucano José Serra – com a adesão até do papa Bento XVI –, Frei Betto emergiu como um dos apoiadores mais valorizados de Dilma Rousseff, candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando.
Por André Cintra, no "Portal Vermelho"
No artigo “Dilma e a fé cristã”, publicado na Folha de S.Paulo em 10 de outubro, o líder religioso defendeu que “não passa de campanha difamatória – diria, terrorista – acusar Dilma Rousseff de ‘abortista’ ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade”.
Nove dias depois, num ato em apoio a Dilma com mais de 2 mil pessoas no Tuca (Teatro da Universidade Católica), na PUC-SP, Frei Betto voltou a defender a candidata contra o “oportunismo” de certos segmentos religiosos. “Lamento que bispos panfletários estejam dizendo por aí tantas mentiras sobre a companheira Dilma”, discursou ele, que também espinafrou a campanha Serra. “O que esse pessoal precisa entender é que a lei do aborto não impede o aborto. O que impede o aborto é a política social, é o salário, é o Bolsa Família, é a distribuição de renda.”
Nove dias depois, num ato em apoio a Dilma com mais de 2 mil pessoas no Tuca (Teatro da Universidade Católica), na PUC-SP, Frei Betto voltou a defender a candidata contra o “oportunismo” de certos segmentos religiosos. “Lamento que bispos panfletários estejam dizendo por aí tantas mentiras sobre a companheira Dilma”, discursou ele, que também espinafrou a campanha Serra. “O que esse pessoal precisa entender é que a lei do aborto não impede o aborto. O que impede o aborto é a política social, é o salário, é o Bolsa Família, é a distribuição de renda.”
SERRA E AS "MENININHAS BONITAS"
SERRA E AS “MENININHAS BONITAS”
Laerte Braga
Laerte Braga
O desespero do candidato José FHC Serra diante dos números revelados pelos quatro maiores institutos do País em suas pesquisas sobre intenção de votos do eleitorado, somado a absoluta falta de princípios, programa e respeito pelo ser humano, que são características tucanas, foram as razões do pedido alucinado e degradante que José FHC Serra fez às “menininhas bonitas”.
Que cada uma delas mande um mail a quinze de seus pretendentes e peça o voto para ele sugerindo que aquele que assim o fizer terá mais chances.
Como entregar a presidência de um País como o Brasil, com dimensões continentais, em franco processo de crescimento, hoje potência mundial a um político com essa visão, se é que isso é visão?
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Incoerências tucanas: saneamento e meio ambiente
O governo de José Serra, seguindo a cartilha tucana de desmantelamento do patrimônio público, promoveu várias demissões do quadro da Sabesp e, simultaneamente, terceirizou os serviços antes efetuados por profissionais concursados. As consequências são verificadas na queda da qualidade do saneamento básico, nas enchentes, na diminuição da fiscalização do meio ambiente e da saúde.
Por Moriti Neto*
No mês de janeiro deste ano, uma grande cheia ocorrida no rio Atibaia, que passa por uma série de cidades ao longo da rodovia Dom Pedro I – Atibaia, Nazaré Paulista, Bom Jesus dos Perdões e Piracaia – causou o desalojamento de cerca de 5 mil famílias no interior paulista, deixando sequelas até hoje. Nesse caso, muitos foram os questionamentos sobre a responsabilidade da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo, a Sabesp, empresa estatal do governo, então sob o comando do agora candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra.
Na época, a Sabesp não desassoreou os rios da região, nem permitiu que as prefeituras locais o fizessem. Em setembro de 2009, a companhia já sabia que represas locais estavam com 85% de capacidade, quando o normal é começar o período das chuvas em 45%, saindo dele com, aproximadamente, 90%. A empresa poderia, gradualmente, desde setembro, soltar águas represadas aos poucos, para evitar a situação. Então, quando o sistema chegou a 97%, teve que liberar quantidade enorme para não entrar em colapso, fato que provocou as inundações.
