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A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Despedindo-me de você!






Ei, você! 


Por Raul Longo (*)

Você que desde o princípio caluniou, acusando crimes que você mesmo praticou.

Você que sempre duvidou de minha capacidade nordestina, desprezou meu empenho operário. E de mim incutiu o medo, o pejo, até entre meus iguais.
Você que me chamou de ignorante e analfabeto, mas alimentou a ignorância de seus próprios filhos que hoje estudam nas escolas e universidades que construí porque você nada fez. 
Sim! É com você mesmo! Você que disse que eu ia falir o país, espantar todas as empresas e promover a ruína.

 Não lembra mais, não? Esqueceu também da estagnação, da queda da produção, do enorme desemprego e do seu apagão energético?
Não pode ser, fazem apenas oito anos! Não acredito que você seja tão caquético!
Quantos faliram, nas vezes em que você quebrou o país? 
Não disfarce! Sabe que paguei as dívidas que você sempre aumentou e conquistei a credibilidade que ninguém mais lhe tinha. Sabe que lhe salvei do buraco que você mesmo cavou. E ainda dizia que se o fiz, foi graças ao que antes você desfez.
Mas que desfaçatez!
Não saia de fininho porque é com você mesmo que estou falando! Você que engavetou 600 processos e impediu investigação. Fiz quase duas mil e você nem trinta. Pus centenas de corruptos na cadeia e você nem tenta. Acabei com a especulação bancária e você a financiou com o erário da nação. E o único que a justiça pegou, fugiu porque você deixou. 
Não faça que não percebeu, pois sei que me entendeu!
Você sempre tão rápido na acusação, culpando-me de tudo - até pela queda de avião - só para esconder a verdade que não satisfaz sua vaidade ferida, de eu pagar a dívida do que nunca foi capaz.
A sua dívida que você mesmo nunca soube honrar! 
E ainda me acusa de corrupção! 
Tantos de seus desvios e sonegação! Já que inventou o tal mensalão, responda: se sou culpado, porque não fui julgado? Você me cassou sem prova, mas o que se comprova é que foi você o condenado por seus próprios juízes. 
Fossem meus os deslizes, por que então é sua a queda? Se minha foi a corrupção, porque comigo tanto cresceu a nação?
Qual tanta de sua honestidade, se ao país levou ao desastre?
Não disfarce! É com você mesmo, aí, caído, que estou falando!
Você e todas suas ilações: da casa que nunca tive, do uísque do país do rum, do golpe que inventou pra inventar querendo ser ditador. Todas e tantas de suas mentiras que nunca nada provou. Nem nas CPIs que fez quantas quis!
Você, que disse que ia bater na minha cara e a quem salvei da crise internacional, convido agora a que apenas me encare. 
Me olhe sem vergonha nem medo! É com você que estou falando!
Você mesmo que disse que não sei de meu país e se borrou com a crise argentina na oscilação na bolsa do México. Você e sua política covarde a falar grosso com os menores e ser submisso por qualquer queda do rublo russo ou ainda mais drástico a cada crise de um país asiático.
Você mesmo! Aí frágil e fraco, apesar da tamanha prepotência! Você sempre débil e sem qualquer previdência! É mesmo com você que estou falando!
Não se faça de surdo mais uma vez, como quando seu irmão urrou de dor na mão do carrasco da ditadura. E você fez que não ouviu.
Quando sua irmã gritou de pavor do estuprador do calabouço da ditadura. E você fez que não viu.
Quando seu pai foi mais um entre os desaparecidos dos calabouços da ditadura. E você se calou.
Lutei para que seu filho tivesse diferente sina, sem a censura que ainda hoje extermina seu senso de si mesmo, sua consciência de si próprio. 
Para que seu filho não se deixasse convencer como inferior, menor e incapaz pela censura da palavra proibida e a censura na palavra que impôs seu medo. Esse medo de si mesmo que transfere a mim e mais me teme quanto mais o faço livre.
Mais me teme quanto mais chamo: - Ei você!
Faz que não me ouve, faz que não é consigo.  Acusa-me de terrorista por ter tido a coragem que a si faltou para lutar pelo que é seu. Acusa-me de terrorista para se esconder da própria história que é seu maior castigo.
Calma! Não se assuste como se eu fosse espelho desse seu medo. Não quero envergonhá-lo. Não tenho mais porque desmenti-lo, se você se desmente por si mesmo, se desmascara por si próprio.
De suas mentiras forjadas já não há mais nada e você próprio - eu sei - sabe quanto mente.
Portanto não se assuste. Não quero mais arrancar seus preconceitos nem conceitos estéreis! Não importa que me chame de traidor por não conseguir superar seu rancor. Não importa sua prepotência de se acreditar acima da história e do país.
Não peço que entenda, nem que aceite. Sei da natureza de sua inconsequência e de quanto carece dos seus frágeis e fúteis conceitos e preconceitos para ainda alimentar algo por si mesmo na escassez da solidão de seu individualismo.
Sei quanto lhe é árido! Pude sentir ainda pior quando uma minoria impunha, pelas armas, a sua vontade contra a nação.
Hoje é o inverso. Somos 87%. Uma multidão! E você a ínfima parte do medo anacrônico que se expressa em má vontade contra o próprio país, contra a própria gente.
Nunca senti seu complexo, mas por ele posso compreendê-lo. Posso entender o que faz e você tão pequeno.
E também entendo esse seu mau humor, pois muito maior foi minha dor quando me prendeu em seu calabouço. Entendo seu esbravejar, pois muito maior foi meu desgosto quando entregou o que era meu.
Por isso te chamo: - Ei você! 
Não para culpá-lo, não para cobrá-lo. Não culpei, não cobrei ter elegido o que previ como decepção de um sonho pueril, pelo qual você se enganou a si mesmo confiando em mitos de caçadores de marajás. 
Não vou cobrar você de nada. Não agora que a vitória me sorri lá de fora. Aí pela ruas, pelas praças. Nos dentes e lábios da multidão em toda parte.
Entendo seu cenho cerrado, sua cara de acabrunhado. Sei bem de sua decepção, pois sempre foi a minha em cada um de seus desastrados governos que tanto mal fizeram ao país. Mas ao menos se esforce para entender que a multidão não tem culpa alguma de seus fracassos e não deixe que eles subam à cabeça.
Não há sentido em tentar mudar sua opinião, mas peço que aceite que democracia também é a vontade da maioria e nem sempre apenas condicionamento de seus veículos de comunicação.
Aceite que se perdeu também foi por sua incompetência e não só por culpa de minha eficiência. Muito menos por ser proibido, tolhido, censurado ou impedido como fez comigo em seu tempo. Não por eu ter escondido o que de mim escondeu em seu tempo.
Você perdeu e é mesmo de esperar que continue resmungando suas opiniões condicionadas, seus moralismos pré-moldados, sua raiva mal guardada. Mesmo que não há como mentir, mesmo que seja seu próprio desmentido, de você não se pode esperar diferente, mas lhe chamo: - ei você! – só para pedir, que ao menos pare de torcer contra o Brasil. Pare de querer que tudo dê errado, afinal você também é o prejudicado e com tamanha burrice,, menos que minoria, seus 4% vai passar a ser algo que nem existe...

*Raul Longo é jornalista, escritor e poeta. Mora em Florianópolis (SC), onde mantém a pousada “Pouso da Poesia“. É colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”.

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