Serra agora ataca de Itamar
Por Francisco Barreira, sociólogo e jornalista, em seu blog "Fatos Novos Novas Idéias"
Ignorado por Aécio, rechaçado por Marina e impossibilitado de ter um vice  fornecido pelo DEM, por causa do Escândalo Arruda, José Serra,  finalmente, passou giz no taco e deu uma dentro: encontrou o cara-metade que lhe faltava para  compor sua chapa presidencial. Nada menos que o ex-presidente Itamar Franco que, ao que tudo indica, topou a parada.
O articulador do enlace foi Roberto Freire, presidente do PPS, partido ao qual o ex-presidente filiou-se recentemente para  tentar, aparentemente, uma vaga no Senado.  Freire, desde que deixou de ser  o principal líder comunista do País, derivou tanto para a direita  que hoje tem trânsito livre no Palácio dos Bandeirantes e pode ser considerado uma espécie de  Assessor  Especial  Para  Qualquer Assunto do governador paulista.
Quanto a Itamar, ele mesmo reconhece que sua carreira política foi “uma sucessão de acasos”. Há 20 anos, por exemplo, ele parecia conformado com uma difícil reeleição para o Senado pelo PMDB, quando recebeu um convite inusitado de  um tal de Collor,  cuja candidatura à presidência,  naquela altura, não era levada  a sério. Sem muitas alternativas, Itamar aceitou ser vice do Caçador de Marajás que, 100 dias depois,  já se transformara em queridinho  da classe média moralista e da  Rede Globo. Passados mais dois anos, Collor foi pego com a mão na cumbuca, e Itamar virou presidente.
Nas conversas com amigos em Juiz de Fora, Itamar já admite abertamente ser candidato. Faltariam apenas as últimas ponderações de Serra e do Conselho de Caciques do PSDB, onde FHC pontifica. A favor de Itamar, pesa o argumento de que Minas  é  essencial no tabuleiro eleitoral. Contra, o gênio forte de ex-presidente, um incorrigível criador de casos, qualidade que ele  vem apurando ao longo da vida e que agora atinge seu clímax, quando  chega às portas dos 80 anos de idade.


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