Na época, a Sabesp não desassoreou os rios da região, nem permitiu que as prefeituras locais o fizessem. Em setembro de 2009, a companhia já sabia que represas locais estavam com 85% de capacidade, quando o normal é começar o período das chuvas em 45%, saindo dele com, aproximadamente, 90%. A empresa poderia, gradualmente, desde setembro, soltar águas represadas aos poucos, para evitar a situação. Então, quando o sistema chegou a 97%, teve que liberar quantidade enorme para não entrar em colapso, fato que provocou as inundações.
Blog da campanha de Serra divulga vídeo sobre ‘o fim do Brasil’ com eleição de Dilma
Por Rodrigo Alvares, no Estadão
Um blog da campanha do tucano José Serra publicou anteontem um vídeo intitulado “2012: O fim está próximo”, no qual é “mostrado” o futuro do Brasil já com Dilma Rousseff (PT) na Presidência. “Se a Dilma se eleger, olhe o futuro que nos espera”. Chamado Vou de Serra 45, o blog estava na página oficial do candidato do PSDB e usa imagens da propaganda petista no horário eleitoral, mas foi retirado do ar depois que o Radar Político publicou a nota. Criado em 11 de outubro, o Vou de Serra foi bloqueado para os internautas por alguns minutos e voltou ao ar sem o vídeo – veja abaixo todos os printscreens.
Contatada pelo Radar Político, Soninha Francine, coordenadora digital da coligação, disse que não viu todo o vídeo mas alegou ser “de sátira”. Ela negou que o blog Vou de Serra faça parte da campanha: “Temos cuidado com o que colocamos no site. O link estava no ar ha três dias. Cuidamos para não colocar coisas caluniosas. Tiramos porque ficou evidente que o blog não seguia a nossa linha”. A ex-vereadora também reclamou que “dos blogs da Dilma, que falam barbaridades, ninguém diz nada. É uma coisa desproporcional”.
“Em janeiro de 2011, com o País dividido, Dilma assume a Presidência do Brasil. Sua primeira ordem é para que a Receita Federal inicie uma perseguição implacável contra os aliados e familiares do candidato derrotado, José Serra”, começa o filme. “Serra viaja com a família para os EUA, onde encontra, 40 anos depois, novo exílio político. Dilma declara guerra contra São Paulo. Usando sua maioria no Congresso, consegue vetar o envio de recursos federais para o governo de São Paulo.”
Serra sorri, Dilma cabisbaixa. Mensagem subliminar ao melhor estilo Globo de fazer "jornalismo"
Capa do "imparcial" jornal "O Globo" de hoje, 30 de Outubro de 2010.
Nota do QTML?: Meu irmão é diácono evangélico e vai votar na Dilma. Ele não tem muito envolvimento com política nem, muito menos, com técnicas de manipulação jornalística. Mas vejam vocês que a foto é tão descarada que foi ele que veio aqui no meu quarto me avisar: "Mana, o Globo tá favorecendo o Serra nessa foto"... Antes fosse só nessa foto...
Ana Helena Tavares
Realmente, a dúvida é grande... Votar em quem?
Dica de vídeo do meu sempre combativo amigo Gilson Caroni Filho.
Para bispo, aborto foi usado para tirar distribuição de renda do debate eleitoral
Dom Angelico Sandalo condena uso da Igreja para fins eleitorais e lembra que papa também criticou outros temas, como uso da propriedade e a riqueza
Por Patrícia Ferreira, especial para a Rede Brasil Atual
São Paulo - "É tirar o texto do contexto para virar pretexto", diz dom Angélico Sândalo Bernardino, ex-bispo de Blumenau. Ele usou as palavras para explicar como vê o retorno do debate sobre a prática do aborto na arena eleitoral, após o papa Bento XVI ter orientado bispos a emitir juízo moral, mesmo em questões políticas.
