[caption id="attachment_6510" align="aligncenter" width="288" caption="Cara de pau"][/caption]
Considerações sobre a hipocrisia eleitoral e os desatinos de Arruda Serra
Por Laerte Braga (*)
Justiça eleitoral é uma herança do período ditatorial de Vargas e funciona hoje como uma espécie de departamento de censura. Proibido para menores, para maiores, etc. As chamadas justiças especializadas não têm caráter democrático no seu todo, em sua história – exceto a Justiça do Trabalho até um determinado ponto –.
Eu me lembro de um juiz eleitoral com vocação para manchetes que no último dia da propaganda gratuita, numa eleição municipal, exigiu assistir previamente os programas a serem apresentados pelos partidos ou coligações. Cortou aqui, cortou ali, descaracterizou os programas, o princípio da propaganda eleitoral gratuita, para depois, na divulgação dos eleitos arrumar uma confusão sem tamanho, definindo como eleitos vereadores os mais votados esquecendo-se do caráter proporcional do modelo brasileiro.
Deu entrevista coletiva e tudo. Aí teve que desfazer.
Joga um fato como esse para um plano maior e temos a censura em forma de moralismo eleitoral, logo hipocrisia. Um entende dum jeito, outro compreende de outro e no fim uma guerra que ao invés de ter o caráter a que se propõe, permitir eleições livres democráticas, vale dizer troca de idéias, acaba por legitimar todos os golpes e fraudes de maior ou menor monta no processo eleitoral.
Sem falar que há inúmeros processos de eleições anteriores pendentes de julgamentos que nunca saem e não é por outra razão que não sejam os interesses de grupos, partidos, etc.
No último debate entre George Bush, o pai e Bil Clinton, Bush era o presidente, Clinton referiu-se ao adversário como “estúpido” – “é economia estúpido – e Bush apenas sorriu, pois de fato era e é um estúpido, aliás, são, pois é uma dupla, pai e filho.
Cínico por natureza, amoral, sem qualquer escrúpulo, sem respeito por nada que não seja em relação àqueles aos quais representa, o candidato José Arruda Serra apareceu, aos olhos da lei, de forma irregular no programa da quadrilha DEM (não é partido, partido político é outra coisa, o DEM é quadrilha).
Perguntado sobre o fato respondeu que não era problema dele, mas de quem fez o programa. Imagine um sujeito desses, desprovido de qualquer vestígio de dignidade, eleito presidente da República?
No dia anterior, em declarações a jornalistas, acusou o governo da Bolívia de “fazer corpo mole em relação ao tráfico de drogas para o Brasil”. Por que não o da Colômbia, identificado pelo Departamento de Combate às Drogas da empresa EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A como responsável pelo maior volume de drogas que entra no Brasil? Ou que é exportado para o mundo inteiro?
Será que Arruda Serra não lê, ou não sabe (claro que sabe, mas a mentira é parte viva, genética de qualquer tucano) que o tráfico da Bolívia para outros países foi reduzido de forma intensa após a eleição de Evo Morales e a Colômbia, do traficante Álvaro Uribe é a senhora absoluta dos “negócios”?
Sabe e sabe muito bem. A preocupação dele com o tráfico de drogas é detalhe de campanha. Em seu desgoverno em São Paulo o índice de criminalidade aumentou de forma desmesurada. Mas o governo da Bolívia é soberano em relação a ESTADOS UNIDOS/ISRAEL TERRORISMO S/A e o da Colômbia não, é filial, ou base. E quem paga e financia o tucanato e o DEM no Brasil são eles, os acionistas da EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
Só isso. Falou uma besteira deliberadamente. Quem sabe a leitura correta dessas declarações seja a de que a campanha dele precisa de mais investimento dos patrões, falou para dentro, como se costuma dizer e ao mesmo tempo mostrou a subserviência?
Por que não? FHC vendeu o patrimônio público a preço de banana e o processo de reconstrução está custando os olhos da cara ao trabalhador brasileiro e nem chegou ainda a completar as estruturas, as bases. Setores essenciais da economia como os representados pela VALE, pela EMBRAER, pela telefonia, os serviços de produção e distribuição de energia continuam em mãos privadas. E lá se vai o que resta do petróleo privatizado pela metade (FHC não teve peito na hora agá de privatizar a PETROBRAS, essa é uma das missões de Arruda Serra), se o ex-governador de São Paulo for eleito (as chances são cada vez mais reduzidas, o Brasil está acordado).
