"E o mundo vai ver uma flor / brotar do impossível chão" (trecho da música "Sonho Impossível", de Chico Buarque. Foto: Ana Helena Tavares) |
Faz-se dia
Por Ana Helena Tavares(*)
Faz-se dia por onde passaram os filisteus
Faz-se dia sob o manto do humanismo
daqueles pra quem só a paz interessa
Faz-se dia e a manhã já se apressa
Clareia-se o sol sobre os filhos teus
Óh, terra maltratada pelo imperialismo
Os generais de Israel - e da América fel - ainda reclamam
após tantos fungos danosos à humanidade
cravando de mortes a terra onde Cristo escolheu viver
impedindo o broto de chegar à mocidade
fazendo vidas valerem menos que poder
e tapando o sol com balas de canhão
Faz-se dia sobre um mundo de muitos ventos
Costura-se a esperança como um jogral
A diplomacia flana ao sabor da arte
De quem nasceu pra misturar raças e credos
Sim, lágrimas em Gaza ainda jorram
O mal continua aí, por toda a parte
Mas o reconhecimento que vem da América que é gente
Das mãos de um ex-operário desse meu Brasil
E que até à Argentina já se fez chegar
Faz do dia uma possibilidade menos vil
Faz da noite dama menos prepotente
Faz do futuro algo viável de sonhar.
*Ana Helena Tavares é jornalista, escritora e poeta eternamente aprendiz. Editora-chefe do blog "Quem tem medo do Lula?".
Para contextualizar o poema, leia:
2 comentários:
Gostei, Ana, da revelação de sua veia poética. E mais ainda da última estrofe:
"Mas o reconhecimento que vem da América que é gente
Das mãos de um ex-operário desse meu Brasil
E que até à Argentina já se fez chegar
Faz do dia uma possibilidade menos vil
Faz da noite dama menos prepotente
Faz do futuro algo viável de sonhar".
Forte abraço.
Faço minhas as palavras do Urariano Mota, Ana, excelente poema.
Abraços
Ev
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