Raul Longo
Foto: Jasmim Losso Arranz
Vocês lembram quando contei, aqui, da Ana, a mãe da minha amiga Janaína Ferreira? Mulher admirável que formou seus filhos com as dificuldades de quem remou contra a maré nos tempos da ditadura?
Talvez eu tenha esquecido de contar que Janaína é uma artista brasileira que se destacou na Itália e seu talento no design já foi selecionado para exposições internacionais, mas lembro de ter falado da Ana ao divulgar o texto de sua filha cientista, a Natacha Santos, sobre um divertido discurso do Presidente Lula.
Inclusive o Fernando Soares inseriu no Assaz Atroz a imagem de um trecho daquele discurso para ilustrar a simpática reportagem da Natacha, tão fã do Lula quanto a irmã e a mãe. Estão lembrados, não é?
Ana mora em Brasília e é daquelas que todos os anos compõem um piquete de populares na porta da casa do Lula para cantar parabéns em cada aniversário do Presidente. Isso porque a Ana é pessoa simples, dessas que se emocionam com a evolução do país, com nossas conquistas sociais.
Ana fica muito orgulhosa com a projeção de nossa imagem perante o mundo. Tem orgulho por agora sermos respeitados, por termos um governo sério, considerado e influente junto à comunidade internacional.
Ana é assim e assim formou seus filhos. Todos.
Agora a Janaína me envia aí essa notícia sobre outro irmão e divido com vocês porque, pra mim, Ana é um exemplo de mãe que se for seguido pelas demais brasileiras, provavelmente ainda teremos uma geração inteira de jovens que não se limitarão a repetir, feito zumbis ou papagaios sem cérebro, tudo o que vêm na TV ou leem nessa mixórdia que só no Brasil se classifica como imprensa.
O sucesso é do Iberê, mas torço sinceramente para que todos os pais e mães das futuras gerações do Brasil possam um dia sentir o mesmo orgulho da Ana. Mas pra isso é preciso desenvolver senso crítico e cultivar a própria dignidade, como fez Ana que jamais votaria em quem tentou lesar seus filhos privatizando patrimônios que tanto são dos filhos da Ana como de todos os demais pais e filhos brasileiros.
Ser Ana é uma questão de escolha. Qualquer um pode escolher pela entrega do futuro de seus filhos aos interesses dos especuladores internacionais, loucos para pôr a mão em nossos patrimônios desde que lhes foram prometidos pelos governos do século passado. Prometidos por esses mesmos que novamente se candidatam à rapina do que pertence às nossas futuras gerações de filhos e netos.
Qualquer um pode escolher ser o inverso de Ana, por razões que vão da estupidez ao interesse dos que sobrevivem de sobejos das comissões e negociatas escusas. Qualquer um pode escolher aqueles restos que sempre se disponibilizam às alcateias que se alimentam das misérias da própria prole.
Na verdade, os muito estúpidos, coitados, não tem condições de escolher coisa alguma e eles é que são os escolhidos para repetir o que se queira que repitam. Mas que ainda dá para se pensar sobre o exemplo de Ana e tirar algumas conclusões sobre o futuro dos nossos filhos, dá.
Sejam quais forem essas conclusões, importante é se estar consciente de que o pior não será jamais experimentar dos orgulhos de Ana. Duro mesmo será quando os filhos do que se preferem ao inverso de Ana, se aperceberem que tipo de pais depuseram contra seus futuros ao depositar o voto nas urnas das próximas eleições.
Incrível, não é? Com um simples voto podemos transformar os filhos nos lobos que nos devorarão pela vergonha dos péssimos pais que formos hoje! Agora, daqui mais alguns meses, nas próximas eleições!
Mas é mesmo simples assim: cada um de nós estamos a um voto de decidir o futuro do Brasil e de nossos filhos. A um voto entre o orgulho de Ana ou à vergonha de retornarmos aos recordes mundiais em taxas de subnutrição, mortalidade infantil, natimortos, e todas as demais mazelas que até 2002 nos destacavam no cenário mundial.
Podemos decidir ao retorno da condição de campeões em concentração de rendas, em déficit escolar, ou à inércia cultural das últimas décadas do século passado. Ou, com um voto, escolheremos pelo orgulho que sente Ana por seus filhos.
Caso ainda não tenha se decidido, enquanto pensa dê uma olhada aí na matéria sobre o Iberê, um filho da Ana.
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Gente, vocês que conhecem meu irmão, o Iberê, ou que viram o filme dele olha que legal!!!
O maior prêmio foi o do festival de Cuba, mas todo festival tem sempre ótimos trabalhos e toda vitória é um super reconhecimento, então quis dividir com vocês,
beijos
Jana
Mille - parabéns- bjos
"Para pedir perdão"
Fanny:
Ciao, guarda che figo, questo film che tu e Ale avete visto ha vinto il miglior premio che é quello di cuba ma continua a vincere festival, bello no? baci jana
Director Brasileño gana festival panamenho Hayah
Brasil
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem latino-americano no 31º Festival Internacional de Cinema de Havana com o filme Para Pedir Perdão, Iberê acumula prêmios e reconhecimentos com seus trabalhos. É o único diretor brasileiro a ter dois filmes selecionados em dois anos consecutivos no concorrido AXN Film Festival realizado pelo canal internacional de TV da Sony Pictures Entertainment.
No mercado publicitário já dirigiu vídeos institucionais, séries para televisão e vários comerciais com veiculação nacional para clientes como SECOM, MInistério da Saúde, Ministério do Turismo, SESI, BRB, GDF e Alameda Shopping.
Estudou antropologia na Universidade de Brasília, mas se formou em jornalismo com pós-graduação em Direção Cinematográfica pela Universidad San Pablo de Madrid. Atualmente escreve o roteiro de seu primeiro filme de longa-metragem.
Pavirada Filmes
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*Raul Longo é jornalista, escritor e poeta. Ponta do Sambaqui, 2886
Floripa/SC. Colabora com a Agência Assaz Atroz e com este "Quem tem medo do Lula?"
Ilustração: AIPC - Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA
Agência Assaz Atroz
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