Em entrevista à Rede Brasil Atual, dom Angélico disse ser desonesto fazer o papa de cabo eleitoral e reafirmou que a Igreja não deve ter partido político nem candidato. "Os católicos apostólicos romanos já foram orientados. Não faz o menor sentido esse assunto voltar à tona. Não cabe a nós, bispos, apontar ou proibir determinado partido ou candidato. Devemos deixar para a maturidade do eleitor a responsabilidade da eleição", ressalta.
Frei Betto lamenta que papa seja 'usado como cabo eleitoral'
Por Patrícia Ferreira, especial para a Rede Brasil Atual
São Paulo - Frei Betto lamenta a postura do papa Bento XVI, que voltou a trazer o aborto ao debate político brasileiro às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. Na manhã desta quinta-feira (28), o papa esteve com 15 bispos brasileiros do Nordeste, a quem convocou a condenar o aborto e orientar fieis a "usar o próprio voto para a promoção do bem comum". Em entrevista à Rede Brasil Atual, o frei brasileiro sustenta que há temas mais relevantes para o momento.
"Lamento que Bento XVI esteja sendo usado como cabo eleitoral, seja para qual partido for. Há temas muito mais importantes do que aborto e religião para se discutir em uma campanha eleitoral", afirmou Frei Betto. "Aborto se evita com políticas sociais. Num país em que se sabe que os futuros filhos terão saúde, escolaridade e oportunidades de trabalho, o número de aborto é reduzido. Lula fez o governo que mais fez para evitar o aborto no Brasil", analisa.
No discurso proferido durante reunião em Roma, o papa afirmou que se "os direitos fundamentais da pessoa ou da salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas". O discurso do papa reconheceu a possibilidade de eventuais efeitos negativos: "Ao defender a vida, não devemos temer a oposição ou a impopularidade".
Leonardo Boff - Dilma: a importância de uma mulher na Presidência
Por Leonardo Boff, na Adital*
Há duas formas principais de estarmos presentes no mundo: pelo trabalho e pelo cuidado. Como somos seres sem nenhum órgão especializado, à diferença dos animais, temos que trabalhar para sobreviver. Vale dizer, precisamos tirar da natureza tudo o que precisamos. Nessa diligência usamos a razão prática, a criatividade e a tecnologia. Aqui, precisamos ser objetivos e efetivos; caso contrário, sucumbimos às necessidades. Na história humana, pelo menos no Ocidente, instaurou-se a ditadura do trabalho. Este, mais do que obra, foi transformado num meio de produção, vendido na forma de salário, implicando concorrência e devastação atroz da natureza e perversa injustiça social. Representantes principais, mas não exclusivos, do modo de ser do trabalho são os homens.
A segunda forma é o cuidado. Ele tem como centralidade a vida e as relações interpessoais e sociais. Todos somos filhos e filhas do cuidado, porque se nossas mães não tivessem tido infinito cuidado quando nascemos, algumas horas depois teríamos morrido e não estaríamos aqui para escrever sobre estas coisas. O cuidado tem a ver mais com sujeitos que interagem entre si do que com objetos a serem gestionados. O cuidado é um gesto amoroso para com a realidade.
CRICRI, TROLOLÓ, LERO-LERO E CONVERSA MOLE
Celso Lungaretti (*)
Depois do debate eleitoral (promovido por um pool de emissoras de TV) que decidiu -- ou pareceu ter decidido -- a eleição presidencial de 1989, a Rede Globo deve ter unilateralmente resolvido evitar que isto acontecesse de novo, nem que fosse preciso matar de tédio os telespectadores. Está conseguindo.
O certo é que agora monopoliza a data estratégica da antevéspera do 2º turno, mas não para promover debates, e sim chatíssimas sabatinas dos presidenciáveis, que são inquiridos por eleitores indecisos de todos os Estados.
Então, não se discute política propriamente dita, mas, tão somente, propostas administrativas que vem ao encontro das aspirações dos eleitores, aferidas nas pesquisas qualitativas (pouco importando que sejam inexequíveis e virem letra morta depois...) e miudezas ridículas.
Às vezes dava a impressão de que, ao invés de um presidente, escolhia-se um síndico.
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