Editorial do Correio Braziliense - 09/07/2010
O ruim pode piorar. Outra não é a conclusão a que os brasilienses chegam depois das notícias sobre a Câmara Legislativa. Por decisão unânime, a Mesa Diretora aprovou a proposta de redução do expediente dos parlamentares. Durante a campanha eleitoral, os deputados só trabalharão um dia na semana. Pior: manterão o subsídio integral. Significa que a diária paga aos representantes do povo se aproxima do salário mensal de médico ou professor da rede pública do Distrito Federal.
É lamentável que o Legislativo da capital, sonhado para ser modelo para o restante do país, inspirou-se nos piores vícios das piores casas legislativas nacionais. Nepotismo, empreguismo, tráfico de influência, projetos contrários ao interesse público, plenários vazios constituem regra, não exceção. Mais: com indesejável frequência, representantes dos eleitores de Brasília abandonam o noticiário político para frequentar o policial.
No escândalo Caixa de Pandora, mais da metade dos 24 integrantes da Casa se revelaram destinatários de favores imorais ou envolvidos na percepção de propinas. As imagens, divulgadas por jornais, revistas e tevês, mostram a desenvoltura com que deputados embolsavam somas de origem duvidosa. Dinheiro na meia e dinheiro na bolsa tornaram-se símbolo das falcatruas perpetradas contra o erário. Verbas que deveriam se destinar à educação, saúde, transporte ou segurança encontraram caminhos nada nobres — engordaram as contas de poucos em detrimento do bem de todos.
Antes, representantes do DF protagonizaram ultrajes que constrangem as consciências civilizadas. Desvio de recursos públicos, assassinato, turismo sexual servem de exemplo. Confiantes na impunidade e na lentidão da Justiça, parlamentares fichas sujas se lançam agora em nova aventura eleitoral. Sem constrangimento, usam o mandato para levar vantagem na corrida às urnas. Nenhum outro trabalhador goza do privilégio de comparecer ao trabalho uma vez por semana e, ao fim do mês, receber o salário integral.
É revoltante. No momento em que se impõe renovação maciça da Câmara Legislativa, os deputados zombam do eleitor. A expectativa é que o troco venha rápido. Em 3 de outubro, o brasiliense deve fazer as vezes de juiz. Justo, dizer não a todos os que não souberam honrar a confiança neles depositada.
O ruim pode piorar. Outra não é a conclusão a que os brasilienses chegam depois das notícias sobre a Câmara Legislativa. Por decisão unânime, a Mesa Diretora aprovou a proposta de redução do expediente dos parlamentares. Durante a campanha eleitoral, os deputados só trabalharão um dia na semana. Pior: manterão o subsídio integral. Significa que a diária paga aos representantes do povo se aproxima do salário mensal de médico ou professor da rede pública do Distrito Federal.
É lamentável que o Legislativo da capital, sonhado para ser modelo para o restante do país, inspirou-se nos piores vícios das piores casas legislativas nacionais. Nepotismo, empreguismo, tráfico de influência, projetos contrários ao interesse público, plenários vazios constituem regra, não exceção. Mais: com indesejável frequência, representantes dos eleitores de Brasília abandonam o noticiário político para frequentar o policial.
No escândalo Caixa de Pandora, mais da metade dos 24 integrantes da Casa se revelaram destinatários de favores imorais ou envolvidos na percepção de propinas. As imagens, divulgadas por jornais, revistas e tevês, mostram a desenvoltura com que deputados embolsavam somas de origem duvidosa. Dinheiro na meia e dinheiro na bolsa tornaram-se símbolo das falcatruas perpetradas contra o erário. Verbas que deveriam se destinar à educação, saúde, transporte ou segurança encontraram caminhos nada nobres — engordaram as contas de poucos em detrimento do bem de todos.
Antes, representantes do DF protagonizaram ultrajes que constrangem as consciências civilizadas. Desvio de recursos públicos, assassinato, turismo sexual servem de exemplo. Confiantes na impunidade e na lentidão da Justiça, parlamentares fichas sujas se lançam agora em nova aventura eleitoral. Sem constrangimento, usam o mandato para levar vantagem na corrida às urnas. Nenhum outro trabalhador goza do privilégio de comparecer ao trabalho uma vez por semana e, ao fim do mês, receber o salário integral.
É revoltante. No momento em que se impõe renovação maciça da Câmara Legislativa, os deputados zombam do eleitor. A expectativa é que o troco venha rápido. Em 3 de outubro, o brasiliense deve fazer as vezes de juiz. Justo, dizer não a todos os que não souberam honrar a confiança neles depositada.
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