MILITARES DISFARÇADOS EM CIVIS MASSACRAM O POVO EGÍPCIO NAS RUAS
Laerte Braga
É uma farsa a neutralidade dos militares egípcios. A ponderável parcela corrompida pelo governo de Hosni Mubarak e atendendo aos interesses de Washington está nas ruas massacrando civis que protestam contra a ditadura. Há um bloqueio sistemático dos meios de comunicação e mesmo canais nos EUA e na Europa ou em países como o Brasil escondem a real dimensão da tragédia.
Há mais de 500 mortos e três mil feridos.
O presidente branco (disfarçado de negro) Barack Obama está procurando ganhar tempo e evitar a queda de Mubarak, ou mudanças mais acentuadas no Egito e para isso conta com apoio de seus aliados na região, o governo nazi/sionista de Israel.
As declarações do primeiro-ministro inglês, Cameron, que as “políticas de integração de culturas diferentes fracassou na Europa”, reflete a discriminação contra o povo árabe em particular os muçulmanos.
Foram feitas diante dos principais líderes europeus em Berlim e fazem parte do plano geral que sustenta a ditadura no Egito, na Jordânia, na Arábia Saudita, no Iêmen, na Argélia e garantem o petróleo.
As preocupações de Obama com o povo egípcio são falsas, parte do jogo político cínico e imperialista dos EUA. Nos bastidores o presidente dos EUA negocia uma “transição segura” para manter intacto o aparelho repressor naquele país e dessa maneira garantidos os “negócios” dos EUA.
Há um clima de terror no Cairo e nas maiores cidades do Egito. O aparelho repressivo do governo Mubarak funciona a todo vapor e de forma cruel e sangrenta. Ao contrário, a Fraternidade Muçulmana, principal grupo islâmico de oposição, tem procurado manter o caráter pacífico das manifestações.
Não há exagero em dizer que há um banho de sangue no Egito. Militares leais a Mubarak e a Washington, orientados inclusive por agentes da MOSSAD – ato de traição – agem impunemente a mando do ditador.
A repressão a jornalistas egípcios e estrangeiros é de tal ordem que boa parte começa a encontrar dificuldades agudas para veicular simples noticiários em torno dos acontecimentos, circular dentro do país. Há jornalistas presos. Os estrangeiros são aconselhados a deixar o país depois de intimidados e os egípcios simplesmente torturados e assassinados pelos militares e policiais.
A brutalidade dessas forças repressivas supera o que se possa imaginar e tenta de todas as formas garantir o governo corrupto e ditatorial de Hosni Mubarak, o principal aliado dos norte-americanos no mundo árabe.
Não existe no Corão uma só palavra que incite à violência ou ao ódio, mas tão somente à resistência aos povos bárbaros, chamados de infiéis.
Quando os muçulmanos deixaram a parte que ocupavam da Europa os templos cristãos estavam intactos. Quando os cristãos deixaram o mundo muçulmano toda a cultura tinha sido destruída.
A explosão num gasoduto que abastece a Jordânia e Israel é uma reação natural e lógica tal a intransigência e a estupidez do regime em aceitar seu fim. É um sinal que o Egito poderá se transformar no palco de uma guerra civil a curto prazo, já que alguns setores das forças armadas se mostram sensíveis aos protestos populares. Oficiais considerados “suspeitos” estão detidos em quartéis ou em prisão domiciliar.
Toda a boçalidade ditatorial foi liberada por um tirano sem entranhas, Hosni Mubarak, contra o povo egípcio. Homens, mulheres, jovens e idosos estão sendo massacrados em cada canto do país onde pontifique uma só ação de protesto.
A radicalização do conflito só interessa aos EUA e ao governo de Israel (milhares de israelenses têm protestado contra o governo nazi/sionista do país) e pode servir de pretexto para uma futura ocupação de áreas consideradas estratégicas nos países árabes em processo de levante contra seus governos ditatoriais, como está acontecendo no Egito.
As declarações do primeiro-ministro inglês (comandado por controle remoto em Washington) são sintomáticas.
É preciso revelar ao mundo a real dimensão dos fatos que estão acontecendo no Egito, a barbárie contra um povo que exige apenas que um ditador corrupto sai do governo e eleições livres e gerais sejam realizadas de imediato.
Nem Mubarak, nem Obama, nem Israel, nem a maioria dos militares egípcios têm compromisso com o Egito e seu povo, mas tão somente com “negócios” e para isso não hesitam em promover o massacre que acontece longe dos olhos do mundo pela censura que impede a jornalistas de trabalhar livremente no país e pela autocensura da mídia podre e privada em países ocidentais, o Brasil inclusive.
O povo árabe precisa da solidariedade de todo o mundo para enfrentar EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A e seus tentáculos.
Grupos muçulmanos advertiram que a “paciência está se esgotando e as nações do ocidente não se mostram preocupadas com a dor e o sofrimento dos egípcios, mas apenas com seus interesses.”
A luta do povo egípcio é a luta dos povos latinos.
As sombras e trevas não chegam do Islã, mas do terrorismo capitalista.
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