Simpatizantes do presidente Rafael Correa foram às ruas durante a crise no Equador Foto: AP |
Do site OperaMundi (atualizado às 23h42 e às 23h56)
Uma força militar entrou no hospital onde estava o presidente do Equador, Rafael Correa, e conseguiu resgatá-lo depois de trocar tiros com os policiais amotinados, informou o canal de TV venezuelano TeleSur. O presidente passa bem e foi levado para o palácio presidencial, no centro de Quito, onde era aguardado por uma multidão.
Ao chegar ao palácio, Correa discursou para os cidadãos que o esperavam e pediu um minuto de silêncio em memória das vítimas do dia de conflitos no país - pelo menos um morto e um número ainda incerto de feridos em tiroteios e pancadaria entre apoiadores do presidente e policiais amotinados.
"Como podem se chamar de policiais os que se comportaram desta maneira?", questionou o presidente, no discurso. "Agradeço a vocês que me acompanharam ao longo deste dia difícil".
Segundo ele, há uma noticia de que seriam cinco os feridos, e nenhum morto, nos distúrbios que oficialmente começaram por um protesto de reivindicação salarial e repúdio a uma lei de funcionalismo público recém-aprovada que retirou benefícios e alterou planos de carreira.
"Jamais aceitamos negociar nada, sob pressão, nada. Ninguém apoiou tanto a polícia quanto este governo. Ninguém melhorou tanto os salários da corporação. Neste momento, em que vi tanta agressividade, me senti traído", discursou, ainda que enfatizando que "não era toda a polícia" que se amotinou, e sim "alguns infiltrados".
Debaixo de aplausos e gritos da multidão, Correa aproveitou também para condenar o que chamou de uma "oposicao retrógrada que negava que o presidente estivesse sequestrado e pedia, em primeiro lugar, anistia".
No discurso, ele também agradeceu aos presidentes que condenaram o suposto golpe e demonstraram apoio ao seu governo, como os de Peru, Venezuela e México. Correa ainda citou especialmente o primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Rodríguez Zapatero, um dos primeiros a condenar qualquer tentativa de derrubar o governo eleito equatoriano.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, por volta das 21h (23h em Brasília), centenas de militares se aproximaram do cerco mantido pelos policiais em torno do hospital onde está o presidente, e houve troca de tiros transmitida ao vivo pela televisão pública.
A TeleSur, que contava com um correspondente no local dos fatos, informou que o tiroteio foi intenso, que há feridos baleados e que os militares conseguiram entrar no prédio. Em seguida, colocaram o presidente em um carro, que foi conduzido para o centro da cidade.
Correa estava no terceiro andar do prédio do hospital, onde passou dez horas impedido de sair pelos policiais rebelados. O Hospital da Polícia Nacional fica na periferia da capital equatoriana, perto do aeroporto - que também chegou a ser tomado pelos insurretos.
Mais cedo, o presidente deu entrevista à Rádio Pública do Equador e mencionou o receio que tinha de ser assassinado.
*Com agência Efe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog não está subordinado a nenhum partido. Lula, como todo ser humano, não é infalível. Quem gosta dele (assim como de qualquer pessoa), tem o dever de elogiá-lo sem nunca deixar de criticá-lo. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Todas as opiniões expressas aqui, em conteúdo assinado por mim ou pelos colaboradores, são de inteira responsabilidade de cada um. ----------------------------------------------------------------
Comentários são extremamente bem-vindos, inclusive e principalmente, as críticas construtivas (devidamente assinadas): as de quem sabe que é possível e bem mais eficaz criticar sem baixo calão. ----------------------------------------------------------------------------------------------
Na parte "comentar como", se você não é registrado no google nem em outro sistema, clique na opção "Nome/URL" e digite seu nome (em URL, você pode digitar seu site, se o tiver, para que clicando em seu nome as pessoas sejam direcionadas para lá, mas não é obrigatório, você pode deixar a parte URL em branco e apenas digitar seu nome).-----------------------------------------
PROCURO NÃO CENSURAR NADA, MAS, POR FAVOR, PROCUREM NÃO DEIXAR COMENTÁRIOS ANÔNIMOS. NÃO PODEMOS NOS RESPONSABILIZAR PELO QUE É DITO NESSES COMENTÁRIOS.
Att,
Ana Helena Tavares - editora-chefe