O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

Clique na imagem abaixo e conheça o "Quem tem medo da democracia?" - sucessor deste blog

Clique na imagem abaixo e conheça o "Quem tem medo da democracia?" - sucessor deste blog
Peço que, quem queira continuar acompanhando o meu trabalho, siga o novo blog.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

''Tomar o poder não é construir poder'', diz vice de Evo no Brasil

O vice-presidente da Bolívia, em palestra no Rio: "A sociedade inteira precisa se unir" Foto: Ana Helena Tavares/Opera Mundi
Por Ana Helena Tavares para o "Opera Mundi"
A Bolívia “refundada” desde a primeira posse de Evo Morales, em 2006, é um exemplo de processo histórico em que a sociedade assumiu o controle do Estado, e não o contrário, garantiu o vice-presidente do país, Alvaro Garcia Linera, nesta segunda-feira (13/12) no Rio de Janeiro, onde esteve para lançar seu livro A Potência Plebéia: ação coletiva e identidades indígenas, operárias e populares na Bolívia (Boitempo, 2010).
“A sociedade inteira precisa se unir e acompanhar o governo. Tomar o poder não é construir poder”, afirmou.
Para ele, a Bolívia já é “um país plurinacional e os indígenas são nacionalidade étnica”. No país andino, 62% dos habitantes se identificam como parte de um dos chamados “povos originários” - em sua maioria, quéchua e aimará. Segundo o vice-presidente, o reconhecimento político desses grupos étnicos faz parte do complexo processo político e social iniciado em 22 de janeiro de 2006, quando Evo tomou posse na presidência pela primeira vez (ele seria reeleito quatro anos depois). Além de questões especificamente bolivianas, o livro também debate outros movimentos sociais na América Latina, reunindo novos e antigos ensaios escritos por García Linera, também reconhecido como importante intelectual de seu país.
García Linera, que se definiu como “um idealista radical, obcecado pelo marxismo”, contou que, quando adolescente, já militava pela causa indígena, tentando entender o potencial político e cultural deste movimento.

Sobre o processo de declínio dos movimentos operários latino-americanos, inspiração para o livro, ele disse sentir “falta do movimento comunista e da presença mobilizada do mundo indígena”, e ressaltou a necessidade de que sindicatos “controlem o Estado”. Mas evitou fazer previsões sobre como será a organização operária no futuro.

“Não há uma resposta marxista para isso. Na Bolívia, dizia-se que os operários haviam desaparecido, dando espaço a micro-empresários. Mas essa tese nunca foi suficiente para mim. Eu precisava pesquisar mais a fundo”, justificou.

Bloqueio de idéias

Citando Karl Marx, García Linera lembrou que “o Estado é um coletivo imaginário, é crença, é símbolo”. E completou: “Tem que se dar vida a isto. Não adianta ter diploma e não pensar coletivamente”. Já do pensamento de Robespierre, uma de suas grandes inspirações, o vice boliviano pinçou a afirmação de que “a crise do Estado é marcada pelo bloqueio de ideias e a espera de novas propostas”.

O sociólogo Emir Sader, professor da UERJ, também participou da conferência com García Linera. Foto: Ana Helena Tavares/Opera Mundi

O evento, realizado na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), foi promovido pela Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (FLACSO), responsável pela edição em português junto com a editora Boitempo. Pablo Gentilli, diretor da FLACSO no Brasil e ex-professor de Linera, compôs a mesa de honra com o sociólogo Emir Sader. professor da UERJ.

Ao chegar, García Linera recebeu a “ordem do mérito latino-americana”, a homenagem da FLACSO que, segundo Gentilli, o intelectual e político merece por dar “espaço ao progresso político-social” tanto em sua obra acadêmica quanto em seu governo. Mas garantiu que chegar a ser vice-presidente , ou “co-piloto de Evo”, como define no livro, não estava em seus planos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este blog não está subordinado a nenhum partido. Lula, como todo ser humano, não é infalível. Quem gosta dele (assim como de qualquer pessoa), tem o dever de elogiá-lo sem nunca deixar de criticá-lo. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Todas as opiniões expressas aqui, em conteúdo assinado por mim ou pelos colaboradores, são de inteira responsabilidade de cada um. ----------------------------------------------------------------
Comentários são extremamente bem-vindos, inclusive e principalmente, as críticas construtivas (devidamente assinadas): as de quem sabe que é possível e bem mais eficaz criticar sem baixo calão. ----------------------------------------------------------------------------------------------
Na parte "comentar como", se você não é registrado no google nem em outro sistema, clique na opção "Nome/URL" e digite seu nome (em URL, você pode digitar seu site, se o tiver, para que clicando em seu nome as pessoas sejam direcionadas para lá, mas não é obrigatório, você pode deixar a parte URL em branco e apenas digitar seu nome).-----------------------------------------
PROCURO NÃO CENSURAR NADA, MAS, POR FAVOR, PROCUREM NÃO DEIXAR COMENTÁRIOS ANÔNIMOS. NÃO PODEMOS NOS RESPONSABILIZAR PELO QUE É DITO NESSES COMENTÁRIOS.

Att,
Ana Helena Tavares - editora-chefe

Creative Commons License
Cite a fonte. Todo o nosso conteúdo próprio está sob a Licença Creative Commons.

Arquivo do blog

Contato

Sugestões podem ser enviadas para: quemtemmedodolula@hotmail.com
diHITT - Notícias Paperblog :Os melhores artigos dos blogs