A Knesset (parlamento de Israel) decidiu criar uma comissão especial na tarde desta quarta-feira para investigar atividades de cidadãos e grupos locais de esquerda acusados por membros do governo de “deslegitimar o Estado de Israel”.
A decisão foi aprovada em plenário do parlamento. Uma espécie de CPI investigará os recursos empregados por estes cidadãos e grupos israelenses, que frequentemente participam de atividades internacionais ou usam a internet para denunciar soldados e o exército em suas atividades nos territórios palestinos ocupados.
O jornal israelense Haaretz informa que a proposta foi ideia do ministro do Exterior, Avigdor Lieberman, que pediu a abertura da investigação sobre as vias de financiamento de todos estes grupos e verificar se por trás deles existem governos estrangeiros ou grupos terroristas.
Lieberman, também governante do partido Yisrael Beiteinu, pretende bloquear atividades como as de cidadãos israelenses que se somaram à recente campanha de publicação pela internet de nomes, direções, telefones e fotos de soldados e oficiais que participaram da operação Chumbo Fundido em Gaza, há dois anos. Nessa ofensiva militar israelense morreram 1,4 mil palestinos e 13 israelenses, e uma comissão nomeada pela ONU, dirigida pelo juiz sul-africano Richard Goldstone, acusou Israel e o Hamas de possíveis crimes contra a humanidade.
"Estes grupos forneceram material à Comissão Goldstone e estão por trás das denúncias contra oficiais israelenses por todo o mundo", disse a deputada Fania Kirshenbaum, do Yisrael Beiteinu ao apresentar a proposta. "Eles tentam silenciar as pessoas a cargo das relações internacionais de Israel e são diretores por tipificar soldados do exército como criminosos de guerra, além de realizar campanhas de difamação".
Enfrentamento
Em agosto, o ministro do Exterior pediu que o assessor jurídico do governo, Yehuda Wainstein, abrisse investigação contra esses grupos, o que este negou. A polêmica em torno do assunto provocou constantes interrupções na sessão parlamentar, vigiada de perto por guardas parlamentares por causa de receio de um enfrentamento físico entre deputados do governo e da oposição.
Uma série de leis aprovadas pelo parlamento israelense nos últimos anos vem sendo denunciada por grupos de direitos civis como discriminatória e ameaça à liberdade de expressão. Eles veem na investigação uma "caça às bruxas" para "silenciar grupos de direitos humanos e civis, que são os que protegem a honra da democracia israelense"
"É uma vergonha para o parlamento", disse o deputado do partido pacifista Meretz Nitzan Horowitz.
Um comentário:
Uma mudança radical de Israel, principalmente por quem se serviu da tenacidade que foi Simon Wiesenthal na perseguição dos carrascos do Nazismo.
Agindo desta maneira, somente reafirmam o que muitos tem dito sobre Israel, de se tratar de um "estado terrorista" suportado pelos EUA, tão degenerado nas ações e resultados como Iraque e Irã que eles sempre gostam de afirmar.
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