É visível o descontrole de Arruda Serra e é clara tentativa de setores da Justiça Eleitoral de inibir os adversários de Arruda Serra, a presença do presidente Lula na campanha de sua candidata, a candidata do seu partido, Dilma Roussef, numa jogadinha suja, que produza manchetes para o JORNAL NACIONAL esbaldar-se nas “denúncias” de quebra das regras.
É como tentar colocar o processo eleitoral dentro de uma caixa e ali misturar as cartas de um jeito que os ases saiam todos com os donos e nesse caso Arruda Serra tem contado com forte apoio de boa parte da Justiça Eleitoral.
E não falo de servidores, esses são vítimas, é outra história.
É como a Justiça Militar. A esmagadora maioria dos processos que ali tramita se resolve sem problema algum dentro dos regulamentos disciplinares das respectivas forças, Aeronáutica, Exército e Marinha. Mas não, tem uma estrutura cara, porque desnecessária, vira festa.
Funcionou a todo vapor como tribunal de exceção à época da ditadura, isso sim.
Nessa guerra sórdida montada por setores da direita brasileira (eles não falam que são direita, no máximo de centro), por empregados e agentes da ESTADOS UNIDOS/ISRAEL TERRORISMO S/A é grande a parcela de responsabilidade do Congresso Nacional.
Não temos uma legislação eleitoral completa, a cada pleito surge uma regulamentação desse vazio jurídico. E não temos por que? Porque boa parte dos deputados e senadores não quer mudar coisa alguma, não quer organizar nada, quer tão somente manter intactos currais eleitorais e privilégios. Só, mais nada.
Aí deita rama e ganha espaço esse debate hipócrita sobre se isso é ilegal ou não, tudo convergindo para afastar Lula do processo e evitar que a popularidade do presidente, conseqüência principalmente da comparação de seus dois mandatos com os dois de FHC, se transfira a Dilma, na perspectiva, que sonham e desejam de interromper o processo de crescimento do Brasil, acima de tudo, de preservação da soberania nacional, da integridade de nosso território.
Vamos supor uma pane no sistema de urnas eletrônicas. Pronto, não tem eleição. Não há como salvar ou recontar votos. Os ministros do TSE e do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL entenderam que o sistema é perfeito e não há necessidade do voto impresso.
Se fraude houver a fraude fica.
Perduram, sem julgamento, as suspeitas, recheadas de indícios, num processo em que o tucano Teotônio Vilela Filho foi acusado de fraudar as referidas urnas e derrotar o adversário João Lira. Isso em 2006. Levou o governo de Alagoas.
É simples de entender. Se as excelências julgarem que o sistema foi fraudado, confessam que a tal perfeição não existe.
Como se vê a Justiça Eleitoral acaba se transformando num partido político, num departamento de censura, inibe o debate, tanto quanto permite que na legislação vigente, a fraude corra solta, caso de José Arruda Serra no programa do DEM.
O JORNAL NACIONAL, principal porta-voz da ESTADOS UNIDOS/ISRAEL TERRORISMO S/A deitou e rolou em cima da multa aplicada ao presidente da República por “propaganda fora da lei”.
Será que vai mostrar o cinismo revoltante do repulsivo José Arruda Serra ao dizer que não tem nada a ver com o DEM exibir sua imagem em um programa do partido, que a decisão foi do DEM?
Nem todo bandido é cínico, no máximo cara de pau, há uma tênue diferença entre um e outro, não tenham dúvidas. Mas todo tucano e todo DEM é bandido e cínico.
A luta entre o BRASIL e o BRAZIL tem essa pedra no meio do caminho. Essa hipocrisia, o falso moralismo da lei que não é lei, acaba sendo um vale tudo repugnante já que na cabeça de José Arruda Serra feio é perder (feio e causa um prejuízo danado ao esquema corrupto que o apóia), não importam os métodos para ganhar.
Atrás dele as elites quatrocentonas de São Paulo agora embebidas na contemplação da pirâmide do faraó Fernando Henrique Cardoso. E de joelhos diante das elites internacionais, ávidas de comprar o resto do Brasil, o que eles não tiveram tempo de vender.
*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no "Estado de Minas" e no "Diário Mercantil". É colaborador do blog "Quem tem medo do Lula?".
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