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Por Rui Martins (*)
A política salarial do Brasil teve destaque na abertura ministerial da Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aqui em Genebra. De manhã o ministro do Trabalho, Carlos Roberto Lupi falou na sala das assembléias sobre a questão do trabalho decente e das metas alcançadas pelo Brasil no setor laboral. No começo da tarde o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim foi o convidado para participar de um debate de alto nível, versando sobre as medidas brasileiras, isso porque o Brasil tem lugar de “vedete”, com suas iniciativas de Bolsa Família e escola, como mostrou a passagem, no ano passado, do presidente Lula na OIT. Amorim conta o que falou e aborda a questão da idade da aposentadoria.
Ministro Celso Amorim: – [São] Temas ligados ao pacto do emprego e também aos objetivos do milênio. E eu procurei transmitir mensagens que decorrem da própria realidade brasileira de que a justiça social é não só possível mas necessária para o crescimento, que implica, naturalmente, emprego, trabalho decente, enfim, são os temas também da agenda da OIT.
Rui Martins: – Ministro, o senhor sabe que aqui na Europa a crise desencadeou aquela questão da aposentadoria, no Brasil haveria esse risco de se pensar também a mesma coisa?
MCA – Não. Primeiro que o Brasil está crescendo, o Brasil vai crescer 7% este ano. Os economistas mais cautelosos já acham até que é muito, então, não há essa preocupação, nós não temos essa preocupação com esse aspecto. Acho que ao contrário, o Brasil continuará a crescer de maneira sustentável nos próximos anos, não há perigo de nós diminuirmos os direitos sociais. Os direitos sociais naturalmente têm que ser expandidos, gradualmente, e assim ocorrerá. Parte, aliás, da explicação do sucesso da economia brasileira, são os programas de transferência de renda, o aumento do salário mínimo, os outros programas sociais de apoio à agricultura familiar, tudo isso contribuiu para que o Brasil crescesse, enfrentasse a crise, criasse empregos, inclusive empregos formais durante a recessão mundial. Nós estamos tranquilos.
Rui Martins, de Genebra, para a Rádio França Internacional.
Ministro Celso Amorim: – [São] Temas ligados ao pacto do emprego e também aos objetivos do milênio. E eu procurei transmitir mensagens que decorrem da própria realidade brasileira de que a justiça social é não só possível mas necessária para o crescimento, que implica, naturalmente, emprego, trabalho decente, enfim, são os temas também da agenda da OIT.
Rui Martins: – Ministro, o senhor sabe que aqui na Europa a crise desencadeou aquela questão da aposentadoria, no Brasil haveria esse risco de se pensar também a mesma coisa?
MCA – Não. Primeiro que o Brasil está crescendo, o Brasil vai crescer 7% este ano. Os economistas mais cautelosos já acham até que é muito, então, não há essa preocupação, nós não temos essa preocupação com esse aspecto. Acho que ao contrário, o Brasil continuará a crescer de maneira sustentável nos próximos anos, não há perigo de nós diminuirmos os direitos sociais. Os direitos sociais naturalmente têm que ser expandidos, gradualmente, e assim ocorrerá. Parte, aliás, da explicação do sucesso da economia brasileira, são os programas de transferência de renda, o aumento do salário mínimo, os outros programas sociais de apoio à agricultura familiar, tudo isso contribuiu para que o Brasil crescesse, enfrentasse a crise, criasse empregos, inclusive empregos formais durante a recessão mundial. Nós estamos tranquilos.
Rui Martins, de Genebra, para a Rádio França Internacional.
Transcrição de áudio: Assaz Atroz
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*Ex-correspondente do Estadão e da CBN, após exílio na França. Autor do livro “O Dinheiro Sujo da Corrupção”, criou os Brasileirinhos Apátridas e propõe o Estado dos Emigrantes. Vive na Suíça, colabora com os jornais portugueses Público e Expresso, é colunista do site Direto da Redação. Colabora com a Agência Assaz Atroz e com este "Quem tem medo do Lula?"
Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
Agência Assaz Atroz
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*Ex-correspondente do Estadão e da CBN, após exílio na França. Autor do livro “O Dinheiro Sujo da Corrupção”, criou os Brasileirinhos Apátridas e propõe o Estado dos Emigrantes. Vive na Suíça, colabora com os jornais portugueses Público e Expresso, é colunista do site Direto da Redação. Colabora com a Agência Assaz Atroz e com este "Quem tem medo do Lula?"
Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons
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Agência Assaz Atroz
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