AGORA, É A HORA DA FRAUDE?
BOMBA: NÃO HOUVE AUDITORIA DO SOFTWARE DAS URNAS ELETRÔNICAS
Todos sabem que o sistema eleitoral brasileiro é INVULNERÁVEL À FISCALIZAÇÃO e à auditoria. Quem é que realmente não tem dúvidas sobre a quantidade de votos recebida, toda eleição, por alguns deputados que não tem base eleitoral ou trabalho político aparente? O problema fica mais óbvio no entanto, quando lembramos que TODA ELEIÇÃO os resultados do primeiro turno saem com DIFERENÇA PARA ALÉM DA MARGEM DE ERRO das pesquisas de boca de urna (vejam tabela abaixo). Quando se fala isso, estamos dizendo de outra forma que a chance de isso ter acontecido ao acaso é menor que 2,5%, 1% dependendo da significância estatística da amostra. Isso aconteceu em todas as últimas eleições presidenciais, e também em várias eleições para governador (as únicas que podemos comparar resultados esperados com resultados das urnas). Qual a probabilidade então de TODOS ESSES ERROS JUNTOS TEREM ACONTECIDO AO ACASO?
É claro, toda vez que essas coisas acontecem, a culpa é jogada nas pesquisas eleitorais, e o PSDB aparece dizendo que as pesquisas estão falidas e que a verdadeira pesquisa é a da urna. Será?
Como se não bastasse, agora, o engenheiro Amílcar Brunazzo, um dos responsáveis pela auditoria dos softwares das urnas eletrônicas (que já não serve pra muito, pois ninguém pode conferir as inseminações), FEZ DENÚNCIA GRAVÍSSIMA. Ele afirma que neste ano os partidos foram inviabilizados em seu direito de fiscalização, e NEM A OAB NEM O MINISTÉRIO PÚBLICO FIZERAM AUDITORIAS nos softwares da eleição (veja entrevista no youtube).
Não são de hoje as denúncias de irregularidades nas urnas eletrônicas brasileiras. Em Alagoas, na eleição de 2006, houve o caso amplamente noticiado do problema com mais de um terço das urnas que apresentaram diferenças entre o registro interno e o boletim de urna. Laudo do ITA apontou que houve fraude, mas o TSE não tomou qualquer providência. Denúncias na última eleição para prefeito em Curitiba não foram sequer apuradas, e coisas estranhas se repetiram agora, com o governador eleito Beto Richa impedindo a divulgação das pesquisas e o resultado final surgindo bem diferente delas. Vejam no site de Paulo Henrique Amorim uma extensa compilação de fatos estranhos e como no exterior a segurança de nossa urna eletrônica é rejeitada, ATÉ MESMO NO PARAGUAI !!!
Nenhum partido, à exceção do PDT (fraudado nos softwares de apuração no caso Proconsult, 1982), teve coragem de denunciar esta situação absurda, pois a Justiça Eleitoral tem um poder de vida e morte sobre os partidos e candidaturas. Ela é o executivo, legislativo e judiciário do sistema eleitoral.
Essas grandes diferenças entre a boca de urna e os resultados finais, não costumam acontecer nos segundos turnos, talvez porque a evidência ficaria grande demais. Mas diante do desespero e do vale-tudo desta eleição, alimentado pelas gigantescas riquezas descobertas dia após dia no pré-sal, fica a pergunta:
ESTAREMOS PERTO DE ASSISTIR A MAIOR FRAUDE ELEITORAL DA HISTÓRIA DO BRASIL?
Se ocorrer, ela ocorrerá provavelmente só com os números de alguns estados. Compare os números de eleições suspeitas e veja que, além da vantagem sempre ser para o candidato do PSDB, a discrepância mais escandalosa, praticamente ESTATISTICAMENTE IMPOSSÍVEL DE TER OCORRIDO AO ACASO, se deu exatamente NA ELEIÇÃO DE PRESIDENTE DESTE ANO.
FONTES: IBOPE, TSE
VOTOS VÁLIDOS | Ibope 03/10 (boca de urna) | TSE 03/10 |
Presidente - 2010 | Dilma 51 Serra 30 Marina 18 | Dilma 46,9 Serra 32,6 Marina 19,3 |
Governo Minas - 2010 | Anastasia (PSDB) 57% Hélio (PMDB) 40% | Anastasia (PSDB) 62,7% Hélio (PMDB) 34,1% |
Senador São Paulo - 2010 | Aluísio (PSDB) 27% | Aluísio (PSDB) 30,42% |
Governo Paraná - 2010 | Beto Richa(PSDB) 51 Osmar Dias(PDT) 48 | Beto Richa (PSDB) 52,4 Osmar Dias (PDT) 45,6 |
Governo Alagoas - 2010 | (de 30/04) Teotônio (PSDB) 34 Collor 31 Lessa 24 | Teotônio (PSDB) 39,5 Collor 28,8 Lessa 29,1 |
Presidente - 2006 | Lula 50 Alckmin 38 Heloísa 8 Cristovam 3 | Lula 48,6 Alckmin 41,6 Heloísa 6,8 Cristovam 2,6 |
Denúncias sobre fraude recentes no Brasil:
Guarulhos
Maranhão
Alagoas
Curitiba
*Gustavo Castañon é professor adjunto do departamento de filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora e colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".
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